Mira Amaral, antigo ministro de Cavaco, reformado dourado da Caixa e presidente de um Banco angolano vendido pelo Estado ao preço da uva mijona, veio hoje dizer que pertence à classe média, atacando de permeio todos os que se atreveram a criticar o actual Governo. «Os Governos do dr. Bagão Félix», disse ele.
Também hoje, Francisco Van-Zeller, ex-presidente dos patrões e a senilidade em pessoa, vem dizer que o problema dos Estaleiros Navais de Viana é o sindicato comunista «violento» e a falta de qualificações dos trabalhadores. Não, o problema não é a falta de contratos, que uma Administração paga a peso de ouro teima em não conseguir. Não, a culpa, como sempre, é de quem trabalha.
Ainda hoje, a Associação Cais, direccionada para os sem-abrigo, faz mais um apelo dramático nas redes sociais. Se em 2010 18% da população portuguesa estava em risco de pobreza extrema, imagine-se qual será a percentagem actual. Nem de propósito, a manchete de hoje do «Jornal de NotÃcias» anuncia 3 milhões de pobres em Portugal.
E como isto é só o princÃpio – o princÃpio desta ofensiva contra os mais pobres e contra quem trabalha – está na hora de nos unirmos. Nós, os que somos de Esquerda. Sejamos militantes, votantes ou simpatizantes do Partido Comunista, do Bloco de Esquerda, do PCTP, de outro Partido de Esquerda ou de nenhum deles.
Há muitas formas de lutarmos e de nos unirmos. Nas instituições polÃticas, na dita sociedade civil, em todos os palcos da luta. E nos blogues. Sim, nos blogues também. Por isso, deixemo-nos todos de merdas e vamos à luta. Porque o que nos une é sempre mais do que aquilo que nos separa.
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Este Francisco Van-Zeller, devia ser no minimo enrabado.
Foram palpites como estes que ao longo destes 38 anos nos tem trazido até aqui, FILHOS da PUTA.
Põe-te manso Bolota!
Sabes que o pessoal dos estaleiros de Viana tem o mais baixo horário de trabalho da Europa – 37,5 horas – quando ninguém mais está abaixo das 40 horas!
É do Estado? É nosso; toca a desbundar!
Ponha-se manso JgMenos. (gosta assim,não?É mais do seu estilo?)
Ponha-se manso mais esse histérico ódio a quem trabalha e vive deste, em vez de usufruir do rendimento dos capitais e da exploração do trabalho alheio.
Saliva o capital pelo saque.E tem o desplante de falar do Estado e da desbunda.Desbunda que a governação da direita neoliberal caceteira tem sabido levar a bom porto para atingir os seus fins.E que depois os seus sequazes tentam ainda por cima alijar as responsabilidades para os que trabalham.
A conversa repete-se ad nauseuam.A história dos feriados foi utilizada com este paleio vergonhoso replicado aqui por Menos. Fede.
Entendamo-nos.O Estado está nas mãos e há muito dos Menos de ocasião.Eles podem de facto dizer com propriedade que o “Estado é deles e que toca a desbundar”.Foi e é o que fizeram.
Exemplos recentÃssimos:
“Os mais de 1500 milhões de euros de lucros alcançados por 13 dos principais grupos económicos de base nacional, só no primeiro semestre deste ano; os mais de 5 mil milhões de euros de recursos públicos postos nos últimos meses ao serviço da recapitalização da banca privada; o aprofundamento da escandalosa fuga de capitais para o estrangeiro; o mistificado processo de «renegociação» das chamadas PPP, cuja anunciada «poupança» mantém, no essencial, intocáveis as taxas de rendibilidade desses negócios.
Ah, e já todos percebemos o que o famoso banco de horas instituÃdo pela corja neoliberal caceteira que nos governa quer dizer.
A ele voltaremos.Mais às 40 horas semanais.
Qual o montante de capital que rendeu 1.500 milhões de euros (que ainda vão ser tributados e passam a menos de 1.000 milhões que vão ser tributados na distribuição e podem passar aà as uns … já nem sei quanto) ?
A única conta de juros que a DE sabe fazer é para os descontos dos trabalhadores, que esses sempre rendem a taxas usurárias!!!! E sempre são os roubados desta fita nauseante!
Ad Nauseam se repetem os delÃrios esquerdistas – que fazer?
Ad nauseum mesmo.
A tudo o que respeite ao capital, os beatos de ocasião apressam-se a gritar pela sua intocabilidade.
Os párias crescem e não se multiplicam porque o capital tende a concentrar-se nas mãos de cada vez menos.
Mas os seus sequazes estão a postos. DelÃrios ussurários em actividade.Neoliberais pois então.
O roubo do trabalho continua.,Este chora pelos lucros agiotas dos agiotas amigos.Que crescem num paÃs em crise.
Que cheiro nauseabundo
Olha, os bancos passaram a pagar 33,3% de IRC! Grande evolução para quem pagava à volta de 12%. Larga o vinho JgMenos
Quem conhece o trabalho em estaleiro naval – e eu conheço -compreenderá que estão até sobrecarregados em horas de trabalho. Aquilo é medonho em termos de actividade fÃsica e perigosidade. De tal maneira são longos os percursos que subsiste o uso de bicicletas na deslocação interna. Aquilo é cortar e dobrar e transportar aço, a 30 metros de altura, muitas vezes. Decapar navios inteiros com jacto de grenalha de aço. Vale a pena almoçar ao lado de alguém que esteve entre as 7h30 e as 12hoo a trabalhar naquilo só para lhe sentir o cheiro a quÃmicos e suor.
!!!
???
Para sublinhar o que disse,caro Antónimo.
Apenas e tão só, já que não são precisos mais comentários, após o que escreveu
Já agora…
O seu comentário de 18 de Outubro de 2012 at 11:15…
Bravo!
“Cada um na sua bicicleta”
Jerónimo o disse, Louçã o pensa!
Os Comités Centrais do PCP e do BE são o grande obstáculo à unidade da esquerda.
Olhe que não doutor,olhe que não.
Ao anarco,qq coisa…
pra tua informação não sou “doutor” por extenso nunca hei-de querer ser tal coisa. Aliás… pra tua informação sou um assalariado e sindicalizado – curte lá o paradoxo… – na CGTP-IN.
Eu tenho as minhas quotas em dia. E tu, camarada? A tarifa da internet, sei que tens paga
Com amigos destes,não preciso de inimigos!Analfabruto.
As bicicletas vão colidindo. E daqui em diante inevitavelmente mais.
Não existe uma única solução para a Europa fora dos movimentos polÃticos que a comunicação social exclui.
Caguem nos Comités Centrais!
Percebo os sentimentos do Ricardo, percebo o que sente o camarada ciclista e outros da mesma opinião, mas não alimento ilusões.
1 – Não há unidade sem programa. Unidade sem programa redunda em cretinismo parlamentar e no mais miserável oportunismo.
2 – Não estando o PCP isento de erros, quem tem direccionado a sua polÃtica de alianças no sentido oposto ao aqui proposto é o BE. É o BE que se afasta mais e mais desta possibilidade quando se aproxima do PS e da sua inexistente “ala esquerda”, os Alegres, as Anas Gomes, Sérgios Sousa Pintos, Pedros Nunos Santos e outros que tais presentes vão entretendo congressos e colóquios.
O desespero entre militantes honestos de esquerda é compreensÃvel, mas é preciso ter cada vez mais cuidado com as ilusões.
E não, não e não isto não vai lá com eleições, vou continuar a repetir isto até à exaustão.
Por outro lado uma aliança nÃtida e demarcadamente à esquerda do PS tomando como prioridade a luta social e sindical apoiando e reforçando o movimento popular numa luta constante e sem tréguas, isto sim seria muito bem vindo. Digo eu.
Pois a responsabilidade NUNCA é do nosso partido, é sempre dos outros como diz o Rocha, nós somos os puros, temos sempre razão.
Pois não têm caro Rocha, o que escreveu define-se numa palavra, SECTARISMO.
Agora que tivemos eleições nos Açores , em quem pensa que votaram muitos homens e mulheres de esquerda, pois foi, para azar do Rocha, NO PS.
Se queremos que essa base eleitoral do PS de ESQUERDA , seja atraida para um programa de esquerda, há que saber mobilizá-la e nâo hostilizá-la.
Até o Arménio Carlos já percebeu isso, e lança apelos á UGT para participar na Greve Geral de 14 de Novembro, pode não o conseguir mas tenta….
Augusto, Quem no BE (não são todos. felizmente a moção b será derrotada) insiste na aliança com o PS está a ser sectário (exclui o único partido com quem podem aliar-se – e se aliam informalmente muitas vezes – dentro do parlamento) e principalmente e burro – pois não aprendeu com sucessivos tiros na cabeça.
No PS não se critica os erros das polÃticas da CDU ou do BE. Critica-se o modelo que defendem. No PS, não obstante, já se criticam os erros do PSD e do CDS-PP, o que implica sintonia com o modelo destes.
Pois é Augusto. O Augusto chama-me sectário mas confirma a minha argumentação no essencial: que a polÃtica de alianças do BE se direcciona para o PS afastando-se mais do PCP – PCP esse que correctamente não quer nada com o PS.
Pelo menos é sincero. Mas caà sempre nos erros habituais dos reformistas, polÃtica de alianças baseada meramente em cálculos eleitorais. Falou dos Açores e podia falar de Bragança e de outros locais. Olha para os sectores mais atrasados da população mas não olha para os mais avançados que já exigem romper com a Troika.
PolÃtica de alianças baseada no que a esquerda têm de mais fraco, as eleições burguesas, e não no que a esquerda têm de mais forte, o movimento popular de protesto. Assim se olha para a direita, para o PS, e não para a esquerda, para o PCP e outros sectores de esquerda no movimento popular.
“Fogo sobre os quartéis generais das direcções dos partidos da burguesia” (e os seus aliados). Sé existem duas classes: a dos produtores que são espoliados; e a dos que consomem sem nada produzir
Um mundo a preto e branco!
Que paisagem deslumbrante!
É a Luta de Classes.Exploradores/EXPLORADOS.Depois há a gente como o sr. …portanto,já não é a preto/branco.Há uma gama de cinzentos.
Dê lá abraços ao antónio borges e,q o cancro seja expedito.Ao dias loureiro,esse trabalhador abnegado,pq ‘ganhar’ 9 mil milhões ,é trabalhinho.Ao eurico de melo e à malta da Casa Pia.ao doutor relvas e à malta da empresa do ‘chefe’
Eu não tenho tido direito ao meu cinzento, jgmenos.
Mas porque é que quando se faz um apelo à união da Esquerda aparecem logo umas aves raras a atacar os partidos de Esquerda???
Devem ser reaccionários concerteza, não há outra hipótese!
Curiosamente um post a apelar à unidade das esquerdas tem algumas respostas que mostram que alguns não parecem muito interessados em tal.Preferem-se slogans anquilosados vindos das profundezas dos tempos ou maneirismos anarquistas que pensam que os que combatem andam de bicicleta e são seguidores passivos do que quer que seja.
Pensarão que somos todos feitos à sua imagem e semelhança?
A responsabilidade de quem faz os seus números de pantomina deverá ser assacada a quem.
Por agora basta.
“DE” & “EU”:
Se os vossos dirigentes fizessem aquilo que o povo já faz e grita na rua: que “unido jamais será vencido”, teriam apresentado uma moção de censura unitária (gostam do termo?) contra o governo há duas semanas atrás!
Mais! após essa moção de censura, dariam uma conferência de imprensa (gostam do efeito mediático?) a anunciar a consituição duma frente de esquerda anti-troikistas. CURTEM A PERSPECTIVA “FRENTISTA”?
Bem sei que o Louçã acha o Jerónimo um estalinista e o Jerónimo acha o Louçã um social-democratizante. E vocês também sabem que eles pensam assim… Já pra não falar naqueles cavalinhos de Tróia, tipo DO…
Continuem a seguir o “pelotão” e a mandar boquinhas ao termo “anarca” pra consolar a consciência…
Mas qual “nossos dirigentes” qual carapuça?
Mas quais “vocês”?
Mas quais boquinhas ao termo anarca qual carapuça?
Vossemecê anda de bicicleta a fazer o que acha que deve fazer. Até pelo meio pode “rimar” palavras como quiser. A isso sou perfeitamente indiferente.
Agora não pode é fingir-se de tontinho e fazer de conta que os outros são parvos ou se fazem passar por tontos.
Mas vossemecê pensa que quem toma posição o faz de modo acéfalo atrás de “comités centrais?
Mas vossemecê acha que todos pensamos como vossemecê e agimos como vossemecê?
Estas palavras eram inúteis,mas parece que vossemecê só entende quando lhe fazem provar o mesmo remédio que utiliza.
É dos canhones,q gente como você seja ‘amandada’ prá frente,percebe.Lembro-me de ‘revolucionários’ como você na invasão à Embaixada de Espanha-Artur Albarran,ganda revolucionário da cia.e,parece-me q a sua pessoa deverá ser um empregado da agência,da casa….
Não percebi o que é DO. Um estalinista dento da social-democracia ou um social-democrata dentro do estalinismo? Para perceber melhor o pensamento ciclista.
A CGTP-IN convocou uma greve geral para o dia 14 de Novembro, em Portugal. Também os sindicatos de Espanha, Grécia, Malta, Chipre… e provavelmente de Itália, convocaram uma greve geral para o mesmo dia. Façamos deste dia, um dia histórico!
Unamo-nos e vamos à luta!
Os tipos dos transportes vão fazer greve e tentar impedir quem quer trabalhar de ir (porque no privado trabalha-se durante as greves “gerais”).
A função pública também não vai aparecer no local de trabalho, fechando escolas e adiando consultas e cirurgias.
No dia 15 sobra o quê?
Vamos ver o que sobra.
Mas de certeza não velaremos o cadáver do morto em que querem transformar Portugal.
É (também ) uma questão de coragem.E de não pactuar com o inimigo.
O apelo à passividade não passa de outra forma de cumplicidade.
Sorry Ortega.
Vamos à luta!
Ya meu, só falta teres o despautério de q a crise foi espoletada pelas greves e,não pelo grande ROUBO dos Banksters.Vai lá limpar io cu a bandidos.
Bem, no dia 24 de novembro de 2010, eu que estava a recibos verdes no privado fiz greve.
Com um estagiário – que fora já mandado embora e que até era/é de direita – fomos os únicos dentro da empresa. ninguém do quadro fez greve.
Eu expliquei por que a fazia. Porque a situação do paÃs justificava que se fizesse e por que a situação da empresa também justificava.
Ao longo dos tempos a gente de Esquerda assumiu-se sempre em termos dicotómicos. Primeiro foi a revolução/reforma, depois a URSS-é-fixe/a-Urss-é-anti-democrática e nos últimos 20 anos de desnorte, confluiu quase tudo nos costumes e minorias como último bastião identitário face aos “conservadores”. Pelo caminho as questões em torno da propriedade foram sucessivamente perdendo importância.
Aproveitando a moda das metáforas e alegorias como «napalm fiscal», parece-me que os estados europeus estão há décadas como que desempregados, a receber subsidios de valor flutuante ( impostos e dinheirinho emprestado) para a custo manterem uma casita razoável (estado social), opção permitida a contra gosto pelos seus proprietários ( Grande Capital) por causa da cagunfa de um vizinho quezilento (URSS). Mas sem emprego ( empresas produtivas estatais), com a hipoteca a crescer e com os propretários desejosos para receber a casa em dacção, para ganharem mais uns trocos com o aluguer, parece-me evidente que ser de esquerda implica voltar ao tema da propriedade.
Independentemente da forma de gestão da mesma (cooperativa, estatizada, controle dos trabalhadores, um misto ou outras variantes) parece-me que ser de esquerda é ter a coragem de assumir – em especial em paÃses menos desenvolvidos tecnologicamente – que ou os poucos recursos de base existentes ( terra, minerais, energia, turismo, entre outros) têm de ser rentabilizados com o intuito primeiro de servir globalmente a sociedade. Em alternativa a “economia de mercado”, livre do fardo dos tanques soviéticos, pura e simplesmente vai engolir 2/3 da população num instante…
Incluo obviamente no pacote “propriedade” o enriquecimento absurdo com as negociatas da bolha imobiliária, pelo menos aquele pouco que escapou aos fabricantes de automovéis de alta cilindrada e ao proxenetismo.
Obviamente que tendo em conta a conjuntura actual este debate e as soluções que dele possam advir terão de ser enquadradas num âmbito supranacional. Mas no que toca ao espaço polÃtico nacional centrar a discussão nesta temática, à laia de um «programa mÃnimo», tem duas vantagens:
– fica-se já a saber quantos socialistas ainda existem no PS…
– desarma qualquer comité central que pretenda manter capelinhas ideológicas, baseadas em desentendimentos ocorridos entre 1958 e 1975.
Tem uma aparente desvantagem: no caso de ganhar um relativo apoio popular, faz tocar a campaÃnha no Pingo Doce, em Berlim e na City. Mas essa malta precisa de um susto. Estamos a pagar as falinhas mansas dos últimos trinta anos…
” Marco
por causa da cagunfa de um vizinho quezilento (URSS).”
Apraz-me intervir em questões que conheço, e esta é uma delas.
Talvez fosse devido ao grande “desenvolvimento” que a Rússia teve nos ultimos vinte anos que Putin apresentou uma proposta na Duma para reduzir a idade de reforma dos homens dos 60 para os 55 anos?
Não é isso que diz o texto da proposta.
“Devido à maioria dos Russos não atingir a idade de aposentação proponho que esta passe dos atuais 60 para os 55 anos”.
Foi este o progresso que o capitalismo levou àqueles povos. A esperança média de vida (na Rússia) passou dos 75 para menos de 55 anos.
Isto é uma pequena amostra do descalabro que o capitalismo provocou naquela sociedade.
Se em 2010 18% da população portuguesa estava em risco de pobreza extrema, imagine-se qual será a percentagem actual. Nem de propósito, a manchete de hoje do «Jornal de NotÃcias» anuncia 3 milhões de pobres em Portugal.
Viva o regime que em 40 anos realizou esta obra. Continuem, insistam, talvez cheguemos aos 6 milhões. educação saúde, a quem serviram os biliões gastos? limpem-se ao avental.
só não unidade de esquerda porque os 2 grandes partidos de esquerda estão naquela competição estúpida do “a minha pilinha é maior/melhor que a tua”. E enquanto não forem encostados à parede plas suas posturas sectárias, esses gajos não vão mexer uma palha pla “unidade”
É evidente que a unidade contra o sistema capitalista é necessária. Não é possÃvel? Porquê? Por causa das diferenças nas fantasias ideológicas de cada um? Que eu saiba há um grande consenso no que diz respeito aos princÃpios e valores (de esquerda!!!) que são os nossos. A cor da cartilha e as respectivas baboseiras é que diferem. Cada um tem o seu chorrilho de preconceitos que quer impor aos outros.
Mas será que haverá muitos de nós que considerem inaceitável alguma das coisas que se seguem?
1. Os meios de produção, com excepção de alguns sectores estratégicos (que devem ser estatizados) e das empresas familiares, devem ser propriedade dos que os utilizam, num quadro cooperativo.
2. O sector financeiro deve ser totalmente nacionalizado e funcionar num quadro não-lucrativo.
3. A liberdade de produzir e de consumir deve ser garantida, num quadro de mercado supervisionado para evitar abusos de poder.
4. O direito ao trabalho deve ser efectivamente garantido, proporcionando o Estado trabalho nos sectores públicos – sector social e assistencial, protecção do ambiente, obras públicas – a quem não conseguir inserir-se no sector produtivo cooperativo.
5. A educação e os cuidados de saúde são direitos universais e gratuitos, mas o seu financiamento deve ser feito por contribuições a esse fim consignadas, em sede fiscal, e com uma forte progressividade relativamente ao nÃvel de rendimentos (pessoas singulares) ou de lucros (pessoas colectivas).
6. A defesa volta a ser uma obrigação de todos, criando-se uma força miliciana para esse fim, não profissionalizada.
7. O equilÃbrio do comércio externo é imperativo, tomando-se as medidas que forem necessárias – substituição de importações, fomento das exportações, restrições eventuais de consumo no respeitante a bens supérfluos – para garantir esse equilÃbrio e evitar o endividamento externo.
8. O orçamento de estado deverá ser tendencialmente equilibrado e quaisquer necessidades de financiamento de défice têm de ser satisfeitas no mercado interno. O endividamento externo é proibido.
9. As habitações devolutas são nacionalizadas e colocadas no mercado de arrendamento, sendo as rendas daà derivadas parcialmente destinadas a indemnizar os anteriores proprietários, e o restante à manutenção do parque habitacional do Estado, incluindo a renovação urbana.
Haverá alguma cartilha de esquerda que não possa aceitar estas medidas, num quadro de unidade das esquerdas? Se houver, digam-me porquê…
“Haverá alguma cartilha de esquerda que não possa aceitar estas medidas, num quadro de unidade das esquerdas?”
Ah! Num quadro de unidade das esquerdas… E como é que se chega ao quadro? Subindo para cima de um banco? De um escadote?
Adoro rábulas… Mas é pena que se deixe de lado o fundo da questão. Só se compreende porque talvez seja mais fácil fazer graçolas do que reflectir. Mas era bom que aqueles que se auto-intitulam de esquerda começassem a pensar numa forma de cooperar para alcançar os objectivos que nos são comuns. Eu indiquei alguns pontos que talvez pudessem unir alguns de nós, e optam por responder com números de revista… Está tudo dito…
“Eu indiquei alguns pontos que talvez pudessem unir alguns de nós” diz agora. Arrependeu-se de antes ter defendido “num quadro de unidade das esquerdas”? Parece que sim pois esqueceu-se de responder à questão que lhe coloquei: como é que se chega ao quadro?
Com vontade de lá chegar.
Mas nunca esquecendo, Nuno, que a convergência reclama seriedade de processos e nitidez de objectivos…
Boas ideias sem dúvida eu subscreveria muitas delas. As questões são colocadas no ponto essencial a propriedade e através dela o controlo democrático dos trabalhadores de toda a economia, de todo o Estado, de todas as Empresas e as Instituições.
No entanto tenho a noção que a grande maioria das figuras, as mais eminentes e dominadoras, do tão falado “Congresso Democrático das Alternativas” rejeitariam estas propostas para um programa liminarmente.
É que gente da área do PS, da cúpula do BE, o grupinho da renovação comunista e outros reformistas afins não querem nem ouvir falar em nacionalizações, expropriações e colectivizações.
Caro Nuno as suas propostas são mesmo muito boas, mas se não for o movimento popular a forçar a sua execução nunca mais as veremos.
Ainda temos uma esquerda em Portugal muito na sombra dos reformismos e do seu maior elefante branco (o PS, o reino do engano e da ilusão), que faz muita sombra.
Enquanto não entendermos que os poucos militantes e activistas que se envolvem a fundo no movimento popular e sindical fazem muito mais diferença para o curso da história deste paÃs que todos os votos de esquerda juntos em várias eleições consecutivas, continuamos muita na sombra dessas ilusões.
É mais simples do que parece, cada manifestação, cada greve ou bloqueio de portões e ocupação tem muito mais força do que cada eleição.
Marco, Nuno Cardoso da Silva e Rocha,
Dá algum conforto ler as vossas palavras, pois que parecem apontar a direcção da mudança.
Subscrevo que é remetendo eleições e cúpulas várias para o segundo plano que as caracteriza que poderemos vislumbrar qualquer hipótese de mudança séria. Se o bloco e o pcp estão agarrados às suas fórmulas e formatos, não será boa ideia deixá-los a falar sozinhos e começar algo novo? é assim tão impensável?
Afinal, não estar disposto a abdicar do formato partido não quer dizer que não se pretende mudar grande coisa??!
A conclusão final não corresponde ao que foi dito.
Basta ler de novo.
Quer então abdicar de partidos? Acha mesmo que mudar de Constituição é o mais urgente e que resolve qualquer problema dos trabalhadores e da população? Ganhe juÃzo.
“Há muitas formas de lutarmos e de nos unirmos. Nas instituições polÃticas, na dita sociedade civil, em todos os palcos da luta. E nos blogues”
E nas empresas, pá?
É só comentadores da ilusão. Brilhante!
Sabiam que o Dali agarrava as moscas limpas com o canto do lábio para depois as libertar.Só para ouvir a onomatopeia das suas asas.
A vossa ilusão está repleta de moscas sujas.
Cuidado camaradinhas da internet!
“É só comentadores da ilusão. Brilhante!”
E são de tal forma irrealistas que fazem lembrar o ultra esquerdismo pós 25 de Abril que abria caminho e dava argumentos à reacção.
Mas esquecem-se que felizmente os portugueses mudaram bastante desde então.
Eu não sei se a mudança foi feliz ou infeliz pois cada um sabe do chapéu que leva posto. O que sei é que me deparo cada vez mais com gente que se sente feliz com a sua ignorância, no entanto isso não me torna infeliz, pelo contrario, não fosse um um aferrado misantropo.
…abraço
Tem piada, eu cada vez ouço mais gente pouco disposta a ser ignorante.
Eu também, basta conversar com os meus colegas de trabalho para ver como cada vez entendem melhor e como mudaram. É mesmo nas empresas que se nota a mudança e a vontade de mudar.