Pensava que este episódio da manifestação de 15 de Outubro tinha passado despercebido, afinal não! Ainda bem!
Um dos casos mais graves aconteceu com Duarte Pacheco, do PSD, à saÃda da Assembleia da República (AR), no dia em que Vitor Gaspar ali entregava o Orçamento do Estado, sabe o SOL. Com centenas de manifestantes a cercar o Parlamento, o deputado social-democrata viu o seu carro oficial ser atacado a murros e pontapés quanto tentava sair da garagem da AR. «Ficou um bocado amachucado», diz o secretário da mesa da AR.
Sobre isto tenho três coisas a dizer,
1º – Ça Ira!!!! Isto vai!!!
2º – Impedir o aproveitamento oportunista da justa e legÃtima fúria das massas
Comentário: “As agressões devem estender-se também aos bloquistas e comunas que também mamam na teta publica!!!” – Isso é o que os sanguessugas do PSD/CDS querem, para dizer que somos uma cambada de arruaceiros! Mas penso que quem agride sabe bem a quem o está a fazer, e não o faz gratuitamente tal como a direita quer que aconteça para nos poder tratar como reles arruaceiros, tal e qual como alguns dos comentários abaixo mostram. Por isso, sejamos rijos na ação sem perder o discernimento, pois aqueles que nos têm feito mal (PSD/CDS/PS) tudo farão para virar o povo contra si próprio. A cena de Belém, na minha opinião, seria totalmente inaceitável se houvesse qualquer tipo de agressão fÃsica e eu que lá estive, estaria claramente contra tais atos.
Já tinha comentado isto quando escrevi logo após o protesto em Belém. A fúria popular contém elementos de irracionalidade que podem ser aproveitados por oportunistas de extrema-direita. A solução não é reprimir os justos e legÃtimos impulsos de raiva popular, a tarefa da Esquerda é impedir que essa raiva seja aproveitada por elementos reaccionários, tão simples quanto isso. O Povo não é estúpido e sabe quem são os principais responsáveis pela agressão a que é sujeito: a pandilha PSD/CDS/PS, os interesses financeiró-económicos que controlam os governantes corruptos e quem os promove nos mass media. Será sobre estes que a fúria popular irá cair naturalmente.
Poderá haver alguns incidentes (aliás irão ocorrer de certeza…) em que alguns populares levados pelo desespero e ignorância, irão cair sobre quem têm mais há mão. Para estes casos, muita pedagogia!
Poderá (e haverá) também quem deliberadamente irá tentar lançar a confusão no seio das massas e lança-las contra “todos os polÃticos, que são todos iguais” de forma a diluir a fúria e tirar força ao protesto. Nesse caso vigilância, atenção e remoção dos agentes provocadores ao serviço da classe dominante do movimento de massas!
Por último, para os deputados e forças “institucionalizadas” que não têm pactuado com o saque à República, nomeadamente BE e PCP, o melhor antÃdoto contra alguns elementos de maior irracionalidade das massas em fúria é a clareza da mensagem. Que não haja contemplações, que não haja salamaleques e justificações burocráticas e farisaicas. Não pode haver hesitações no combate a estas medidas, no combate à desigualdade, no combate à corrupção e aos corruptos, na denúncia dos verdadeiros inimigos do povo. Quem não deve não teme, como muito bem diz o MAS, PRISÃO PARA QUEM ENDIVIDOU E ROUBOU O PAÃS! Abaixo a máfia BPN incluindo o Presidente da República e restante corja que o rodeia. Abaixo o Relvas, o Passos e o Gaspar, agentes da TROIKA que enquanto destroem o paÃs se servem a eles próprios e dão benesses aos amigos. Abaixo o Portas e os seus negócios com submarinos e as suas fintas em relação ao orçamento, mero teatro pa ver se engana o povo!
3 º – A fúria popular é um elemento fundamental, sem o qual não será possÃvel realizar as mudanças e revolução que se impõe no actual momento histórico. Assim foi, assim é e assim será. Este é daqueles momentos em que devemos escutar Danton! Face à agressão reaccionária:
De l’audace, encore de l’audace et toujours de l’audace!
A indignação é geral, a revolta está latente e é isso mesmo que é preciso fazer: consciencializar, organizar e mobilizar para a porrada e desobediência civil à escala nacional.
Totalmente de acordo. Vou rapinar este post!
Concordo com muito do artigo menos com o ênfase dado ao PCP e ao BE.
Eles não se limitaram a “não pactuar” com o Saque à República.
A minha vaca também não pactuou e não tenho mais admiração por ela.
Estas forças, principalmente o PC, estiveram na linha da frente a denunciar e impedir o saque. Há um ano quando estava tudo caladinho, havia quem, em situação da franca minoria, sob apelos esmagadores à resignação, desse luta ao pacto de agressão.
Pingback: Sugestão de Domingo | CHULE-PT
Pingback: Reuniões Governo/FMI são “guerra aberta contra Portugal” – Equacionando a resposta insurrecional | cinco dias