Exportações, desemprego, queda do consumo interno. O orçamento de Estado e porque somos bons alunos numa análise do Renato Guedes, do cadpp.
Existe uma regra empÃrica simples para perceber o que pretende o governo fazer com as nossas vidas. Quando ele nos promete que a nossa situação vai melhorar, provavelmente está a mentir. Por outro lado, quando diz que a situação vai piorar é quase certo que está a falar verdade. É como se o governo estivesse a dizer: «vamos transformar a vossa vida num inferno». A questão agora está em saber quão quente ele será.
A leitura do Relatório do Orçamento de Estado de 2013 (ROE) é bastante esclarecedora: «A contracção da procura interna e a dinâmica do processo de ajustamento está associada a uma transferência de recursos para sectores produtores de bens transaccionáveis. (ROE – p. 14)»
As passagens que destacamos a negro dão-nos uma pista bastante clara do que o governo tem tentado dizer-nos nas conferências de imprensa posteriores as avaliações da Troika. Lembremos que nessas conferências a Troika tem apontado Portugal como um bom aluno. Tentemos então compreender como é que no meio de tantas desgraças para o conjunto dos trabalhadores, pensionistas e desempregados, o Governo e a Troika conseguem ver um comportamento exemplar.
Para já, o milagre da produtividade é explicada pelo próprio ROE, p. 17: «Esta evolução é explicada, essencialmente, pela redução do PIB menos acentuada que o emprego». Traduzindo: a variável produtividade (P) é dada pela relação entre o PIB e o número de trabalhadores (L), ou seja, P=PIB/L, traduz o montante de mercadoria produzida pela força de trabalho activa. Assim, a produtividade é proporcional à produção expressa pelo PIB e inversamente proporcional ao número de trabalhadores envolvido nessa produção.
Então,para aumentar a P,o que eles ‘fazem’ é diminuir o L->0,a P->00(infinito).estes cabrões são mesmo génios,pois são!
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