Ainda há dias aqui discutia uma ideia do Congresso das Alternativas sobre a candidatura de deputados independentes à AR, e passado pouco tempo José Seguro vem puxar para primeiro plano a redução do número de deputados na AR. Independentemente do claro ataque à diversidade na representação parlamentar que isso implicaria, da crescente bipolarização que daria aso, há que perguntar «porquê voltar à carga com isto agora»? Peço que me ajudem a entender isto. Poucos dias passados da apresentação de duas Moções de Censura ao Governo, numa fase em que já se discutem elementos do Orçamento do Estado – peça fundamental para definição da polÃtica e economia do próximo ano fiscal – a direcção do PS acha que este é o momento para reformar o sistema eleitoral? E lança o desafio ao PSD, dizendo até para “não se esconder detrás do parceiro da coligação”. Há alguma instrução da Troika estrangeira que aponte para reformas eleitorais? (Não seria caso pioneiro.)
Esta posição, de redução do número de deputados, encontra eco em diferentes cantos. Tanto entre os dois maiores partidos, que vêem estas alterações como forma de cimentar o seu poder e deitar alcatrão quente sobre não só os outros partidos com representação parlamentar, mas todos os outros partidos e movimentos que constem no boletim de voto. Como entre aqueles que achando que os dinheiros públicos são esbanjados com os deputados, que os seus salários (inflacionados) e suas regalias têm um enorme peso no Orçamento do Estado, e que portanto uma solução seria reduzir o número de deputados. Esta última facção terá em conta o que essa redução implicará sobre o pluralismo na AR? De tanto criticar os polÃticos e partidos entenderá que a redução do número de deputados vem precisamente favorecer os partidos que criam a ilusão que “todos os partidos são iguais” e “todos os polÃticos corruptos”? Será a proposta do Seguro uma tentativa de agradar esta corrente populista?
tags
15O 19M bloco de esquerda Blogues CGTP Constituição da República Portuguesa cultura democracia desemprego educação eleições Esquerda EUA Europa FMI greek riot greve geral grécia Guerra-ao-terrorismo humor i intifada mundial irão israel jornalismo liberdade Lisboa luta dos trabalhadores media música NATO new kid in the blog... Palestina parque escolar pcp Portugal presidenciais 2010 presidenciais 2011 PS psd repressão policial Revolução Magrebina Sócrates VÃdeo youtubearquivo
- Julho 2013
- Janeiro 2013
- Dezembro 2012
- Novembro 2012
- Outubro 2012
- Setembro 2012
- Agosto 2012
- Julho 2012
- Junho 2012
- Maio 2012
- Abril 2012
- Março 2012
- Fevereiro 2012
- Janeiro 2012
- Dezembro 2011
- Novembro 2011
- Outubro 2011
- Setembro 2011
- Agosto 2011
- Julho 2011
- Junho 2011
- Maio 2011
- Abril 2011
- Março 2011
- Fevereiro 2011
- Janeiro 2011
- Dezembro 2010
- Novembro 2010
- Outubro 2010
- Setembro 2010
- Agosto 2010
- Julho 2010
- Junho 2010
- Maio 2010
- Abril 2010
- Março 2010
- Fevereiro 2010
- Janeiro 2010
- Dezembro 2009
- Novembro 2009
- Outubro 2009
- Setembro 2009
- Agosto 2009
- Julho 2009
- Junho 2009
- Maio 2009
- Abril 2009
- Março 2009
- Fevereiro 2009
- Janeiro 2009
- Dezembro 2008
- Novembro 2008
- Outubro 2008
- Setembro 2008
- Agosto 2008
- Julho 2008
- Junho 2008
- Maio 2008
- Abril 2008
- Março 2008
- Fevereiro 2008
- Janeiro 2008
- Dezembro 2007
- Novembro 2007
- Outubro 2007
- Setembro 2007
- Agosto 2007
- Julho 2007
- Junho 2007
- Maio 2007
- Abril 2007
- Março 2007
- Fevereiro 2007
- Janeiro 2007
- Dezembro 2006
- Novembro 2006
- Outubro 2006
- Setembro 2006
Lerá o que dizem pelos comentários do Arrastão sobre este tema e verá que uns quantos apoiantes do BE tb acham que há deputados a mais. O populismo cava mais fundo que os sentimentos democráticos.
Tenha tento, na caixa de comentários do Arrastão a esmagadora maioria dos comentadores , nada tem a ver com o BE , ou com as suas opções.
O Bloco de Esquerda está totalmente contra a uma diminuição de deputados na Assembleia da Republica.
A verborreia anti-partidos e anti-Parlamento, pode ser muito popular em sectores, mesmo de esquerda, que são permeáveis ao populismo mais básico, mas esse não é o caso do Bloco de Esquerda.
Não fora um dos referidos comentadores ser uma azémola afectada de iliteracia, um oligofrénico incapaz de perceber o que lê, e apostado em construir um discurso alternativo não sobre os argumentos dos outros mas daquilo que ele decide serem os argumentos dos outros, um tipo absolutamente mal-formado que rejeita qualquer tentativa de diálogo, insistindo em constantes insinuações sobre o outro, eu apontava-lho. E daÃ, talvez não que talvez desatasse a escoucear que é a única resposta com sentido de que ele é capaz.
Quanto ao seu tento na lÃngua, vamos ficar por aqui, não é grande sugestão para quem diz recusar o populismo básico. Pessoalmente, não conheço nenhum partido isento da militância ou simpatia de imbecis. Terá mais sorte que eu se nunca topou com essa casta dentro do Bloco. Mas o que lhe posso dizer é que se trata de distracção sua. Nas caixas de comentários do Arrastão anda por lá bicho desse. Possivelmente por aqui também, mas o 5 dias anda tão lento nas actualizações que este fim-de-semana corri bem mais o Arrastão.
Quanto a si, Augusto, sua militância ao estilo clubÃstico leva-o demasiadas vezes a sentir como dores do BE, coisas pelas quais o BE não tem responsabilidade nenhuma – como neste caso.
Parece-me evidente que se trata de uma proposta para meter (mais) um pauzinho na engrenagem da coligação. No que toca ao número de deputados CDS, PCP e BE estão no mesmo barco. Só os grandes Partidos querem redução. O problema do BE e do PCP é que também ficam na fotografia como mais uns que querem redução das gorduras do Estado… excepto no que não lhes convém, ao fim e ao cabo como querem todos os Portugueses. Um amigo meu contou-me a seguinte anedota: Diz alguém – As mordomias são um escândalo, cortem nos carrões dos ministros, mas só em BMW’s e AUDI’s porque o meu filho trabalha na Mercedes.
O problema do seu amigo será que confunde o número de deputados com gorduras do Estado. E isso nem com oftalmologista se resolve. A prática e o entendimento da democracia e da cidadania só se resolvem com reflexão.
Quando o pessoal se queixa dos partidos, por os partidos em que votaram terem governado como se esperava que governassem, temos um problema de gente que é enganada e gosta, mas com quem não se pode contar quando se torna necessário defender valores e princÃpios mais altos.
Têm uma compreensão de Dory, aquela peixa do Nemo que só tinha memória durante dois segundos e que por isso se via impossibilitada de perceber o mundo em seu redor: http://www.youtube.com/watch?v=2RwJemF_9tY
Clap!Clap!Clap!
E com chave de ouro
“Gorduras do estado” foram algumas das palavra-passe usadas pela extrema-direita neoliberal que nos governa, no seu salto eleitoral para derrotar o outro partido de direita que nos governou.
É com estas palavras gordurosas que Sequeira nos quer fazer crer que o PS tem algum propósito contra este governo e/ ou a troika? Ou será uma forma de tentar camuflar a vergonhosa tentativa de lançar já as escadas ao PSD, para quando chegar a hora?
Sabe-se que “Portugal já tem hoje o menor número de deputados por habitante de todos os paÃses da Europa Ocidental com apenas uma câmara legislativa e de vários paÃses com duas câmaras, como sucede com a Irlanda.”
Sabe-se que as marionetas ao serviço da troika têm várias vozes afinadas.Só não se sabia que viajavam, não de BMW ou de Audi,mas que preferiam os Mercedes. Os “amigos” deviam ter ensinado ao Sequeira que a engenharia eleitoral mesclada de cantos de sereia já não enganam ninguém.Mesmo que os neófitos neoliberais o tentem, mascarados de pauzinhos de engrenagem tingidos de gordura odorÃfica.
E que odores saem de lá
Estas declarações de Seguro só revelam a sua falta de preparação e experiência para a polÃtica e para o momento que estamos a atravessar no paÃs.