Temia-se o pior nas hostes nacionais depois do comunicado do Partido Comunista Sul Africano (SACP), onde se exige a prisão de um dos grevistas de Marikana. O PCP, estranhamente votado ao silêncio, não se deve afastar muito da posição do SACP, e estou certo que subscreve as palavras  criminosas  do comunicado da CGTP, que deviam envergonham qualquer sindicalista da central: “os culpados da violência e dos assassinatos, alguns já presos, têm de ser condenadosâ€.
Parece que o Renato também quer entrar na parvoeira das insinuações reles, porra que não há pachorra para tanta cretinice.
Enxerguem-se!
Parece que o Renato também quer entrar na parvoeira das insinuações reles, porra que não há pachorra para tanta cretinice.
Enxerguem-se!
E o comunicado, não lhe suscita nenhum comentário?
Porque quer a CGTP que os grevistas sejam levados ao tribunal dos patrões?
“Quem está preso são os grevistas e serão levados a tribunal para gáudio do sindicato ligado à ANC e à CGTP.”
Como é possivel escrever-se cretinices destas???
Cretino. Ora aà está o adjectivo que me faltava para o comunicado da CGTP.
Estamos todos bêbedos ou não é nada disso que está escrito no comunicado?
Palavra por palavra, infelizmente não estamos a ver a dobrar.
“Estamos conscientes de que o contexto por detrás da violência em Lonmin reside no facto de a empresa mineira sabotar os processos e estruturas de negociação e de ignorar o atual contrato coletivo, tentando ao mesmo tempo dividir os trabalhadores e os sindicatos.”
“Expressamos, em primeiro lugar, as nossas mais sentidas condolências aos familiares das vÃtimas e condenamos todos os atos de agressão, particularmente por parte da força de polÃcia.”
“Nada pode justificar os bárbaros assassinatos pela polÃcia, a sangue frio, a que assistimos.”
Precisas de óculos ou de aprender a ler?
Enfim.
Precisa de ajuda para conseguir responder?
“os culpados da violência e dos assassinatos, alguns já presos, têm de ser condenadosâ€
O que pretende ao defender esta barbaridade?
Mas é referido que os culpados são os grevistas?
O comunicado refere que a empresa procura dividir os trabalhadores e sindicatos bem como desrespeitar os contractos de trabalho. Em nenhuma parte do comunicado é atribuÃda culpa a qualquer sindicato ou grevista. É mostrada a total solidariedade e condenação da acção policial.
Quem está preso são os grevistas e serão levados a tribunal para gáudio do sindicato ligado à ANC e à CGTP. Acha mesmo que é um problema de interpretação? Leu o comunicado do PC da Ãfrica do Sul, também linkado na posta?
Ainda assim, ainda bem que o comunicado, nos termos da minha interpretação claro, lhe parece inaceitável. Eu também ainda não caà em mim.
Bom, claro que não concordo com a declaração da CGTP. Mas, para não abundar, algumas perguntas:
1) Os culpados da violência não são a polÃcia, o governo e a mineradora? Porque a posição do NUM é prender os dirigentes do sindicato rival que dirige a greve, independentemente das caracterÃsticas do referido sindicato
2) A violência policial dá sinais de regressar? Em que mundo vivem os companheiros? A violência policial é uma realidade na terra da heróica luta contra o apartheid
3) Qual o grau de colaboração do NUM com as mineradoras? É possÃvel ignorar todas as fontes sul-africanas sobre o tema (basta dar uma passada nos materiais disponÃveis na internet sobre o tema? É uma casualidade que o diretor do NUM, Frans Balena, receba 105 mil rands mensais (ao redor de 13 mil dólares), enquanto um “rock driller†receba 4 mil? Isso nada tem a ver com o fato de que haja um setor considerável da massa operária que esteja buscando outra alternativa sindical?
4) Bom, muito provavelmente não tenhamos acordo, mas há algo pior: após o massacre, a mineradora deu um ultimato até amanhã para acabar com a greve, sob pena de demissão (isso está em todos os jornais, dispenso-me a colocar citações), em um momento em que além disso nem esfriou o sangue dos massacrados e a CGTP não se posiciona contra isso de forma incondicional? Queria entender melhor uma posição como essa para evitar tirar conclusões demasiado fortes e definitivas…
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Renato anime-se, nem tudo são más noticias. A UGT publicou um vigoroso protesto sobre o assunto. Não só pede a pena de morte para todos os policias implicados no massacre, como dos dirigentes da mina, a ilegalização do PC (não sei se o de lá se de cá) e exige a deportação dos dirigentes da CGTP para o deserto de Taklamakan.
Corra a inscrever-se já (se ainda não está inscrito ) na UGT a central pioneira na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Eu fazia-me cá uma certa confusão porque nunca se referia a esta Central Sindical. Agora já sei.
já viu, afinal a UGT ainda lhe serve para alguma coisa.
Sobre o assunto, nada?
Alto aà para o baile. A UGT para mim nem serve para pagar cotas.
Sobre o assunto! Conto sempre com o seu abnegado esforço para denunciar as traições da CGTP e dos comunistas.
Portanto perder tempo para quê, se tenho sempre um “escravo” ao meu dispor pronto a denunciar as falcatruas dos inimigos da minha classe?
Não lhe serve, e bem,, para pagar quotas, mas já prescindia de a usar para assobiar sobre o assunto.
Abaixo, a moção aprovada durante a atividade realizada pela Central Sindical e Popular- Conlutas do Brasil com o mineiro espanhol Jose G. Marin. A nota foi assinada pelos sindicatos de mineiros de Congonhas/Mariana e, também, de Itabira; além do sindicato independente Corriente Sindical de Izquierdas de Astúrias (CSI), ao qual pertence o companheiro Marin, que está realizando reuniões no Brasil, a convite da CSP-Conlutas.
MOÇÃO DE REPÚDIO AO MASSACRE NA ÃFRICA DO SUL
Policiais matam mais de 30 mineiros grevistas da mina Marikana!
Nesta quinta-feira, dia 16 de agosto, a polÃcia sul-africana realizou um massacre contra mineiros em greve na Mina de platina na cidade de Marikana, Ãfrica do Sul. Tal mina pertence a Lonmin, uma multinacional inglesa que é a terceira maior exploradora de platina do mundo.
Os mineiros da cidade de Marikana estão em greve há mais de uma semana. A paralisação abrange cerca de 13 mil operários que lutam por melhores salários e condições de trabalho. No momento do massacre, um protesto reunia cerca de 3 mil trabalhadores, que em greve acamparam na Mina. Por sua vez, a polÃcia contava com apoio de veÃculos blindados, helicópteros contra os mineiros que tentaram resistir ante a ofensiva policial que culminou com um massacre, no qual mais de 30 foram mortos.
O massacre está sendo comparado aos que ocorriam na época do regime de Apartheid na Ãfrica do Sul na década de 1990. Este fato demonstra que o apartheid não acabou. A sociedade sul-africana é ainda profundamente racista e dividida entre brancos – a minoria privilegiada – e negros – a maioria explorada, com apenas uma minoria negra com acesso a melhores condições de vida. Dessa minoria faz parte a elite que está no poder.
No sentido da imediata apuração dos fatos e punição dos responsáveis, nós que subscrevemos esta moção chamamos a todas as entidades dos movimentos sociais e personalidades a construirmos uma campanha internacional para exigirmos do presidente sul-africano, Jacob Zuma, que decrete a imediata prisão e julgamento dos culpados; que abra um inquérito para apurar todas as responsabilidades, inclusive da empresa mineradora, no massacre; que indenize os trabalhadores reprimidos e feridos pela polÃcia e as famÃlias dos que morreram; e que intervenha no conflito para obrigar a mineradora a atender à s reivindicações dos mineiros.
A todos os mineiros da áfrica do Sul e em especial os de Marikana o nosso profundo pesar e nossa incondicional solidariedade.
Os mesmos que se solidarizam e bem com a greve dos mineiros das Asturias, ou estão silenciosos , ou publicam comunicados DÚBIOS , como este da CGTP.
Os mesmos que condenaram a violência policial contra os mineiros em Espanha, “justificam” a violência poicial na Africa do Sul.
Isto cheira demasiado a RACISMO.
Que vista curta Augusto.
A diferença de posições que assinala é significativa mas não lhe parece ser outro o cheiro?
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