1.
“Das razões porque devem os trabalhadores fazer a greve no seu local de trabalho.”
Foi isto o que eu escrevi.
Lógica: a) os trabalhadores; b) o local de trabalho desses trabalhadores; a+b) estes trabalhadores têm local de trabalho – é o seu. (Contratados ou precários).
2.
“Preparação de uma Greve Geral: os protagonistas, o lugar, as tarefas, o plenário. Nem sós, nem isolados, nem escondidos.”
Gostava de saber em que é aqui “não tenho razão”, posto que o texto do Renato cita o título mas discute qualquer coisa que lá quis ver, mas lá não está.
Lógica: ver 1.
3.
“Mas concordo e apoiarei iniciativas de outras camadas da população, ou sectores não abrangidos pelo pré-aviso de greve – trabalhadores por conta própria, desempregados, estudantes, etc. – como manifestações, engrossando o caudal de luta. Como fizeram os artistas na greve geral passada.”
Claro que o Renato não é obrigado a ler tudo o que aqui escrevo. Mas como discute comigo com base numa leitura desatenta, tenho de chamar a atenção aos leitores e ao Renato que até escrevi isto, num post que o Renato ignorou e cuja discussão foi o ponto de partida para os dois seguintes.
4.
Como o Renato optou por argumentar fora da caixa de comentários, eu respondo assim. Creio que o Renato não precisava dos meus posts para fazer a publicidade do evento que promove e dizer tudo aquilo que queria dizer.
Informo contudo o Renato sobre duas coisas que, pelos vistos desconhece. Uma: qualquer cidadão pode e deve participar nas tarefas directas e no sucesso de uma Greve Geral. Sempre tem sido assim. Há já muitos anos que não sou trabalhador “contratado”. E entretanto, participei sempre nas tarefas das várias greves gerais que ocorreram – propaganda, agitação, apoio aos piquetes, etc. É só uma questão de ter vontade e andar informado. Segunda: todas as greves gerais tiveram, convocadas pela CGTP, concentrações de rua, tal como mais uma vez ocorre, no Rossio e na Assembleia da República, em Lisboa, e noutras capitais de distrito. Simplesmente, como sustento nos posts citados, o sucesso de um greve, geral ou não, assegura-se no local da greve – o local de trabalho.
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