
GENET, “Ela”
Considere-se a seguinte nota da extraordinária companhia europeia Teatro da Cornucópia (e continue-se a pagar a mediacracia aos Pachecos Pereiras e aos reizinhos do Castelo do Queijo, uma vez que lá perto Serralves também pode sofrer do mesmo, nas barbas de Pacheco Pereira a banquetear-se na Casa de Chá da Fundação, que deve, sem dúvida que deve, ser “devolvida” ao mercado, sim, sim, sim):
«Acabando no fim de 2012 o quadriénio em que, apesar dos cortes, a Companhia foi apoiada pelo Estado, e não se sabendo neste momento qual será a sua situação financeira a partir de Janeiro de 2013 visto que ainda não está definida a futura relação financeira do Estado com a actividade teatral, o Teatro da Cornucópia, consciente de que uma alteração profunda ao regulamento de apoio pela DGArtes à actividade teatral virá alterar completamente os moldes em que tem trabalhado, resolveu não anunciar ainda nenhuma programação para 2013, o ano em que completará 40 anos de trabalho ininterrupto. O anúncio neste momento de uma programação para o ano de 2013 seria iludir uma situação real e grave de indefinição perante a qual a Cornucópia só poderia anunciar uma programação fictÃcia que não sabe se terá condições para cumprir. Mas uma coisa é certa: alguma coisa teremos de mudar se se verificar uma temida solução de redução drástica ou até o fim do financiamento do Estado do teatro que fazemos. É um teatro que não pode integrar-se só nas redes do mercado sob pena de perder a sua própria identidade de actividade de utilidade pública.»
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Sabendo-se que o mercado do teatro é o público, a companhia diz fazer serviço público que a afasta do público!
Precisa-se de um esclarecimento sobre esta provável contradição…
… espere sentadinho.