Caro Pedro,
Enquanto desempregado que vai rapidamente ficar sem poder dar de comer aos seus filhos, é-me difÃcil aceitar que promovas o meu desemprego para que eu aceite ir trabalhar por migalhas que nem chegarão para pagar o mais básico para manter a minha famÃlia. Estás a deixar-nos sem lugar nesta sociedade. Estás a condenar-nos à morte.
Gostaria que recordasses que esta minha condição não resulta da minha vontade, pois sou só um meio para que tu atinjas um único fim: baixar os salários de quem ainda trabalha. Resulta sim da tua teimosia, dos teus dogmas, da tua ideologia, das tuas crenças de que a minha morte provocará, por alguma inexplicável razão, o bem-estar dos restantes. Quer parecer-me que é esta a forma que encontras para evitar retirar à queles que têm dinheiro acumulado e que, não encontrando forma de comprar a minha força de trabalho, não conseguem multiplicar o dinheiro que lhes sobrou. É evidente que preferes gastar dinheiro em bancos, que preferes pagar uma dÃvida que eu não contraÃ; que em vez de fomentar a indústria, a agricultura, as pescas ou as minas, preferes ir destruindo cada vez mais postos de trabalho.
O que me estás a fazer é de uma violência mortal. Considero, e tu estarás certamente de acordo, que sou obrigado a fazer tudo aquilo que estiver ao meu alcance para evitar que consigas alcançar o teu propósito.
Quero dizer-te que à medida que se for aproximando o momento da morte da minha famÃlia, que menos soluções encontre, que mais dor inflijas à minha famÃlia; maior é a probabilidade de pôr em prática tantas ideias que me vão passando pela cabeça e cujo resultado seria que tivesses o mesmo fim ao qual me estás a levar.
Para evitar o que te digo, gostaria que considerasses seriamente a possibilidade de te demitires rapidamente e deixasses o caminho livre à realização de eleições, pois sabes perfeitamente que já não tens o apoio do Povo.
Sinceramente,
Alcides Santos
O ditado diz “Quem te avisa, teu amigo é!”
Mas o Pedro merece amigos?!
Porquê o tratamento por «tu»?
Porquê o paternalismo e as boas maneiras, para com este homem que até já consta ter usado de violência para com a ex-mulher?
Só porque é primeiro-ministro?
Quando Mário Soares foi um mau primeiro-ministro, houve quem lhe escrevesse nos muros da cidade que «Soares é Cabrão» em maiúsculas – um grito claro de quem não se continha com quem lhe era mentiroso e injusto.
Agora… «amigo Pedro»?
«Tu»?
Isto é vergar-se à miséria. Não aceito.
vejo que te preocupas com a forma e não com o conteúdo
Não vais lá com boas maneiras.
Preocupa-te com a forma de combate e menos com o conteúdo dessas tuas palavras, porque essas o «teu amigo Pedro» agradece e leva-as o vento.
Não deves ter lido o que está escrito. Ou então não percebeste.
Percebi, sim.
Se queres parecer irreverente, não escrevas «caro» no inÃcio da carta. Escreve antes: «Ao criminoso que vai condenar a minha famÃlia à morte» ou então, «Ao mentiroso que dá pelo nome de…»
Este «caro» no inÃcio da carta é uma autêntica desgraça, ou diria antes, uma vergonha.
Depois, a seguinte frase: «…gostaria que considerasses seriamente a possibilidade de te demitires rapidamente…» é outra tristeza, pois se o imbecil a quem te diriges lesse isto (neste momento) dava duas ou três gargalhadas de desprezo.
Não se trata assim um velhaco.
Tens de ser melhor e precisas de afinar mais essa tua pontaria, porque o conjunto das tuas palavras pode ter um propósito, mas não alcança o objectivo.
Melhor que palavras, esta metade de homem que temos como primeiro-ministro, merece outro tipo de resposta, uma verdadeira e genuÃna indignação.
Caro Alcides Santos:
Acho que o Miguel tem razão naquilo que diz e que explicita neste seu ultimo comentário.
Coelho representa o inimigo. Representa o outro lado da barricada.
Pode crer que Miguel tem razão quando fala no eventual desprezo de Coelho perante o seu pedido de ele considerar a possibilidade da sua demissão.
Coelho é a face visÃvel e o instrumento operacional dos terroristas sociais que estão a fazer o que estão a fazer.Não é apenas o personagem que é.É tudo o que está por detrás dele,tudo o que se reúne à sua volta, toda a frieza de quem sabe o que está a fazer e que cumpre o seu desÃgnio de espalhar sofrimento,miséria, fome, doença e morte.Sem tibiezas ou hesitações.
Um homem de mão de quem nos tenta fazer regressar aos idos tempos do século XIX . Com o escárnio tÃpico dos que cumprem assim os seus desÃgnios ideológicos e de classe.
Só não vejo é onde o Alcides lhe dá salvo conduto…
Caro De,
Tendo tu o perceito de falar frontalmente sobre aquilo que escrevo, noto que não tens a coragem de dizer quem és nem tens a coragem de dizer onde publicaste o mesmo que escrevi, mas com outras palavras.
Talvez seja para ti difÃcil entender que uma pessoa pode perfeitamente dirigir-se formalmente para uma pessoa quando na realidade o está a falar para a audiência. O facto de tu te dares à molestia me responderes é uma evidência de que aquilo que escrevi te disse algo. Percebo que será talvez para ti difÃcil falar com uma pessoa te pretende matar e fazê-lo de forma que as restantes pessoas reajam.
Insisto que poderias perfeitamente dizer onde é que deste o teu nome para escrever o que escrevi usando outro tipo de linguagem.
Mas claro que a carta de Alcides não dá qualquer salvo-conduto.
A matriz da carta é claramente anti-coelhos de arribação.E claramente que se posta do lado humano da barricada.
Uma boa carta !!!
O que se repara são alguns pormenores que apesar de o serem, causam alguma comichão perante a forma de tratamento face a.
Pessoalmente gosto muito mais desta substância:
“sou obrigado a fazer tudo aquilo que estiver ao meu alcance para evitar que consigas alcançar o teu propósito”
“maior é a probabilidade de pôr em prática tantas ideias que me vão passando pela cabeça e cujo resultado seria que tivesses o mesmo fim ao qual me estás a levar.”
Força ai Alcides.Pena que não haja mais com esta determinação
Quando escrevi a minha resposta ao Renato,não tinha conhecimento do ultimo comentário do Alcides.
Não tenho nada a acrescentar pra além do facto do registo público que o li e que respeito o seu conteúdo.
(Mais coisas haveria a dizer?Pois claro que sim.Mas não é nem a altura nem o momento).
E também o desejo de Boa Jornada para o Alcides.
É começar a esmigalhar crânios a essa gente. O pior depois vai ser o cheiro…
Bem dito! Mas o Gasparzinho também merece carta.
http://exiladonomundo.blogspot.pt/2012/12/carta-aberta-ao-mago-gaspar.html
Ontem tive um sonho… sonhei que andava pela rua no meio de uma multidão eufórica… era levado pela torrente de gente, de um lado para o outro, sem aparente sentido ou destino… depois percebi que Ãamos indo de casa para casa, e que de cada uma dessas casas saiam pessoas… mais tarde, depois de várias viagens destas, rumamos ao aeroporto de Lisboa… aà a multidão imensa cantava, dançava e festejava… finalmente percebi quem eram as pessoas que tinham saÃdo de casa após cada visita daquela multidão errante, que deambulava pelas ruas… eram ministros, secretários de estado e outros membros do governo… estavam a ser conduzidos a um avião que estava na pista… foram entrando entre canções e aplausos… depois chegaram o Cavaco, o Passos, o Relvas, o Portas e o Gaspar… foram também eles encaminhados, ainda meio atarantados, para o avião… finalmente a porta do avião fechou-se e este afastou-se e levantou voo… no ar, entre vivas e aplausos, ouvia-se uma canção, cantada a plenos pulmões: boa sorte, boa sorte eu vos desejo de todo o coração… boa sorte, boa sorte … Entretanto, acordei… não me lembro de mais nada, nem sei qual foi o fim daquela história… Mas ficou-me na memória, o sentimento de alÃvio e de esperança, e o espÃrito de união que pairava sobre toda aquela multidão… precisamente tudo aquilo que não encontro, nem vislumbro, neste paÃs real… triste, cansado, acomodado e desanimado…
O «ontem tive um sonho» ou «I had a dream» tem um autor. Será que Martin Luther King lhe diz qualquer coisa?
Depois, já tivemos essa situação que o seu sonho refere no dia 25 de Abril de 1974, em que ministros, presidentes do concelho e afins fugiram todos do paÃs, para a Madeira e para o Brasil, enquanto o povo festejava nas ruas.
Com estes governantes, ministros e secretários de estado, do género Carlos Moedas, não há saÃda possÃvel, nem avião à espera. O crime que estão a cometer não pode ser perdoado nem com sonhos ou passagens de avião.
Deixe de sonhar e lute!
Como já não consigo responder no comentário anterior, respondo aqui.
Se és tão clarividente, então já deves ter tido coragem para escrever e divulgar aquilo que eu escrevi mas com as tuas palavras. Onde é que isso está?
Se não tenho capacidade para o fazer e não sei usar os termos mais correctos, simplesmente não faço.
Estou com todos aqueles que estão contra esta polÃtica, estes ministros e esta metade de homem que nos (des)governa.
Mas também tenho direito à crÃtica (construtiva) e irei utilizar a mesma crÃtica contra aqueles que se julgam capazes de atacar uma besta humana, quando, na verdade, não estão ainda prontos para o fazer.
Por isso, mesmo a sua carta, Alcides, é um autêntico fracasso e uma vergonha, quando inicia a sua missiva, com o «caro Pedro».
É uma tristeza e estou contra essa forma de demonstrar repugnância pelo velhaco que está no poder.
Dizes que não tens capacidade nem sabes usar os termos mais correctos. Mas que dificuldade existe em dizer a uma pessoa que se insiste em levar-nos à morte, nós somos obrigados a responder na mesma moeda? Mas tens capacidade e consegues dizer que a forma que uso é um fracasso, uma vergonha e uma tristeza.
Sabes, é que possivelmente tu preferes chamar nomes aos berros; eu prefiro dizer o que digo de forma calma e suave.
Mas gostaria que tivesses pelo menos coragem para não te esconderes atrás de um nome, que não é possÃvel saber quem é.
«Sabes, é que possivelmente tu preferes chamar nomes aos berros; eu prefiro dizer o que digo de forma calma e suave»
Não será nunca, de forma calma e suave que conseguirás demover a metade de homem que está no poder.
A tua falta de capacidade para escrever algo profundamente forte e capaz contra o governo já foi criticada. O teu fracasso foi reconhecido. Porquê? Porque não soubeste preparar o teu discurso.
Tens de corrigir esse problema e melhorá-lo. Se quiseres, tenta-o fazer diariamente. Creio que ao fim de muitos dias, conseguirás demover o homem de plástico que está no poder. Creio também que, ao fim de muitos dias, depois de teres tentado, eu estarei contigo a apoiar-te e a dar força ao teu exemplo.
P.S. Respondo aqui, pois não tenho outro modo de o fazer no último comentário do Alcides.
Lamento que te preocupes mais com a forma que o conteúdo. Volto a dizer que mesmo fazendo de uma foma com que discordas, faço algo que tu não fazes.
Vejo que entendes que tens o dom da verdade. Eu tenho que mudar e tu estás certo. Então façamos ao contrário: tu dizes o que eu digo da forma que achares melhor e eu limito-me a ficar quieto como tu e discordar daquilo que que eu digo.
Vale?
Se nós os dois pensarmos e ajudarmos aqueles que necessitam de ajuda para lutar, estamos a ganhar tempo.
Espero que as minhas palavras não tenham sido mal interpretadas, mas que te tenham dado força para fazer melhor.
É isso que precisas: Força para fazer melhor!
Desculpa alguma acidez da minha parte, mas é esse o meu estilo.
Dou crédito ao teu último comentário.
Um abraço