«Grosso modo, podemos contabilizar em termos monetários o que os utentes receberam da saúde na rubrica «gastos finais»[1]. Estes gastos são calculados pela soma do produto não mercantil (produzido pelo Estado) e dos produtos mercantis (em geral produzidos por empresas privadas) (…)
Podemos observar que a diferença entre o custo total e o custo final era de 1,0% em 1995 e 1,5% em 2010, o que revela uma perda de produtividade com um custo de 0,5% do PIB. Por outro lado, enquanto a produção estatal caiu de forma drástica juntamente com o rendimento dos trabalhadores, o que é natural uma vez que boa parte dessa produção estatal é precisamente serviço médico prestado, os gastos com a produção privada mercantil subiram de 1,8% do PIB em 1995 para 5,3% em 2009 e 5,2% em 2010. Eis um milagre da iniciativa privada: criar simultaneamente menos produtividade e mais lucro – tudo à custa dos trabalhadores».
[1] Rubrica definida pelo código P.3 no ESA 95.
Isto não é publicidade comercial a uma iniciativa promocional de um grande grupo editorial multinacional, ou a sra. doutora fez o trabalho de graça? Será que este comentário será censurado?
Não, é divulgação da obra mais completa que foi feita até aqui da relação entre gastos sociais e dÃvida pública.
Como é o meu trabalho podia ganhar dinheiro com isso. Não seria mau de todo viver num paÃs onde o trabalho de cada um contribuÃsse para a luta pela emancipação social.