Nos anos trinta e quarenta, ao longo do III Reich, Hitler redefiniu a barbárie. Nada anterior lhe faz sombra, nem mesmo nos tempos sombrios da escravatura. A aliança entre o apartheid racial e o apartheid social foi na verdade uma inovação que não encontra paralelo nem nas cruzadas sobre os árabes, nem no colonialismo africano. Lamentavelmente, muitos lhes tentaram seguir os passos. Há pouco mais que cinquenta anos, Rosa Parks desafiava o apartheid norte-americano e com Martin Luther King sentavam-se nos autocarros destinados aos brancos. Ao longo da segunda metade do século, a África do Sul viveu sob um regime político aceite pela ordem mundial com base nos mesmos preconceitos. Com mais ou menos expressão e mesmo em contraste com as limpezas associadas a questões políticas, ninguém se aproximou mais da Alemanha Nazi do que o enclave racista de Israel. A ironia histórica é hedionda. As principais vítimas do holocausto estão prontas para superar o mestre. Quem manda no IV Reich é Washington, mas o seu exército de reserva está estacionado entre os lamentos do muro de Jerusalém e o colonato de Tel Aviv. Aos palestinianos resta-lhes olhar para o que fez a resistência e despachar o mais rapidamente possível o regime sionista para o cemitério onde jazem as maiores bestas que a humanidade pariu e para onde a Europa anti-fascista enviou cada um dos carrascos que atormentaram o século XX. O pesadelo ainda não acabou.
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