Bem sei que os mineiros nos enchem a alma, mas enquanto eles entravam em Madrid os médicos portugueses fizeram a mais bem sucedida greve contra a austeridade – o seu lugar na reprodução do capital e os custos da paragem concertada de todos revelaram-se incomportáveis. O que sobrar do SNS, até agora, será a eles que devemos. Começou em várias indústrias a greve à s horas extraordinárias contra a nova lei laboral. Por cá, os trabalhadores da Cares lutam pelo emprego. Por esse paÃs fora piquetes, greves, acontecem sem que a comunidade, fora dos militantes dos partidos e das famÃlias dos trabalhadores, seja envolvida. Os trabalhadores da CARES chamaram os movimentos sociais para a eles se juntarem. O MSE e outros estiveram lá, ao lado dos sindicatos. Podem criar-se dinâmicas de solidariedade desde que as lutas sejam mais importantes do que a disputa partidária dos quadros que lutam. Até porque nenhum partido vai ganhar nada nem ninguém em cima de derrotas.
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Raquel,
Se há pessoa pacifica, eu sou-o ao quadrada. Mas nestas coisas da luta pela subrevivencia as regras…até os animais se torna mais agressivos.
Enquanto nós conseguirmos descer a Avenida com 300.000 revoltados sem tirar do lugar um simples cinzeiro de rua…hummmm assim não vamos lá. Vê bem que até essa nossa passividade já serve de argumento juntos das TROIKAS, para desempenhar-mos o papel do falido bem comportado.
Seja como for, FORÇAAAAAAAAAAAAAAAaaa
🙂
Favor escrevam algum texto sobre o aumento escandaloso das rendas em Portugal, a partir de Novembro.
Manuel Esteves, jornalista do Económico, escreveu:
«O Presidente da República tocou num dos pontos mais sensÃveis do Novo Regime de Arrendamento Urbano (NRAU) ao referir-se à estabilidade dos contratos de arrendamento, que é uma forma fina de falar de despejos. Mas foi uma espécie de “toca e foge”, satisfazendo-se o Presidente com as garantias prestadas por uma ministra que, previsivelmente, já não o será daqui a cinco anos.
A questão levantada por Cavaco Silva foi a de saber o que acontecerá aos inquilinos mais vulneráveis (idosos, pobres ou remediados e deficientes) daqui a cinco anos, quando expirarem as cláusulas de salvaguarda que impedem que a renda vá para lá de 10%, 17% ou 25% do rendimento do agregado (consoante os casos). Acontece que, a este respeito, a lei agora promulgada garante apenas a estabilidade contratual para os arrendatários com mais de 65 anos, ficando os restantes sujeitos à denúncia do contrato por parte do senhorio. Ou seja, terminados os cinco anos, o contrato passa a ser regido pelo NRAU, podendo ser denunciado, por livre vontade do senhorio, ao fim de dois anos. Portanto, para estas pessoas com menos de 65 anos – e que efectivamente são uma minoria – não está garantida objectivamente a estabilidade contratual.
Para os idosos, vincou o Ministério de Assunção Cristas, não havendo acordo, o mais que o proprietário pode fazer é subir a renda para 1/15 avos do valor patrimonial da casa. Então e se o arrendatário não tiver possibilidade de pagar essa renda (para uma casa avaliada em 150 mil euros, é uma renda de 800 euros)? Nesse caso, “a protecção social destes arrendatários será então assegurada pelo Estado”, designadamente através de subsÃdios de renda, explicou o Governo.
Mas com que dinheiro? Em causa estão, potencialmente, centenas de milhares de inquilinos. Onde vai o Estado arranjar o dinheiro para pagar esses subsÃdios de renda? A nova lei prevê ainda a possibilidade de essa protecção ser dada, não com subsÃdios, mas através de habitação social. Em que condições? Ninguém sabe, mas mesmo assim o Presidente promulgou.
Mas a questão da “estabilidade contratual” não se coloca apenas daqui a cinco anos. Haverá muitos inquilinos que terão de sair das suas casas já a partir de Novembro. São dois os casos mais evidentes: o dos reformados que não tendo carências económicas, ou seja, possuam um rendimento do agregado superior a 2425 euros brutos (por exemplo, um casal de reformados, cada um com uma pensão lÃquida em torno de 1100 euros) ficarão sujeitos a uma renda equivalente a 1/15 avos do valor reavaliado da sua casa; e o dos inquilinos com carência económica que não consigam passar de um dia para outro a pagar uma renda correspondente a 25% do seu rendimento familiar. Não podendo pagá-la, terão de sair da casa e sem direito a qualquer tipo de indemnização.
Pode dizer-se que durante décadas estes inquilinos beneficiaram de rendas escandalosamente baixas à custa dos seus senhorios. É verdade e impunha-se há muitos anos uma correcção desta injustiça. Mas a solução preconizada por Assunção Cristas ganha vestes de acto de vingança impróprio de um Estado de direito, com a crueldade adicional de chegar numa altura em que as famÃlias estarão numa situação particularmente vulnerável.»
(…)
O tÃtulo deste texto é “Um acto de vingança”
Mas não à custa dos senhorios. O estado social deve dar uma resposta a esse problema.
Os mineiros das Astúrias de que a Raquel fala suspenderam a greve e voltaram para o trabalho. Os mineiros eram os grevistas predilectos de trotskistas, anarquistas e outros esquerdistas radicais.
Os operários metalúrgicos de “Elliniki Halyvourgia” (Siderurgia Grega) não receberam tanto amor. A sua greve indefenida durante nove meses foi apoiada decisivamente pela PAME, central sindical comunista ligada ao KKE. Por essa razão os operários metalúrgicos desta empresa foram insultados por anarquistas e ignorados/desprezados por muita esquerda radical que não lhes perdoa que organizem a sua luta num sindicato “estalinista”.
Os mineiros das Astúrias e os operários da Siderurgia Grega aguentaram heroicamente durante meses de greve e voltaram ao trabalho sem que tivessem conseguido atingir os seus objectivos reivindicativos e sem derrotar os patrões.
Uns foram acarinhados pela esquerda em geral outros desprezados ou até mesmo insultados por muita dessa esquerda porque se atrevem a organizarem-se num sindicato comunista. No final de contas, uns e outros decidiram parar a greve e voltar para o trabalho.
As greves e lutas saem-lhes do corpo deles e não do nosso que acompanhamos à distância ou de fora das empresas e das lutas.
Nesta hora difÃcil era bom que reflectissem aqueles que dividem trabalhadores, combativos grevistas entre cores e siglas, entre bons e maus, entre vencedores e perdedores.
A LUTA!
E não é que não se vê nada de significativo?
Deve ser uma agonia, para os lÃricos que acreditam poderem ditar leis aos credores com exercÃcos de auto-flagelação, ver que ninguém acredita nas suas teses…