
Os resultados vão chegando neste que será um dia decisivo para o Futuro da Grécia e da Europa.
Para seguir ao minuto podem consultar o Guardian, ou este jornal Grego pró-regime (pelo menos está em inglês). Aqui os resultados reais em directo.
Para quem ainda não leu, o seguinte texto de Zizeck é imprescindÃvel. A sua intervenção em comÃcio/debate da Syriza também é importante.
As notas de Jorge Costa também se aconselham.
 Vinda de vários dirigentes com quem falei, a resposta é essencialmente a mesma: perante a situação extrema do paÃs, poderia haver quem pensasse que o melhor seria perder por pouco e acumular forças para mais adiante. Esses estariam errados: um governo de esquerda deve existir agora porque depois pode ser tarde demais. Hoje, é certo, muita gente passa frio no inverno porque já não pode pagar a energia do aquecimento. Mas a maioria da população ainda não passou fome. Isto pode alterar-se rapidamente – diz-nos um dirigente do Syriza – porque a continuação da austeridade, mesmo suavizada, é uma garantia de bancarrota e fome, de declÃnio social com risco de violência generalizada. Nessa altura tudo será mais difÃcil para a esquerda e mais fácil para as milÃcias da extrema-direita.Â
A situação é de uma grande polarização, entre a Nova Democracia e o Syriza, e ela tem uma marca clara de classe. De um lado, concentram-se os interesses de sempre: das multinacionais, dos bancos, das elites polÃticas e económicas, das clientelas instaladas nos altos cargos. Do outro, as vÃtimas da crise e das polÃticas da troika: desempregados, jovens, trabalhadores empobrecidos, pequenos proprietários atirados para a falência. É uma batalha entre David e Golias, dizem-nos. Entre a esperança e o chantagem. E pode ser que David leve a melhor.
 Explica-nos a dinâmica do “movimento das praças†e das assembleias populares locais. Defende a necessidade de movimentos sociais independentes e fortes para que um governo de esquerda tenha sucesso. Essa articulação passa por “comités de vigilânciaâ€, quer contra a direita, quer contra a pressão dos vários poderes, para assegurar os compromissos com os movimentos. Militante da Syriza, ela sabe que a vitória de domingo é só o princÃpio de uma luta.
Epá, comparar a Syriza com o PS em 75??? Tenham a santa paciência… muito mais correcto é comparar o KKE com o MRPP em 75… Parece que se vão ficar pelos 4% (tiveram à volta de 8% a 6 de Maio)… é daqueles casos em que cada um tem o que merece… razão tem o PC Cubano…
Entretanto os Nazis parece que até subiram a votação, uma boa lição do que é a realidade polÃtica para os apologistas do pacifismo e não-violência tout-court. A demonstração de força, mesmo bruta, gera mais apoio e confiança do que se pensa… a polÃtica do martÃrio é puro suicÃdio.
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O KKE não tem nada de MRPP de 75. É um partido revolucionário marxista-leninista, ao contrário do Syriza que é social-democrata. É um partido operário de massas ao contrário do Syriza que não é mais do que um conjunto de partidos baseados em intelectuais e técnicos.
A central sindical de influência comunista declarada é a PAME, tem 400 mil trabalhadores sindicalizados. Cerca de 40% de todos os sindicalizados na Grécia são da PAME.
Quem dera ao MRPP ter esta história, esta influência e esta capacidade de luta de massas.
Francisco, não sei onde encontras, no meu texto, uma comparação entre o PS de 75 e o Syriza. O exemplo é utilizado, conforme se percebe bem no texto, para comparar as forças que num e noutro tempo histórico o PCP e KKE, respectivamente, consideraram social-democratas. Se o foram ou são, não é matéria do escrito.
O que importa é como é que numa e noutra época os dois partidos lidaram com as forças, ditas, social democratas.