Detestava tomar banho de água gelada. O gás estava cortado. Para ser sincero, o gás e a electricidade e, daà a uns dias, a água. A casa já era do banco. A burocracia pátria tinha-o mantido teimosamente entre quatro paredes. A ordem de despejo teimava em chegar. Provavelmente, os bancos estavam fartos de ficar com casas que ninguém tinha dinheiro para adquirir. Há uns anos, convencera-se que comprar casa era melhor que alugar. Os juros estavam baixos e um salário ainda parecia um salário. Sete anos depois, tudo ruiu como um castelo de areia. O Banco Central Europeu aumentou as taxas de juro 33 vezes. Parece que o seu presidente, Jean-Claude Trichet, estava preocupado com a inflação. A economia foi decompondo-se, as empresas fechando, o desemprego aumentando, mas o raio da inflação teimava em não se comportar como o senhor presidente do banco central queria. Hoje, não há emprego, a actividade económica está anémica, mas a inflação parece quase controlada. Os bens estão caros, mas quase ninguém lhes toca. Estava farto desta merda, isto não passava deste dia. Vestiu-se. Preparou a arma de plástico. Saiu de casa. Apanhou o metro e dirigiu-se ao EspÃrito Santo mais próximo. “Falaste com o teu banco? Não, falei com teuâ€, lembrou-se da publicidade e sorriu. Antes de entrar, acrescentou o último requinte. Tinha-lhe custado os olhos da cara, mas valia todos os euros: uma máscara do imbecil do Trichet. Aquela criatura teimosa, convencida e burra que tanto o irritava. Era quase justiça divina roubar o banco com aquela cara. Entrou. Berrou: “mãos ao alto, passem-me o dinheiroâ€. Embolsou uns milhares de euros e fugiu em corrida. Mal passou a porta, levou um tiro na testa. Enquanto agonizava, um polÃcia aproximou-se e disse: “filho da putaâ€, enquanto reflectia se não devia ter dado voz de prisão e atirado à s pernas. Dissipou a mágoa rapidamente, lembrando-se da porcaria da prestação da casa e dizendo em surdina: “é uma pena não seres o cabrão do Trichetâ€.
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BelÃssimo texto…
Estaremos longe ou muito perto deste conto…
Será nos próximos meses ou apenas para o ano?
parabéns. gostei.
O ‘pior’ deste texto talvez seja a triste realidade: esta está a começar a ultrapassar a ficção, oh se está!
Ai se eu tivesse uma pistola! O cabrão do polÃcia também ia de vela! Tipo corrente, destas que andam aqui nos blogues.
Atenção que eu uso colete à prova de bala!
Epa bastava ele ter contractado um credito com juros fixos.
Prontos, caso resolvido, já não precisava de andar em aventuras…
Pois é Nuno. Teria sido bem mais fácil “oferecer” um qualquer casino ou “comprar” uns submarinozitos…
Muito bom.
Não fosse o final à Hitchcock e pensaria que estava a relatar a desgraça de mais português que se esqueceu de ler a notÃcia da UE de que o risco de pobreza é hoje menor em Portugal. Há aqui no 5 dias um post muito bonito (com gráfico a cores e tudo) sobre o tema.
Claro, o NRA podia ter posto um notinha final informando que em Portugal os Bancos e o Fisco ganham mais com as pessoas que não conseguem pagar as dÃvidas do que com aquelas que conseguem. Até era engraçado ver jornalistas relatando os casos cada vez mais numerosos de pessoas levadas à miséria pela Banca e pelo Estado. Mas parece que este é tema demasiado quente e contra-corrente.
este blogue vive da esperança nas produções de NRA, LR e FM;
sé e apenas por isso vale a pena continuar a vir aqui dar a espreitadela do costume, para procurar agulhas como esta no mar de palha.
Um texto de merda de um demagogo comunista.
O NRA comprou a sua casa, de gracas ao Trichet por ter tido um periodo de juros tao miseravelmente baixos – que nao recompensavam quem poupava – que lhe permitiu compra-la.
Se nao consegue pagar as prestacoes da sua casa, venda-a e va viver para uma casa alugada, que foi aquilo que toda a gente neste pais fez antes de vir o euro e de os juros terem descido para aqueles valores miseraveis que lhe permitiram a si comprar casa.
As pessoas honestas ganham dinheiro e vivem com o dinheiro que ganham, ou entao pagam uns juros decentes a quem poupa o suficiente para ter que lhes emprestar. As pessoas decentes nao vivem a credito e a pagar juros inferiores a taxa de inflacao.
É de facto um problema português, esse da casa: nos outros paÃses há mercado de arrendamento e dever 300 euros da renda do mês seguinte é diferente de dever 250 000.
Quanto ao Trichet: pois é. Se não fosse a estatuto do Banco e o euro serÃamos uma nova Argentina (já lá estivemos perto, com impostos rectroactivos e tudo). Os resultados são piores, acredite.
Pessoal,
Juro que não inventei o LuÃs Lavora para ridicularizar a direita neoliberal. Nem um inimigo dessa gente conseguia reproduzir a prosa burra, simplista e imbecil do sobrecitado asno.
Governos, grandes empresários , sindicatos contestam a polÃtica suicida do bom do Trichet. Nos EUA ,que seguiram a polÃtica inversa, prevê-se a recuperação em 2009. Aqui na Europa continuamos afundados na crise. Eu, que vivo desde muito jovem do meu trabalho, irrita-me que o valor dos salários seja cada vez menor, independentemente do esforço de quem trabalha. Acho isso suicidário, na economia portuguesa, mesmo para quem defende um modelo capitalista. O problema da habitação é apenas um dos dados do problema. Mas devia fazer-nos meditar. O preço das casas desce menos que devia, porque se o fizesse os bancos tinham como garantia de empréstimos, casas que valem metade do valor da avaliação. O mercado de aluguer, com que o asno nos acena, não existia na altura e mal existe. Acresce que quem comprou casa têm de a vender para poder alugar. E o paÃs está todo à venda. E finalmente, ó imbecil, nem tudo sobre o que eu escrevo é autobiográfico. Nesse caso, você só escreveria sobre fardos de palha, percebe?
Caro P. Porto,
Fique com o seu gráfico sobre a pobreza que eu lhe garanto que existe um crescimento exponencial das dÃvidas à banca e um sobreendividamento crescente dos portugueses, já para não falar da queda do poder de compra. Nem as artimanhas estatÃsticas conseguem escamotear isso.
Caro Al,
Recomendo-lhe este artigo do prémio Nobel da Economia Stiglitz sobre a falência dos modelos monetaristas de controlo da inflação:
Ponto final nas metas de inflação
Quando o monetarismo caiu em descrédito – com elevados custos para os paÃses que por ele se deixaram enfeitiçar –, começou a demanda de um novo mantra.
Joseph E. Stiglitz
Os banqueiros centrais são um clube unido. No inÃcio da década de 80 sucumbiram ao feitiço do monetarismo, teoria económica simplista patrocinada por Milton Friedman. Quando o monetarismo caiu em descrédito – com elevados custos para os paÃses que por ele se deixaram enfeitiçar –, começou a demanda de um novo mantra.
A resposta chegou sob a forma das “metas de inflaçãoâ€, corrente que defende que sempre que o preço ultrapassa a meta fixada se devem aumentar as taxas de juro. Esta “correnteâ€, além de não obedecer a qualquer teoria económica, carece de provas empÃricas. Resta-nos esperar que a maioria dos paÃses tenha o bom senso de não implementar as metas de inflação, mas deixo aqui as minhas condolências aos cidadãos dos paÃses que enveredarem por este caminho, como é caso, para citar apenas alguns, da Polónia, Brasil, Ãfrica do Sul, Canadá, Noruega e Reino Unido.
Hoje em dia, as metas de inflação estão a ser postas à prova – e tudo indica que não irão passar no teste. Os paÃses em desenvolvimento enfrentam actualmente taxas de inflação elevadas devido à escalada dos preços do petróleo e dos bens alimentares, que representam uma fatia média do orçamento familiar muito superior à dos paÃses ricos, e não devido à má gestão macroeconómica. Na China, por exemplo, a inflação ronda os 8%; no Vietname estima-se que atinja os 18,2% ainda este ano; e na Ãndia, situa-se actualmente nos 5,8%. A inflação dos EUA, pelo contrário, mantém-se nos 3%. Quer isto dizer que os paÃses em desenvolvimento devem aumentar as suas taxas de juro para valores acima da taxa de referência norte-americana?
A inflação nesses paÃses é, em grande parte, importada, pelo que o aumento das taxas de juro não teria grande impacto no preço internacional dos cereais ou do petróleo. Dada a dimensão da economia norte-americana, é mais provável que uma desaceleração nos EUA tenha maior impacto nos preços globais do que uma desaceleração nos paÃses em desenvolvimento. E enquanto estes se mantiverem integrados na economia global – e não tomarem medidas para restringir o impacto dos preços internacionais nos preços nacionais -, os preços nacionais do arroz e de outros cereais estarão sujeitos a fortes aumentos quando os preços dispararem a nÃvel internacional.
Aumentar as taxas de juro pode reduzir a procura agregada e esta pode, por sua vez, desacelerar a economia e atenuar a subida dos preços de alguns bens e serviços, especialmente os não transaccionáveis. Mas não pode, por si só, reduzir os nÃveis de inflação para as metas fixadas. Acresce que se os preços globais da energia e dos bens alimentares aumentassem de uma forma mais moderada do que na actualidade – 20% ao ano, por exemplo – e se se reflectissem nos preços nacionais colocando a taxa de inflação geral nos 3%, os preços teriam forçosamente de cair. Ora, isto levaria a uma forte desaceleração da economia e à escalada do desemprego. Em suma, seria pior a emenda do que o soneto.
Que deve ser feito? Primeiro, os polÃticos, ou banqueiros centrais, não devem ser responsabilizados pela inflação importada, tal como não devem ser elogiados pelos baixos nÃveis de inflação quando o ambiente económico global é benigno. Actualmente, reconhece-se que o ex-presidente da Reserva Federal norte-americana, Alan Greenspan, é um dos principais responsáveis pelo caos económico em que hoje se encontram os EUA. Também é amiúde elogiado por ter mantido a inflação baixa durante o seu “consuladoâ€, mas importa lembrar que os EUA beneficiaram, nesse perÃodo, da descida dos preços das matérias-primas e da deflação na China.
Segundo, os defensores da liberalização do comércio sempre elogiaram as suas vantagens, mas omitiram os seus verdadeiros riscos, contra os quais os mercados raramente garantem a protecção necessária. E quando é a agricultura que está em causa, os paÃses desenvolvidos protegem agricultores e consumidores dos riscos inerentes à liberalização. Impõe-se, por isso, rever os subsÃdios aos biocombustÃveis para evitar que mais solos aráveis se transformem em campos de produção energética. Mais: alguns dos milhares de milhões gastos em subsÃdios aos agricultores ocidentais devem agora ser canalizados para os paÃses em desenvolvimento, para os ajudar a encontrar soluções para as suas necessidades alimentares e energéticas.
Mas não só. Tanto os paÃses em desenvolvimento como os paÃses desenvolvidos devem abandonar as metas de inflação, visto o enfraquecimento da economia e o aumento do desemprego daà resultantes não terem impacto suficiente na inflação. Sobreviver nestas condições será ainda mais difÃcil.
De uma coisa estaria o polÃcia certo: a polÃtica do Trichet é aplicável a toda a zona euro e alguns paÃses estão bem e recomendam-se e crescem quase ao dobro do nosso. Acha que o seu polÃcia não vê as entrevistas em português do senhor da OCDE – como a de hoje, por exemplo? Acha que ele culparia Trichet? De certeza? De certeza???
Caro Al,
Existe uma recessão na zona Euro. Fraça, Itália, Grécia e Portugal estão com problemas de sobreendividamento dos cidadãos face à subida das taxas de juro. Ontem, o diário económico publicou uma posição conjunta de grandes empresas europeias a contestarem as constantes subidas das taxas de juro que prejudicam as exportações e impedem os investimentos. E podia estar a desfiar factos durante mais uma hora, mas volto a recomendar-lhe a leitura do artigo do Stiglitz.
Nuno, o sobre-endividamento, designadamente em Portugal, não se deve às altas taxas de juro, mas às baixas taxas de juro. Lógico, não? Quando as taxas de juro baixam, as pessoas contraem créditos; quando as taxas de juro sobem, as pessoas abstêm-se de contrair créditos.
Por isso, não é lógico baixar as taxas de juro quando as famÃlias estão sobre-endividadas. Ao contrário do que afirmas num comentário anterior, o facto de os EUA estarem a fazer isso não os ajudará a sair da crise já em 2009. Pelo contrário, prolongará a estagnação por muitos e bons anos.
Nota que isto não implica que a polÃtica monetária do Banco Europeu esteja inteiramente correcta. Estas coisas são muito complicadas e eu estou cheio de dúvidas, principalmente porque há muita incerteza sobre o que de facto está a acontecer numa série de frentes.
Acredites ou não, o Banco Europeu não tem tanto poder como pode parecer.
João Pinto e Castro,
Interessante o teu comentário. Só te posso dizer que vamos ver. A vantagem destas crises é que não nos fazem esperar.
Sobre as taxas de juro, estou em completo desacordo contigo. Recomendo-te o artigo Stiglitz sobre o sobrecitado assunto que coloquei num comentário em cima. Não se pode entrar em recessão com polÃticas económicas que agravem a recessão.
Acresce a isto, que, sobre o problema da habitação, em Portugal as pessoas foram obrigadas a comprar casa devido à inexistência de alternativas.
Recomendo-te a esse respeito a leitura instrutiva do Diário Económico de hoje: A dÃvida externa de Portugal atingiu 100% do PIB e o crédito mal parado dos particulares subiu 16 % , em relação ao ano passado, chegando à bonita soma de 2,5 mil milhões de euros.
Quer dizer, o problema existe e é grave e em Portugal não se resolve, nem melhora, com a subida da taxa de juros.
O BCE europeu é bastante poderoso, concentra em si os principais instrumentos da polÃtica monetária da zona euro. Eu apesar de não ser monetarista, acho que isso ainda pesa na polÃtica económica.
Esta inflação europeia prende-se exclusivamente com a subida do preço das matérias primas. Ou seja, estamos perante uma inflação importada. Por isso a terapia não pode ser a da cartilha: subir o juro. Neste caso, isso significará deitar mais gasolina para a fogueira.
O mercado de arrendamento nao existe? Como assim? Ha ai montes de casas para arrendar, umas piores outras melhores, umas com senhorios desonestos outras com senhorios honestos, umas com renda alta outras com renda baixa. E so questao de procurar, casas para arrendar ha para ai aos pontapes. Ainda agora uma conhecida minha que vive com a sua familia numa casa que comprou em Linda-a-Velha vai por essa casa a venda e vai alugar uma no centro de Lisboa, para mais tarde,quando tiver pudido vender a casa de Linda-a-Velha, comprar outra no centro de Lisboa. E tao simples quanto isto: casas para arrendar no centro de Lisboa – e em todos os outros sitios – nao faltam. E, se um inquilino nao estiver satisfeito com a casa que arrendou, ou com o seu senhorio, tem uma solucao muito simples: procura outra casa com outro senhoria e melhor renda.
O mercado de arrendamento hoje em dia existe, voltou a existir, para casas alugadas agora a precos de agora e a condicoes de agora.
A estória está excelente.
Sugiro outra num tom semelhante, onde o herói seria um desses milhares de casalitos que se juntam entre si mas se casam com o banco. Os juros até podem permanecer constantes mas a coisa também acaba em tiros.
NRA
Creio que leu mal o meu comentário. Eu não ‘fiquei’ nada com o gráfico (sobre a diminuição do risco de pobreza em Portugal). Eu nem sequer sei o que isso quer dizer, mas certamente não tem nada a ver com rendimentos mais altos, mais emprego ou menos endividamento, isto é, não tem nada a ver com a realidade.
Mas quem pode esclarecer melhor é o seu colega de blog que o pendurou por aqui e depois lhe puxou o lustro.
Model500
Na verdade a inflação raramente tem a ver com a subida do preço das matérias-primas. Acresce que essa subida está restringida à subida do preço do petróleo, pouco mais. Muito menos a inflação europeia porque o euro está sucessivamente em alta pelo que é a moeda que menos absorve (pelo menos até agora) os aumentos de preços geralmente fixados em dólares.
Mas um destes dias alguém vai começar a falar verdade sobre a razão da inflação europeia. Para já, o BCE sobe a taxa de juro, um contrasenso se se considerar que era importante dinamizar economias com taxas de crescimento muito baixas. Mas eles têm realmente uma razão importante para o fazer. Têm é vergonha de o dizer.
Caro NRA,
Li esse e outros artigos. Não tenho a menor pretensão a ter uma posição definida sobre a polÃtica de moeda forte e muitas vezes leio crÃticas (para mim insuspeitas de esquerdismos e irresponsabildiade) a uma demasiada preocupação com o controlo da inflação ou pressões inflacionistas, que seria o caso de agora, implicando taxas de juro altas. Atrevo-me a dizer que antes isto que a estaglafação que uma baixa de juros poderia propiciar (e que mesmo esta polÃtica do ECB não é certo que evite)
Quanto à situação portuguesa, produzida pela tibieza, demagogia e negligência de decénios e agravada pela incompetência actual leva-nos a uma das maiores crises dos últimos cento e tal anos, com problemas gravÃssimos e o governo a fazer o que a maioria dos governos portugueses faz: puxar para o fundo (veja-se o total e previsÃvel e risÃvel falhanço da última lei do arrendamento).
Estamos condenados a viver sob um regime de vales e azevedos(para estar uptodate com o inglês macarrónico ténico(sic)) e por outo de miseráveis que são abatidos por furtarem algo de comer?É esta a sociedade que quer,NRA?
De alternância estou farto;de democratas que comem sardinhas na lata e vão para as iberdrolas e motas engils, nem vê-los.E,agora NRA, o que fazer?Somos homens ou ratos e, até quando vamos permitir esta pouca vergonha,esta desumanidade para que uma casta de psicopatas colecionadores de notas continue a vilipendiar a essência da vida?
Democracia em que o seu hard-core está nos conselhos de adiministração só se for para rir ou uns atrasados mentais acreditarem piamente,pq o outcome(resultado) salta à vista.O balanço é negro e,ainda vai ser pior basta ler em português no site do seu amigo MURodrigues que tempos maus se aproximam.talvez neste momento já os nossos vizinhos estejam a viver o pesadelo-faz-me lembrar o poema de B. Brecht…
o Trichet é um mero executivo da filial na “Europa” da Reserva Federal (FED) – que é uma organização privada gerida nos últimos 30 anos por judeus (ou mais concretamente desde 1913) cujo negócio é emprestar dinheiro na maré baixa para exigir os empréstimos acrescidos de juros na maré alta. Isto é válido tanto para as casas quanto para os paÃses
any questions?
http://www.fdrs.org/banking_history.html
Brinda-nos com mais um belÃssimo texto em prosa ritmada. Quase me faz ter esperança num “novo” neo-realismo (passo a redundância).
Parabéns, pela capacidade de expor a realidade, na qual muitos de nós nos revemos, sem ser piegas e , no entanto, com uma carga trágica (no sentido grego) que não nos deixa indiferentes.
Devagar, devagarinho, começarão a compreender a necessidade de voltar para a Horta…