Depois de um ano intenso de contestação social, as ruas voltaram a inundar-se de gente e deixaram a praça à pinha de povo. A principal conclusão que se pode tirar da grande jornada de luta é o facto de haver resistência suficiente, não em potência mas em evidência, para derrotar as medidas que nos estão a destruir as vidas. Pode haver mil leituras a fazer sobre o Terreiro do Povo, mas esta não devia deixar ninguém indiferente.
Assim sendo, é intolerável que o governo não mude uma vírgula do seu programa de acção, o que só pode significar um convite irresponsável para esta festa, mas também não é aceitável que os sindicatos façam ouvidos de mercador.
Eu ouvi bem o Arménio Carlos? Manifestações descentralizadas?!? É isto que “o homem certo no lugar certo no momento certo” tem para dizer? Os gregos nunca estiveram tão perto de conseguir sair do euro e de anular a dívida unilateralmente e o que nós temos para dizer é que vamos falar com a família, passar a palavra na aldeia, debater nos locais de trabalho e lutar descentralizadamente? O que vão conquistar os trabalhadores isolando-se nas suas lutas? Porque se hesita na convocatória de uma nova greve geral, porventura até mais prolongada? Porque não se rasga a concertação no devido palco? Porque se espera para derrubar o Governo?
Está visto que, as Maybelle Starr says, a Bernardine tem aqui bem mais do que um simples ponto de vista.
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