Pedro Marques Lopes declara que a Igreja católica espanhola, “como qualquer organização” tem todo o direito de fazer campanha pelo PP, contra o governo. Este assomo de generosidade democrática e de largura de vistas comoveu-me. E fez-me recuar uns meses, até aos dias do referendo ao aborto, quando os Gato Fedorento escaqueiraram a espécie de argumentação do prof. Marcelo. No rescaldo desse cómico episódio, o agora mui distinto atlante-mor Paulo Pinto Mascarenhas pediu uma charge simétrica, com Francisco Louçã como alvo, à laia de “uma demonstração do pluralismo democrático”. Isto porque a popular trupe de humoristas não podia “tomar partido por nenhum dos lados”; se bem me lembro da argumentação desenvolvida pelos fãs da peregrina ideia num blogue do “não”, os Gato estavam a aproveitar-se ilegitimamente da confiança dos espectadores para lhes impingir posições políticas à má-fila. Ideia que hoje nem aflora o pensamento de PML…
Pode ser que agora o Paulo sugira ao episcopado espanhol que em domingos alternados os púlpitos sejam animados com calorosos apelos ao voto em Zapatero. Assim, ficava garantido o tal “pluralismo”.
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