As teorias do direito ao não trabalho, em voga sempre que há um luta social, mascaram o problema do desemprego com a questão de oposição de princÃpio à exploração. Os militantes que se recusam a fazer da batalha contra o desemprego uma luta estão em sintonia com o desenvolvimento capitalista. No capitalismo cada vez há menos trabalho, cada vez vai haver menos trabalho, porque agora não são os carneiros que devoram os homens, como no tempo da revolução indústrial, mas as máquinas e a tecnologia que convidam as pessoas a ir à segurança social mendigar um rendimento mÃnimo vegetativo.
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Isto faz-me lembrar nos anos 80 o Diabo ser o Jornal do CDS.
Hoje, o 5dias é o site do MSE.
Não que a ideia seja má – a do Diabo ou a do 5dias – mas apelar ao “fim do desemprego” é algo impossÃvel.Vai haver sempre um chico esperto a querer ficar á conta do RSI.
Bom plenário.
Rui
isto é cada cabeça pensante…vá dizer isso a Paul Lafargue…
Muito ao contrário do que a Raquel Varela diz, as teorias do direito ao não trabalho não mascaram o problema do desemprego, antes salientam a necessidade de garantir os meios de produção e reprodução da vida (para usar fraseologia marxista) apesar de se estar fora das relações de exploração capitalista do trabalho e, portanto, para procurar alternativas dignas para a escravatura do salário, especialmente relevantes durante as crises do capitalismo. Isto não é estar em sintonia com o desenvolvimento capitalista, que sabemos capitalizar com o exército de desempregados, mas estar em sintonia com as necessidades concretas da classe trabalhadora. Este é aliás um dos pontos fundamentais dos estatutos, por exemplo, do sindicato IWW (Industrial Workers of the World), que mais obreiristas não podiam ser. Não podemos aceitar tacitamente a regra -de que devemos ter consciência – de que no capitalismo tenhamos apenas a nossa “força de trabalho”: devemos aspirar a mais. É preciso termos cuidado com a brutalidade dos econimicismos ( social-democratas de cima a baixo) do tipo publicitado no blog Arrastão; aqueles cálculos do PIB que não é produzido pelos desempregados, etc… Os desÃgnios produtivistas já causaram catástrofes de sobra na história do movimento operário (já para não falar nos desastres diários nas vidas pessoais de tantos trabalhadores no mundo): é aà que a crÃtica ao Trabalho tem pertinência e pelo que não deve ser tomada como uma excentricidade (a não ser que a nossa única aspiração seja reformar, ou revigorar, o Capitalismo enquanto Civilização do Trabalho).
E que militantes são esses que se “recusam a fazer da batalha contra o desemprego uma luta”? Fantasmas da sua imaginação, julgo eu: a batalha tem que ser pela Vida total e digna, com ou sem emprego, por dentro e por fora das questões laborais. Se assim não for acabamos a fazer glorificação do Trabalho que nem stakhanovistas de meia-tijela, o que agrava o estigma do desemprego e é verdadeiramente abdicar da crÃtica ao principio da exploração capitalista. Esgotar a luta dos trabalhadores (empregados ou não) no Direito ao Trabalho é que é estar em sintonia com o desenvolvimento e as dinâmicas económica e sociais capitalistas e, no limite, uma capitulação polÃtica.
Cara Raquel: a senda trotskista medieval anti-tecnologia já enjoa. A luz campesina que os impregna bem pode continuar a bradar aos céus pela criação do prometido exército de trabalhadores embrutecidos que não será por isso que irá brotar de uma terra sem lugares de manufactura. Quer queira, quer não, a prossecução esquerdista pela manutenção de um status quo mais não faz que garantir um exército industrial de reserva para o Capital no limite aceitável. Sugiro-lhe, assim, que se junte ao cavaleiro Marcelo Mendes e galope contra o Trabalhador e contra a única coisa que ele pretende: deixar de o ser.