Quando um governo que tem como polÃtica assumida a forte degradação dos salários se põe a falar do Coeficiente de Gini e da desigualdade de rendimentos no nosso paÃs, enquanto anuncia novas medidas de austeridade e de saque a quem trabalha, isso não é apenas um abuso.
É completamente obsceno.
Muito mais, claro está, do que mostrar o rabiosque ou a pilinha a um ministro ou aos jornalistas.
Ao tratar-nos todos como parvos, da forma mais obscena possÃvel, Vitor Gaspar parece manter-se empenhado em não perder para António Borges a competição pelo tÃtulo de imbecil mais inteligente de Portugal, que se vai disputando taco-a-taco dentro da verdadeira geração rasca.
pralem disso, pedir-nos para apertar o cinto e baixar as calças ao mesmo tempo não abona nada em favor da inteligencia do sêdoutorquesabemexeremnumeros
Será o gajo autista?
tá atrasado 30 anos home…
Todos iguais, todos miseráveis. Baixamos os braços e entregamos isto aos Louçãs, Alegres, Soares, Bernardinos e outros chavistas da nossa praça. Aqueles que têm valor e dignidade saem e voltaremos a contabilizar todos os anos as crescentes remessas dos emigrantes – que seria a principal fonte de rendimento à nossa disposição.
FMI – O FMI já não é o que era e sem a saÃda do Euro não terá a ferramenta da desvalorização a seu lado. No euro, só nos resta a redução significativa de salários da função pública (√) a par de despedimentos no estado (√), aumentos de impostos à s empresas (√) e particulares (√), cortes violentos nas prestações sociais (√) e redução das transferências para as autarquias (√), saúde (√) , educação (√) e cultura (√). TerÃamos que passar por alterações da constituição (Χ) e viver em clima de entropia social (√). No fim, estarÃamos todos mais pobres (√), mas honrados (Χ) .
E se, em vez de destruir o paÃs, se começar por cortar no serviço da dÃvida, que representa a maioria da despesa pública – ou seja, mais do que salários, segurança social, saúde, educação, autarquias, cultura, defesa e tudo o resto junto?
Eh pá! Você sabe umas coisas, ãh? Conhece o FMI, fala do euro, adivinhou medidas idênticas à s do ministro (quem sabe até, se não as viu numa bola de cristal antes do próprio ministro), possivelmente essa ideia tão original de mudar a Constituição é de sua autoria, e usa palavras caras, sim senhor! Entropia! Vejam só, en-tro-pi-a… Mas sabe, uma revolução é que era… Estou a falar a sério. Continue a frequentar uns cursos de aprendizagem ao longo da vida, quem sabe ainda consegue umas equivalências como o relvas… Sem ofensa, claro.
paulo granjo?
o antropos koisa du Iscté boçês sã muy bersátiles…bolas…
comé que vai oISCa té o pessoal do lado inda dá borlas?
Está desactualizado.
Fiz no ISCTE a licenciatura e o doutoramento, mas já lá vão 11 anos. Trabalho no ICS.
E se não conhece apenas o nome, mas também o que escrevo profissionalmente, perceberá que isso de estudar as coisas juntando económico, simbólico e polÃtico não é versatilidade, mas uma opção holista. Que, claro, implica que se perceba dessas várias “áreas” e não apenas de uma, o que também permite falar acerca de cada uma delas sem ser com lugares-comuns.
Todos falam no défice (menos consumo-> menos economia -> menos receita, blá,blá…) mas quem nos comanda é a dÃvida através dos credores.
Porque eramos bonzinhos, davam tolerância ao défice a troco de uma maior quebra no consumo e algum ganho na competitividade (TSU).
Como já não somos bonzinhos e deixamos de ter estabilidade polÃtica, a ordem é clara: vivam com o que têm, sustentem os vosso vÃcios e crenças, e baixem o consumo até que a vossa enfezada economias garanta o serviço à dÃvida!
O que é, obviamente, uma impossibilidade.
Obsceno é pouco, o problema é que começa a faltar adjetivação para classificar esta corja. Obscenos, ladrões, mafiosos, insensÃveis, corruptos, bandidos, homúnculos sem escrúpulos e muito mais, é ainda pouco para caracterizá-los…