Vi este filme. É impressionante. As novas formas de censura são mostradas de uma forma crua em toda a sua imensa estupidez. O que mais assusta, de facto, é a imensa mediocridade. Um filme que mostre uma mulher a ter um orgasmo é considerado perigoso para as mentes dos adolescentes. Um filme que exiba um massacre é considerado aceitável. Se um filme é classificado para maior de 17 perde todos os apoios publicitários e é proibido ser anunciado na televisão. O que significa, na maior parte dos casos, não ser exibido na esmagadora maioria das salas e desaparecer sem poder ser visto. Como diz uma pessoa ouvida no documentário: “à conta de dizerem que defendem as crianças, pretendem tornar todos os espectadores crianças…”. As pessoas que são escolhidas para este grupo de censores, pela industria cinematográfica, são suposto ser pais de famÃlia “normais”. Nesta ideia de normalidade está todo um programa: um divorciado, uma lésbica, uma pessoa com pensamento próprio, provavelmente um negro, não cabem nas famÃlias felizes. O que é genial é que aquilo que é vendido como famÃlia é uma entidade mÃtica que só deve ter existido nas imagens das séries dos anos 50. A grande orientação deste pequeno grupo de censores anónimos pagos para impor a ditadura da industria das pipocas é ideia de que o sexo põe em causa a sociedade. Um orgasmo ameaça a estabilidade dos laços sagrados do matrimónio ao passo que um assassinato reforça o nosso desejo de segurança. Por isso, a violência é para ser vista e o sexo é para ser escondido ou estupidificado (tipo filme de adolescentes).
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“Se um filme é classificado para maior de 17 perde todos os apoios publicitários e é proibido ser anunciado na televisão.”
Esta foi a parte que eu gostava que tivessem explicado melhor no filme. Percebe-se que o MPAA é uma forma dos Estúdios controlarem o sistema, o que pressupõe que as salas de cinema e as televisões fazem parte do conluÃo. Sendo assim, o problema não está só no MPAA, mas num negócio que é monopolizado e que conseguiu usar o puritanismo americano como cobertura para o seu controle. Este filme é o que é, mas as acusações que fazem ao MPAA é como espetar agulhas no rabo do touro. Se calhar é de propósito. Se calhar fazer de forcado seria demasiadamente difÃcil.
Quanto ao filme: é altamente lúdico.
lol, como se na nossa tv (well, não é só na nossa) não tivessemos os filmes cortados (p´s alemães acho que é violencia erotizada o grande não-não, aqui não sei).
Mas também me lembro do filme fear and loathing in las vegas ter sido comprado e anunciado nos jornais pela lusomundo, mas nunca ter chegado à s salas, num certo ano em que o portas andava para aà chateado com as drogas…
Aquelas imagens das mulheres agarradas aos lençois para taparem-se depois de fazerem sexo. São ridiculas. E então nas novelas ( depois das 22h) querendo dizer que houve e foi bom sem uma imagem credÃvel, e com a rapariga toda pintada e ele bem penteado!
Os inquisidores e censores parecem que já não existem, mas eles aÃ. Na maior parte do tempo estão escondidos, mas quando lhes dão liberdade de acção saem à s claras, ao melhor estilo da inquisição ibérica do século XVI. E os traumas dos inquisidores são sempre os mesmos, com o sexo à cabeça. É a diabolização do sexo com a revisitaçãodo mito de Adão e Eva.
Poré, muitos destes senhores afinam pelo diapasão do “vÃcios privados, públicas virtudes” e, muitas vezes, quando se vai a ver … os telhados são de cristal.
A mente humana tem destas coisas.
Só não percebo o seguinte: o autor do post acha que não deve haver qualquer tipo de restrição etária no cinema? o autor acha que o sexo não deve ser etariamente restringido e a violência deve ser etariamente restringida? o autor acha que tanto o sexo como a violência devem ser etariamente restringidos? em que ficamos? afinal, para além do óbvio, o que pensa o autor do post?
Mas a que censura se referem o post e comentários?
A de Cuba? Angola? Coreia do Norte? China? Irão?
Ah! Nestes paÃses é que se pode apreciar a beleza …feminina e não só!!!