Esta noite, algumas centenas de cidadãos europeus decidiram protestar contra o banquete dos “Amigos da Europa”, um respeitável lobby de ricos financeiros e polÃticos austeritários, entre os quais depenicaram Durão Barroso e o senhor Van qualquer-coisa, que dizem que é presidente da UE.
Acabada a coisa, e quando o pessoal que morava noutras direcções já tinha feito diminuir o grupo de perigosos meliantes que se ia embora junto, a polÃcia federal belga achou por bem rodear, algemar e prender os manifestantes que sobravam. Assim a modos de que porque sim; pois se os incomodados não são notários mas banqueiros, as leis, liberdades, o tal de Estado de Direito tornam-se coisas flúidas e irrelevantes.
Neste cantinho da Europa, soubemos da coisa porque o Zé Gusmão, recente deputado que por lá trabalha agora, também foi na leva, com mais cinco portugueses.
Segundo as minhas informações, e como é costume, os serviços diplomáticos portugueses não fizeram coisÃssima nenhuma. Teve que ser a Marisa Matias a reclamar e exigir que fossem libertados.
Bem tento mahter um registo entre irónico e sarcástico, como o velho Brel.
Mas o problema é que os bourgeois não se limitam a ficar mais cons com a idade e o tempo.
Os abusos chegam em catadupa e as cantigas, por certeiras e geniais que sejam, já nem aliviam.
“Zé Gusmão, recente deputado que por lá trabalha agora” ????
E pode-se saber onde e a fazer o quê?
Suponho não ser segredo que presta apoio técnico e cientÃfico à elaboração de uma resolução, a cargo do grupo parlamentar a que pertence o seu partido, sobre a regulação dos derivados financeiros e respectivos mercados.
Também é a sua área de especialidade, acha que eles deviam era ter chamado o António Borges, ou a sua pergunta deve-se a não lhe terem pedido licença a si?
“presta apoio técnico e cientÃfico” ???
Resumindo, tornou-se assessor/consultor do GP do BE no PE . Normal, tem habilitações adequadas. Dispensável era a referência “recente deputado” atribuÃda ao Zé Gusmão, que só confunde.
ando há algum tempo para recuperar esta velha história do Brel, o drama é que os pequenos e orgulhosos e furiosos rapazes que criticam os burgueses acabam no fim da história por se transformarem em burgueses. é derrotista esta espantosa canção.
É verdade no drama, mas não creio que o seja no derrotismo – porque não se transformam; já o eram.
Mas, claro está, levanta desconfortos. Como tão bem o Brel sabia fazer.
“Os abusos chegam em catadupa�??
Quer desenvolver, Paulo Granjo? É que por muito que puxe pela cabeça não consigo topar abuso algum: a polÃcia deteve alguns indivÃduos e passado uma hora e picos libertou-os a todos.
Deteve, porquê?
Com base em que lei?
Acusou-os de alguma coisa?
Respostas:
Não disse nem justificou.
Nenhuma.
Não, porque não havia nada de que os pudesse legalmente acusar, nem sequer de resistência a uma detenção ilegal, pois não resistiram.
Compreendo que, tendo em conta posições que veio tomando, isso não seja para si um abuso.
Afinal o Paulo Granjo não quis mesmo desenvolver a anterior afirmação peremptória de que os “abusos chegam em catadupaâ€.
Ou você anda distraÃdo quanto ao que se vai passando no paÃs e na Europa, ou tem uma noção de liberdades, direitos e legalidade ao nÃvel da do Silva Pais.
Em nenhum dos casos me compete explicar-lhe os “factos da vida”. Seja por não ser a agência Lusa, seja por nojo.
Eu considerava o Leo como uma pessoa mais inteligente do que isto. O BE e seus dirigentes são criticáveis – como toda a gente – quando há razões para serem criticados.
Agora num caso destes, o que você está aqui a fazer é simplesmente estúpido.
O seu comportamento neste caso caso está ao nÃvel de certos mentecaptos reaccionários que de vez em quando vêem aqui despejar o seu vómito.
Deixo-lhe um conselho, que não é vergonha nenhuma (calha a todos): mais valia estar calado.
Paulo, já viste quem eram os convidados (as) portugueses do dito banquete!?!?
Não aparece nas notÃcias que vi. Quem?
Ana Gomes, a Elisa Ferreira , mais um xuxa que não conheço, nem tentei ver mais. Nojo.
Ana Gomes? Não deixa de ser cómico.
Ela e o José Gusmão bem podiam estar juntos no Congresso da Alternativas (e estiveram certo?), onde eram todos tão amigos… depois nas banquetadas da alta Burguesia europeia recebem o “amigo” Gusmão com a polÃcia de intervenção (a gorilada).
Não deixa de ser irónico, como é possÃvel que ainda exista quem convide a Ana Gomes para eventos de contestação da austeridade.
No fundo somos todos cúmplices, ou somos cúmplices do povo ou somos cúmplices da austeridade. Há que escolher um lado, a Ana Gomes já escolheu o seu há muito tempo.