Hoje, às 6 em Belém, todos na Rua!
O Governo e a austeridade serão derrotados na rua, não no Parlamento ou no Conselho de Estado!
A alteração da taxa social única (TSU) obrigando os trabalhadores a pagar o equivalente ao que os patrões irão beneficiar penaliza os trabalhadores e foi a gota de água que trouxe muita gente para a rua no dia 15 de Setembro. Também penaliza o sector da burguesia portuguesa que vive do consumo interno (Belmiros e Jerónimos Martins deste paÃs). Beneficia sobretudo a burguesia que vive das exportações (Galp, Repsol, AutoEuropa, Nestlé portuguesa, Portucel entre outras). O verniz estalou na coligação porque a burguesia anda à s turras para ver a quem pagamos o valor da TSU, se ao Belmiro, se ao Amorim.
E a nossa resposta só pode ser uma: a ninguém, porque o dinheiro é nosso, somos nós que trabalhamos, empregados e desempregados. Por que é que a esquerda e os sindicatos andaram a exigir uma «mudança de polÃticas» e não exigem, há um ano, juntos, a queda do Governo? A esquerda não pode esperar por rebeliões no PSD para exigir a queda do Governo. A esquerda não pode cavalgar a rua pensando que ganha em votos este descontentamento.
A esquerda tem de fazer da luta de rua e nas empresas uma luta sem fim. Manifestações sem parar, com precários, desempregados, sindicatos, todos juntos até nos devolverem, euro a euro, o roubo que a coberto da «crise» enche os bolsos dos banqueiros e destrói as nossas vidas.
O Governo e a austeridade serão derrotados na rua, não no Parlamento ou no Conselho de Estado! Senão, vamos ter mais do mesmo.
Contra o desemprego: redução do horário de trabalho para 35 horas sem redução salarial.
Fim do IVA, o mais injusto dos impostos, em que tanto paga o rico como o pobre, como se ambos ganhassem o mesmo.
Os portugueses sabem governar-se a si próprios. A RTP ou a TAP, com a gestão controlada pelos seus trabalhadores serão sempre mais bem geridas que pelos que estão lá para entregá-las a privados; a gestão das escolas deve ser controlada por professores, pais e estudantes; a dos hospitais, pelos médicos, enfermeiros e funcionários, não pelos gestores que estão lá para favorecer a rapina do serviço nacional de saúde.
A dÃvida «pública» foi criada para salvar bancos e empresas falidas em 2008 e não tem nada a ver com o Estado social, que é pago com as contribuições, mais do que suficientes, dos trabalhadores.
A Segurança Social não é uma dádiva – são os nossos descontos, entregues ao Estado e que o Estado usurpou. Quem deve aqui dinheiro é o banqueiro!
GOVERNO DE SALVAÇÃO NACIONAL, NÃO!
GOVERNO DE SALVAÇÃO DOS TRABALHADORES, SIM!
 Colectivo Revista Rubra, 21 de Setembro de 2012
Anarquistas
“Por que é que a esquerda e os sindicatos andaram a exigir uma «mudança de polÃticas» e não exigem, há um ano, juntos, a queda do Governo?”
A quem será que interessa a queda do Governo se não houver uma ruptura com as polÃticas, designadamente com o memorando da troika, assinado por PS/PSD/CDS ?
A quem será que interessa a queda deste Governo para ser substituÃdo por outro dos mesmos, mais ou menos maquilhado, para prosseguir as mesmas polÃticas?
Felizmente no Congresso Democrático das Alternativas, tão divulgado aqui no blogue, todas estas propostas serão discutidas e certamente aprovadas (com particular destaque para o fim do IVA).
Raquel,
O fim do IVA era bom? O IVA é intrinsecamente mau? Imagina um IVA com uma multiplicidade de taxas que iriam do zero, para bens de primeira necessidade, até 100% para bens de luxo. Quanto mais necessário o bem ou serviço, menos IVA pagaria. Quanto mais supérfluo o bem ou serviço, mais IVA pagaria. TerÃamos assim uma progressividade no IVA que o tornaria aceitável como imposto. E como é mais fácil de controlar, reduziria a fuga aos impostos. O mal é nós pensarmos que um imposto de transacção tem de ser a aberração que é o actual IVA. O que está mal não é o princÃpio, é a forma.
O Governo e a austeridade serão derrotados na rua.
Abraços
A muenga é aqueles que são mais atingidos se recusam a ir para a rua.
Camarada eu estou aqui bem perto de ti, na terra do Algarve que mais tem sentido os efeitos do desemprego, entretanto sempre q