Autor: Carlos Trincão
Em Ano Novo (de vida nova, nova mesmo, ou de vida renovada?), não sei se será boa ideia falar de mortes.
Arrisco.
1ª – A morte provocada de Saddam deixa a dúvida: um erro, ainda que multiplicado por muito, resolve-se com outro erro?
2ª – A morte esperada de Pinochet deixa a dúvida: a lentidão da Justiça é justa?
3ª – A morte aprazada de Fidel deixa a dúvida: já morreu o seu espírito?
4ª – A morte política de Bush, chefe de uma América que em tudo tem a ver com os outros três, deixa a dúvida: os do outro partido são muito diferentes?
5ª – A morte ideológica dos socialistas portugueses deixa a dúvida: ainda se justifica dizer “Partido Socialista”?
6ª – A morte parlamentar da deputada comunista por Santarém deixa a dúvida: por que se queixa?
7ª – A morte da menina espancada deixa a dúvida: que gente é esta, pais e instituições?
8ª – A morte inútil dos soldados, onde quer que seja, deixa a dúvida: por quem deram a vida?
9ª – A morte imposta aos civis, onde quer que seja, deixa a dúvida: por que é que os comandantes, civis ou militares, tanto faz, não resolvem as coisas entre eles?
10ª – A morte anunciada do planeta deixa a dúvida: estão à espera de quê para resolver o problema do aquecimento global?
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