No mesmo dia em que a sebastiânica ala esquerda do PS saltitava nas televisões com os participantes no Congresso das Alternativas como cenário, definindo-se como a “esquerda responsável” que se opõe aos radicais que querem Portugal “fora da Europa” – argumento estafado e repetido há mais de 20 anos por Ana Gomes, Cavaco, Soares, Alegre, Passos Coelho, Sócrates ou Portas, e sempre utilizado para aniquilar tudo o que é discussão sobre a Europa em Portugal com as consequências que hoje conhecemos – o seu lÃder desafiava o PSD para uma coligação que promova a redução do número de deputados na Assembleia da República.
Mas desengane-se quem pensa que esta redução de deputados significará uma diminuição de despesa ou o fim de deputados-calões que pululam pelas filas de trás das bancadas do PS e PSD. Este é um claro apelo ao PSD para que os dois partidos do centrão dificultem artificialmente a representação de outros partidos na Assembleia da República. É bom não esquecer que o PCTP-MRPP, com 62.683 votos a nÃvel nacional nas últimas eleições, não consegue eleger qualquer deputado e que ao PSD bastam 39.321 votos para eleger dois deputados em Bragança.
Não acreditando que Seguro tenha tomado esta iniciativa sozinho é de crer que os dirigentes do PS presentes no Congresso já soubessem da proposta noctÃvaga. Mais, a acção até pode ter sido concertada. Enquanto uns fingiam abertura e disponibilidade para trabalhar com a esquerda, outros tratavam de iniciar um processo legislativo para a fazer desaparecer do Parlamento.
António José Seguro demonstra a sua cultura polÃtica de “jota do centrão”. As pessoas que sofrem, as que vivem na miséria, não contam um chavo. Estima que não votem. O que é importante é fazer as contas aos eleitos, para ver se ganha a concelhia… perdão… o governo. Seguro trata o paÃs como se fosse um daqueles magnÃficos congressos do PS. Como se os problemas do paÃs se resolvessem com caciques e entendimentos entre facções. Mas que não se duvide que o golpe está em curso e que esta é uma cultura polÃtica em que Passos Coelho também se movimenta à vontade.
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A leitura final parece forçada. É demasiada premeditação.
Antónimo, desculpa acrescentei um último parágrafo. Por isso creio que te referirás ao, actualmente, penúltimo parágrafo.
Duvido que muitos dos deputados presentes não soubessem de antemão que Seguro, à noite, iria anunciar o inÃcio das negociações com o PSD para tramar PCP, BE e CDS. Mais, não creio que os emissários do PS ao referido Congresso alguma vez participem numa plataforma eleitoral comum de esquerda, nem mesmo se for a de um “partido muleta” que consiga estancar algumas feridas que possam ser abertas entre o PS e o seu tradicional eleitorado.
Sim. Mas isso atira a totalidade dos deputados e militantes do PS para o grupo dos calculistas. Apesar de tudo, nem todos meterão tudo no cálculo arrivista, no ponto com nó.
Ele que faça muitas destas, que pode ser que lhe aconteça como ao PASOK…
É curioso. Eu podia ter escrito este texto. Mais uma vez estamos plenamente. Só que eu não me inibo a criticar os “jotas do centrão” em nenhuma circunstância.
Sinto que a única diferença entre nós, são amigos e ligações pessoais que tu tens (até porque és de Lisboa e eu cá do norte) e eu não tenho. Repito: mais uma vez o teu texto diz essencialmente o que ando a dizer acerca das manobra de todos – sublinho todos – os dirigentes do PS e da JS que se envolvem em supostas aproximações à esquerda e supostas contestações à Troika e ao governo. Puras mentiras eleitoralistas.
Subscrevo o teu texto de principio ao fim.
Rocha, tu enfermas de erros de análise. Baralhas tudo. O Congresso das Alternativas não é a mesma coisa que o 15 de Setembro, o 12 de Março não é a mesma coisa que uma concentração de motards… Preocupas-te em catalogar as coisas, como boas e más. Falta-te dialéctica.
Eu já o escrevi, para uma maioria social de esquerda temos de contar com os eleitores e uma parte dos militantes do PS. Mas não com os seus caciques.
Juntar as palavras aos actos não é baralhar, é clarificar. Nos protestos e nas propostas não contam só as ideias que se defendem mas também os actos de quem propõe e reivindica.
Presumo que a dialéctica então, esteja em saber quem são “os eleitores e uma parte dos militantes do PS”.
Seguramente que não são aqueles que saltitaram pelo Congresso Democrático das Alternativas. E seguramente que se são “eleitores e militantes” também não são dirigentes. Até aà eu posso concordar.
Mas para ganharem o meu respeito têm de fazer como o Manuel Serra fez em 74. Para que não haja dúvidas.
O PS,é um partido dos banksters, de alterne.Eu cá sou simples,o PS é estranho à esquerda e,unidade com eles só no seu aniquilamento perante as urnas.Bem podiam fazer um partido PSD/PS-não se notava nada.O PS tem pedófilos?oPSD tb tem!O sócas comprou o curso?o relvas também,…..
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