A propósito da ascensão e queda mediática de Artur Baptista da Silva – que falou direito por linhas tortas, mas isso agora não interessa nada – muitos têm sido os denunciantes de uma alegada sedução da comunicação social por alegadas ideias de esquerda, no que lhe tolda a cientificidade e rigor reservadas a figuras maiores como César das Neves ou o pai de Cláudio da Casa dos Segredos.
Nos últimos dias esta foi uma tese insistentemente replicada, mesmo no momento em que jornalistas politicamente incómodos vão sendo afastados das redações, partidos de esquerda vão perdendo espaço noticioso – ainda que a crescer nas sondagens e na rua – ou em que a maioria avassaladora dos opinadores vive em união de facto com a troika.
Esta tese peregrina surge exactamente na mesma semana em que uma reportagem da SIC revelou mais uma parte da teia mafiosa que enriqueceu à custa do BPN, anunciando que as suas brincadeiras poderão vir a custar mais de 7 mil milhões de euros aos contribuintes. Contudo, a módica quantia – quase o dobro do que a troika intimou o governo a cortar até Fevereiro – e a requintada urdidura, parece não ter despertado qualquer curiosidade na comunicação social dita de esquerda. Depois da referida reportagem não se viu nem uma peça jornalÃstica a desenvolver o tema, nem uma pequena investigação sobre o paradeiro do senador Loureiro, nem uma tentativa de obter declarações de Cavaco Silva, Fernando Fantasia ou Oliveira Costa – alguns dos ilustres que se terão reunido na noite da consoada à lareira de um negócio BPN na Aldeia da Coelha.
Se dermos por adquirido que a lógica de mercado impera, levando a quem investigasse mais leitores ou audiência, resta-me acreditar piamente que o BPN terá sido um banco enviezado por gente de esquerda, que tudo faz para que se mantenha o segredo.
tags
15O 19M bloco de esquerda Blogues CGTP Constituição da República Portuguesa cultura democracia desemprego educação eleições Esquerda EUA Europa FMI greek riot greve geral grécia Guerra-ao-terrorismo humor i intifada mundial irão israel jornalismo liberdade Lisboa luta dos trabalhadores media música NATO new kid in the blog... Palestina parque escolar pcp Portugal presidenciais 2010 presidenciais 2011 PS psd repressão policial Revolução Magrebina Sócrates VÃdeo youtubearquivo
- Julho 2013
- Janeiro 2013
- Dezembro 2012
- Novembro 2012
- Outubro 2012
- Setembro 2012
- Agosto 2012
- Julho 2012
- Junho 2012
- Maio 2012
- Abril 2012
- Março 2012
- Fevereiro 2012
- Janeiro 2012
- Dezembro 2011
- Novembro 2011
- Outubro 2011
- Setembro 2011
- Agosto 2011
- Julho 2011
- Junho 2011
- Maio 2011
- Abril 2011
- Março 2011
- Fevereiro 2011
- Janeiro 2011
- Dezembro 2010
- Novembro 2010
- Outubro 2010
- Setembro 2010
- Agosto 2010
- Julho 2010
- Junho 2010
- Maio 2010
- Abril 2010
- Março 2010
- Fevereiro 2010
- Janeiro 2010
- Dezembro 2009
- Novembro 2009
- Outubro 2009
- Setembro 2009
- Agosto 2009
- Julho 2009
- Junho 2009
- Maio 2009
- Abril 2009
- Março 2009
- Fevereiro 2009
- Janeiro 2009
- Dezembro 2008
- Novembro 2008
- Outubro 2008
- Setembro 2008
- Agosto 2008
- Julho 2008
- Junho 2008
- Maio 2008
- Abril 2008
- Março 2008
- Fevereiro 2008
- Janeiro 2008
- Dezembro 2007
- Novembro 2007
- Outubro 2007
- Setembro 2007
- Agosto 2007
- Julho 2007
- Junho 2007
- Maio 2007
- Abril 2007
- Março 2007
- Fevereiro 2007
- Janeiro 2007
- Dezembro 2006
- Novembro 2006
- Outubro 2006
- Setembro 2006
em: http://www.galilei.pt/historia.php
“Infelizmente para quantos confiaram neste projecto, este foi um grupo desenvolvido sem uma lógica estratégica clara, com um desempenho económico e financeiro afectado pela inadequação do modelo de gestão à s necessidades de negócios; um Grupo amputado de um braço financeiro, BPN, nacionalizado com a invocação de ter sido o suporte de operações ruinosas para as empresas e para o sistema financeiro em geral; um Grupo em que a maioria das empresas tinha insuficiência de capitais próprios, descapitalizadas, desorganizadas, sem controlo de gestão, sem crédito e escassa liquidez; um Grupo com empresas sob investigação criminal, e contraordenacional por parte do Banco de Portugal.”
coitadinhos… a SLN, desculpem, a Galilei, foi amputada do seu braço financeiro! É triste. Como é que agora vão conseguir construir empreendimentos de luxo no Algarve em zona protegida? (isso agora não interessa nada?) É mesmo difÃcil e arriscado isto de ser empreendedor…
E cá está! A SLN em todo o seu esplendor. Ou seja, a dona do SPN, que continua a operar em vários mercados, vivinha e de boa saúde, sem que tenha sido chateada num cêntimo que seja… Como convinha ao regime (PS & PSD +/- CDS) , o Estado (a CGD), só nacionalizou o buraco. O resto… :
http://www.galilei.pt/orgaosociais.php
http://www.galilei.pt/detalheorganizacao2.php?cd=5
http://www.galilei.pt/detalheorganizacao.php?cd=6
http://www.galilei.pt/detalheorganizacao3.php?cd=3
http://www.galilei.pt/detalheorganizacao4.php?cd=4
http://www.multiauto-galilei.pt/onde_estamos.asp
E como seria de esperar, é só malta da esquerda super-mega-hiper-giga radical nos orgãos sociais (o Grão Mestre e tudo!!!), que como é óbvio estão a trabalhar arduamente, a zelar pelo interesse colectivo do povo:
Fernando Manuel Lima de Valadas Fernandes
Fernando José Correia Cabecinha
Almiro de Jesus da Silva
António José Monteiro de Lemos
José Alfonso de Mateo Garcia
Rui Jorge Sangreman Monteiro de Meneses Ferreira
Vasco Pedro Ferreira dos Santos Afonso
LuÃs Manuel de Carvalho Telles de Abreu
Isabel Alexandra Henriques Gonçalves Ferreira
Miguel Filipe Ancede Aires de Sousa Torres
E o que foi fazer Ricardo Salgado ao DIAP?
Silencio absoluto.
Pingback: Ler os outros | Âncoras e Nefelibatas
Muito bem, Tiago
Tudo de bom para 2013
Abraço
O BPN é o resultado de leis inadequadas e supervisões frouxas e comprometidas.
Os negócios foram e provavelmente são pasto de polÃticos, com destaque para o centrão.
A esquerda, satisfaz-se com dizer mal desses actores e em dar por demonstrada a maldade do capitalismo.
Com isso se satisfaz, e nada contribui para a regulação do sistema; como se a sua queda estivesse eminente!
Com isso se torna cúmplice, inconsequente, inútil.