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“Diminuir salários não é uma polÃtica, é uma urgência†diz António Borges (link abaixo)
http://economico.sapo.pt/noticias/diminuir-salarios-nao-e-uma-politica-e-uma-urgencia_145784.html
E esta hem? Salários baixam – o pessoal fica nervoso – o pessoal reclama (até mesmo por causa de uma qualquer documento) – a polÃcia dá cacetada. Eis o ciclo da retoma!
Ora toma… e retoma!
Parece que estão já a ser postas em prática as “Grandes Opções Estratégicas 2013-2016” da PSP, mesmo ainda antes de regularmente aprovadas.
Trata-se de um documento com 5 páginas (disponibilizado gentilmente pela própria PSP) onde se podem ler mimos destes: “maior equilÃbrio entre fatores de produção trabalho e capital fixo”, “inelasticidade da massa salarial”, “elementos policiais na fase final do ciclo profissional”, “segurança just-in-time”, “condensação de meios” e “capacidade de os projetar”.
Economês e militarismo. O cidadão revoltado – e já não apenas o delinquente – é caracterizado como IN (“inimigo”). Porque só se ama o que se conhece, faz-se com que os agentes deixem de conhecer os cidadãos. Desumanizam-se. São “eles”, ou “os civis”, ou “os anarcas”, “os comunas”, “os pretos”, “os gunas”, “os betos”; e “nós”, ou “os maiores”. Goering reconheceria o processo.
A “automatização de processos produtivos nas áreas de negócios e de suporte”, o “e-policng”, o “estudo sistemático de informações e operações”, a “georreferenciação das ocorrências criminais”, o recurso a “vigilância aérea” (incluindo “drones”), o “alargamento de sistemas fixos e móveis de CCTV”, “incutir uma sensação de capacidade interventiva mais musculada”, “operações tÃpicas de crowding-out e de saturação de áreas mais sensÃveis”, as “polÃticas de outsourcing”, o “recurso a mão de obra especializada e disponibilizda por empresas do sector”, a “ativação de potencialidades de recolha e tratamento de informação”, tudo vem depois a ser cobertinho amorosamente pela mantinha da “melhoria da imagem institucional”, com a PSP a “rever a sua polÃtica comunicacional para com os media”, “de forma a passar de forma contÃnua e sustentada uma imagem de modernidade”.
Para o fim, pensa-se em eventualmente “investir na promoção de uma melhor qualidade de vida e bem-estar dos seus funcionários” – mas isto é apresentado cautelosamente, apenas, como mera “intenção”. E já se sabe do que é que o Inferno está cheio.
Na prática, aquilo que se pretende é que a PolÃcia se vire para dentro, tornando-se mais pequena, mais alienada e mais exterior à sociedade, o que fará com que os seus agentes vejam como potenciais criminosos todos aqueles com que se cruzam quando saem à rua (como já hoje acontece com a PolÃcia de Intervenção, que pouco contacto tem com a sociedade civil, ao contrário dos patrulheiros das esquadras de proximidade). O que se verifica, aliás, é que a maior parte das situações de ilegalidade na ação policial decorre das atitudes de agentes destas unidades afastadas do contacto com a população: EIRs, BICs, CI, etc. E os casos de criminalidade (desde tráfico de droga, a extorsão, etc) também. Isto devia alertar consciências, mas há uma certa “Silva-Carvalhice” que predomina.
Tudo isto possibilitará sobretudo o florescimento de empresas privadas nesta área, muitas delas geradas e geridas por ex-dirigentes policiais e militares, dilapidando (ainda mais) os recursos públicos, sem que nenhuma vantagem daà resulte no que respeita à erradicação das causas da criminalidade. Pelo contrário: tal como as tabaqueiras aumentaram os nÃveis de nicotina nos cigarros, também a esta nova PolÃcia e empresas associadas interessará que exista mais criminalidade, para poderem justificar a sua própria existência: para que serviriam se não houvesse bandidos?
Os agentes policiais têm de ser ajudados a perceber que tudo isto é também contra eles, que nada lucrarão e só ajudarão outros a encher os bolsos. O episódio “secos e molhados” não foi assim há muito tempo.
Bem me parecia que andam a ser atiçados pelas chefias…
Uma das coisas que me deixa perplexo é que supostamente os tipos andam a ter formação ao nÃvel das leis mas quando se pergunta aos policias se eles conhecem pressupostos tão simples como o direito à manifestação, direito à liberdade e segurança, e as responsabilidades e obrigações no desempenho da actividade policial, se a resposta não for ‘não estou aqui para conversar’ ou seja, quando há uma abertura à comunicação, dá-me impressão que ficam ligeiramente perplexos como se tivessem sido confrontados com conceitos alienigenas…
Essas bestas da bófia estão a ver se arranjam lenha para se queimarem.
Bom… pelos vistos, as apreciaçoes que fiz acerca deste condutor (parti do principio de que ele ia a conduzir) foram calaramente precipitadas.
As minhas desculpas.
K