Ainda bem que tudo se vai clarificando para que não tenhamos que esgotar a nossa paciência lendo os discursos inflamados do Francisco Furtado contra o KKE e a verborreia social-democrata do Rui Tavares. Pois, parece que o PASOK negoceia com a Esquerda Democrática, a dissidência socialista apoiada pelo Rui Tavares, para a formação de um governo na Grécia. É uma notÃcia avançada pelo El PaÃs. Já o lÃder do Syriza pede uma reunião com Hollande. Muito provavelmente para transmitir-lhe as ilusões de uma outra União Europeia e de um outro rumo. Pela minha parte, não dou qualquer espaço para iludidos, ingénuos ou hipócritas que pretendem continuar a alimentar a ideia de que é possÃvel transformar o que não se pode transformar. Em 1975, os portugueses decidiram apoiar os socialistas democráticos do Partido Socialista. Então, apoiavam a reforma agrária e as nacionalizações. Seguro que muita gente depositava esperanças nos que traÃram uma e outra vez os anseios do povo português. E os sectários, claro está, os comunistas. Sempre os comunistas.
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Consistente, como habitualmente.
Obrigado, Bruno.
João Pedro
“parece que o PASOK negoceia com a Esquerda Democrática, a dissidência socialista apoiada pelo Rui Tavares, para a formação de um governo na Grécia. (…) Já o lÃder do Syriza pede uma reunião com Hollande.â€
Sim, a tal de Esquerda Democrática tem encontro marcado com o PASOK para as 18h00 de hoje. Curiosamente antes desse encontro emitiram uma declaração criticando asperamente a liderança do Syriza, acusando-a de “não ter tirado vantagens da oportunidade de formar governo, no âmbito do mandato de prospecçãoâ€, chegam ao ponto de dizer que as suas “posições maximalistas descartam a possibilidade de qualquer solução†e acusam a Syriza de estar a actuar politicamente “tendo em vista o novo perÃodo de campanhaâ€.
Já quanto à s reuniões que a Syriza pedia a Hollande (e a Merkel), depois das negas, dizem agora que não estão a planear nenhuma visita a Paris enquanto o processo dos mandatos de prospecção para a formação do novo governo não estiver concluÃdo…
http://www.athensnews.gr/portal/8/55402
O Bruno Carvalho tem todo o direito a exprimir as suas opiniões e preferências polÃticas. Mas isso não impede que este post seja um perfeito disparate.
É natural que o PASOK tente obter apoios para formar governo, e que fale com a Esquerda Democrática e outras formações nesse sentido. No entanto, até ao momento, tanto a Esquerda Democrática como o Syriza têm mantido a posição de não apoiar qualquer governo que não ponha em causa o memorando e as condições da troika (cf. http://internacional.elpais.com/internacional/2012/05/10/actualidad/1336603575_986146.html ). Enquanto os partidos em causa não se desdisserem, o que o BC sugere no post não passará de um juÃzo de intenções arbitrário e difamatório.
Quanto ao facto de um militante do Syriza falar com Hollande procurando – presumivelmente – sondar em que medida a sua (de Hollande) presidência poderá alterar a posição do governo francês em relação à Grécia, não se vê qual é o problema. Ou BC acha que não nos devemos esforçar por reivindicar e, na medida do possÃvel, impor uma mudança de orientação à polÃtica da UE, porque a única solução progressista passa pela balcanização da Europa e o regresso de cada paÃs à sua moeda nacional?
msp
“a única solução progressista passa pela balcanização da Europa e o regresso de cada paÃs à sua moeda nacional?†????
As questões a votos na Grécia são austeridade ou crescimento económico, esquerda ou direita, memorando ou não memorando. Não é o dracma, euro ou UE.
Tirando a questão da “balcanização”, é um comentário em tudo acertado.
A balcanização só o seria se estivesse em marcha uma saÃda da união europeia que permitisse melhores perspectivas a quem tomasse essa iniciativa – neste caso, é a periferia pobre que se vê empurrada para fora da união. O que aconteceu nos balcãs foi que as repúblicas mais prósperas queriam ser independentes para não financiar os as irmãs pobres. Posto isto, balcanização só o seria se a iniciativa de abandonar a UE partisse da Alemanha ou da França. Outro aspecto nada balcânico é que se via com aquela crise o fim de um estado socialista e se vislumbravam melhores condições de vida no futuro, coisa que não acontecerá à periferia que decidir voltar à sua moeda e apostar nas exportações, pois as importações pesam muito mais na balança e tornar-se-ão ainda mais incomportáveis. Deste modo, o ponto de vista do MSP é bastante mais visionário que a esquerda “pró-soberania”.
No entanto, aquilo que vejo como vantagem do horizonte dos “pró-soberanistas” é um incumprimento por parte de todos os PIIGS, tendo a Grécia como vanguarda, o pode mudar as regras do jogo, pois irão falir os credores nórdicos. Esta falência implicará a nacionalização dos prejuÃzos da banca nos paÃses do norte, e como nos mostrou a Islândia, poderá haver tal abanão ideológico que passemos a ver muito moderado a defender medidas socialistas também nos paÃses do norte, e quem sabe uma união europeia com um equilÃbrio diferente.
Agora, é evidente que se nada resultar e no fim a história se resumir a uma Grécia fechada sobre si mesma como se se tratasse de uma Albânia, o resultado não vai ser bonito.
Evidentemente, peço desculpa se me exprimi mal. O que quero dizer é que a “balcanização” e a crispação nacionalista só podem ter como desfecho a catástrofe. Aliás, tenho alertado várias vezes noutros lugares para os riscos de “balcanização”, de fascização e de guerra que a fragmentação da UE e da zona euro, nas actuais circunstâncias, significariam quase automaticamente.
msp
Sim,xor entequetual a bem dizer:olhe as acções do Partido dos ‘Trabalhadores’ e os orientanços de sus muchachos!!!Já dei para esse peditório.
Passámos a vida a dizer mal da URSS mas,hélas!,como já é a federação do Capital está tudo nos conformes…poderia estar a rebater.Por mim,não leio o El Pais,por motivos mais que óbvios,oh sócio mui prá frentex,avant garde e essas merdas todas.Mas está redondamente enganado,isto é um trolei com 27 rodas de diametros diferentes-não há a homogeneização soviética-tout court….
Esta sua análise é uma colagem ao comunicado do KKE que li atentamente e que achei sectário e arrogante tratando o povo grego como débeis mentais que se deixaram iludir pelos “maus”. Não conheço o Syriza e até admito que seja um grupo sem coerência com alguns oportunistas à mistura. Mas na situação em que aquele paÃs está, este não é o momento para “ajustes de contas” nem purezas teórica-ideológica. É preciso unidade na acção, contra a troika. Não o fazer é sectarismo puro. Se o Syriza se compromete contra o pacto de agressão, querendo manter-se na Europa, há muito espaço para lutas conjuntas. E qdo eles renegarem o que agora defendem então denunciem-nos. Deixemo-nos de vanguardismos e de visões do mundo a preto e branco. Cpts
Bruno, se o KKE fizesse os trabalhos de casa talvez tivesse uma votação melhor que a que teve e assim vocês não teriam que carpir as mágoas porque um partido da esquerda grega teve um resultado histótico. mas os senhores, em vez de discutir o essencial preferem seguir o exemplo da direita grega e atirarem-se ao Syriza; e o essencial é: porque é que o KKE levou um banho? Porque é que o KKE nem assim conseguiu aproveitar a situação economica e social favoravel que havia na Grecia? E se nem assim subiu desde as ultimas ekleiçoes, está á espera que aconteça o quê para subir?
Coisas destas é o que os senhores devem perguntar ao KKE e engolirem em silencio o sapo que a votação no Syriza deve ser para os senhores. Felizmente, tenho para mim que o PCP não tem puto a ver com opiniões como a que Vc e outros seus compagnons de route aqui têm expresso.
Aguentem que é serviço, meus! Esta não é a vossa hora na Grécia, meus caros!!
K
“e o essencial é: porque é que o KKE levou um banho?” ???
Está completamente alienado, e pior a querer enganar. Banho levou o PASOK que perdeu mais de 2 milhões de votos e a ND que perseu mais de um milhão. O KKE subiu em votos, em percentagem e em deputados eleitos. Tire as palas e olhe para a realidade.
“mas os senhores, em vez de discutir o essencial preferem seguir o exemplo da direita grega e atirarem-se ao Syriza;”
E preciso ter muita lata para dizer uma coisa destas… Devo lembrar-lhe que quem começou a ser atacado foi o PCG, e não o Siriza. Desde o dia das eleições que o KKE tem sido insultado por tudo e mais alguma coisa, como se o KKE tivesse deputados suficientes para bloquear o que quer que seja.
“E se nem assim subiu desde as ultimas eleiçoes, está á espera que aconteça o quê para subir?
Coisas destas é o que os senhores devem perguntar ao KKE”
A gente pergunta essas coisas, quem é que lhe disse que não perguntamos? Você tem realmente muita lábia, mas quem é que lhe diz que a gente não se questiona sobre essas coisas?
“Felizmente, tenho para mim que o PCP não tem puto a ver com opiniões como a que Vc e outros seus compagnons de route aqui têm expresso.”
Num partido democrático como é o PCP as coisas passam-se assim, com opiniões divergentes e esse tipo de coisas; mas compreendo que para si tal coisa possa parecer bizarra por não estar acostumado e esse tipo de atitude lá no seu BE…
Epi
Parece caro Bruno Carvalho , que o seu amado KKE está cada vez mais isolado, as ultimas sondagens são elucidativas, TODAS indicam o KKE em queda em relação ás ultimas eleições.
Ou é povo Grego não entende o KKE , ou é o KKE que não entende o povo Grego.
Sondagem de hoje, 10/5:
Syriza: 27.7% (up from 16.78% in last Sunday’s election)
New Democracy: 20.3% (up from 18.8%)
Pasok: 12.6% (down from 13.1%
Independent Greeks: 10.2% (down from 10.6%)
KKE: 7% (down from 8.48%)
Golden Dawn: 5.7% (down from 6.97%)
Democratic Left: 4.9% (down from 6.1%)
Depois desta sondagem não admira que Pasok e Esquerda Democrática se tenham entendido hoje. Amanhã veremos se a ND também ficou acagaçada.
Dédé,
não é certo que se tenham entendido em termos que possam incluir a ND.
Com efeito, caso se tenham entendido, será preciso ver até que ponto os temores do PASOK o poderão ter levado a mudar, pelo menos retoricamente, a sua posição sobre o memorando, a dÃvida, etc. E será preciso ver até que ponto isso será aceitável para a ND. Quanto à Dimar, ou consegue arrancar ao PASOK um acordo sobre esses mesmos pontos que pareça uma mudança de rumo perceptÃvel e convincente, ainda que limitada, na matéria, ou, se capitula, tudo o que poderá obter será o mais completo descrédito.
De qualquer modo, todos estes episódios mostram bem que, como escrevi há dias: “O que incomoda Angela Merkel, os detentores das posições de comando dos mercados financeiros, as camadas dirigentes da oligarquia da UE, e começa a abalar, um pouco por toda a parte, a arquitectura institucional antidemocrática da sua versão da “construção europeia”, não é que a Grécia possa abandonar a zona euro, regressar ao dracma, proclamar tão formal e solenemente como em vão, a reconquista da “independência nacional” e da “soberania plena”; é, sim, o número crescente daqueles que, na Grécia, querem a UE e o euro, ao mesmo tempo que exigem tanto a renegociação da dÃvida e das condições impostas ao paÃs pela troika como a transformação das regras do jogo do establishment da União, e, na realidade, a redefinição das normas de funcionamento que lhe servem de constituição”. (Cf. http://viasfacto.blogspot.pt/2012/05/licao-de-grego.html )
Ou seja: com mais ou menos “sangue, suor e lágrimas” – de acordo com a fórmula churchilliana que V. há dias evocou contra o Syriza -, parece-me evidente que “não são o soberanismo nem o nacionalismo, mas a “via europeia” o melhor modo de, em cada paÃs ou região da UE, travar e organizar a luta contra a hegemonia neoliberal, criando condições e abrindo caminho, na Europa e por todo o mundo, a novos movimentos de democratização”. (Cf. idem).
Ou parece-lhe que a aposta no projecto e no processo de refundação da UE rumo a uma “república da justiça e do trabalho” (para utilizarmos uma fórmula bem comunarda) não merecem também “sangue, suor e lágrimas”?
msp
Esta palhaçada da independência polÃtica com o dinheiro dos outros tem que chegar ao fim e o mais depressa possÃvel.
Nenhum pais tem direito a fazer orçamentos a contar com impostos de outros!
Pode-se discutir a dÃvida mas não tem discussão que a independência plena significa viver com o que se tem.
Ainda não ouvi o afamado Syriza a dizer que prescinde de receber mais dinheiro para o dia-a-dia dos gregos. E dizem que vão repor salários? P.q.P!!!
«E dizem que vão repor salários?»
São uns lÃricos. Quando chegar a hora da verdade (se chegar) e tiverem que governar, como as suas propostas não são exequÃveis vão começar a arranjar desculpas para não porem em prática aquilo que anunciaram. Vão começar falar nos “traidores”, nas “sabotagens”, nos “lobbies”, nas “forças externas”, etc. É a n-ésima repetição do mesmo filme.
O filme do gentleman.E o personagem não tem peias em assumir o seu enfado perante a “repetição do mesmo”
Gentleman,sabia que um dos conselheiros do rei de França,Luis XVI dizia algo muito parecido com aquilo que exprimiu?
“A populaça não sabe do governo”.
Foi o que se viu.A única diferença é que na época não havia filmes para usar como figura de estilo.
É a enésima repetição da repetição de gentleman.Já assistimos a este.filme.E o sim-sim da cabeça ao amigo que gosta de P.q.P.
P.q.P.
Para os neoliberais pinochetianos ou não,sejam alemães ou não ou mais ou menos alarves