É capaz de ter piada para quem goste de cenas exóticas e de africanices. O que, por si só, é uma muito respeitável motivação para ler.
Para mim, representa um pouco mais que isso, quer em termos pessoais quer por se tratar da área em que, provavelmente, o trabalho das ciências sociais pode ter maior visibilidade e (com todas as boas vontades) maiores efeitos perversos e negativos em Moçambique.
Falo de um artigo no Buala, um site que muito prezo, acerca de julgamentos de feitiçaria e de como as “pluralidades jurídicas” e as aplicações acríticas do relativismo cultural aos direitos das pessoas acabam por reforçar e legitimar as desigualdades e hegemonias locais, reproduzindo violentos mecanismos de dominação.
Tough stuff, portanto… Ouço as facas a afiarem-se.
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