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Portugal e Grécia – os mesmos problemas, a mesma luta, a mesma solução
«A austeridade é um inferno para os trabalhadores.
E o inferno não pode ser renegociado»
Se baixar os impostos sobre os rendimentos dos grandes investidores e dos bancos e subir os impostos sobre os rendimentos dos trabalhadores fosse essencial para a saúde económica do paÃs,
Se «flexibilizar» o regime de trabalho e facilitar os despedimentos fosse bom para a criação de emprego,
Se multiplicar os encargos da dÃvida pública ano após ano fosse a solução para os problemas económicos e financeiros,
Então já há muitos anos terÃamos atingido o pleno emprego, o bem-estar social e um alto nÃvel de rendimento económico. É necessário despertar a memória e recordar que já desde antes dos PEC e do memorando da Troika é esta a polÃtica seguida pela governação. Mas agora em dose reforçada.
A polÃtica de austeridade é uma burla, NÃO EXISTE! O que existe é austeridade para os trabalhadores e bem-aventurança para os grandes investidores e a banca.
Os números não enganam: os beneficiários da bem-aventurança têm lucros crescentes, de ano para ano; as vÃtimas da austeridade vão caindo numa miséria confrangedora.
É facto que uns quantos bancos sofreram desaires resultantes das burlas e aventuras especulativas que praticaram. Nada disso pode confundir o nosso discernimento: desde o fim da II Guerra Mundial, nunca o fosso entre ricos e pobres se alargou tanto; nunca a acumulação de grandes fortunas atingiu nÃveis tão altos; nunca a fome, a miséria, a insegurança atingiram os povos da Europa desta maneira.
Se a boa saúde da banca é, como nos dizem, essencial para a economia do paÃs e o bem-estar da sociedade no seu todo, então torna-se óbvio que esse sector da economia não pode permanecer sob controle dos interesses privados – tem de passar a ser controlado pelo conjunto da sociedade.
(…)Com estes actos bárbaros não se pode pactuar nem negociar. Nem aqui, nem na Grécia, nem em parte alguma do Mundo. Por isso subscrevemos a afirmação do sr. Tripsas: «A austeridade é um inferno [para os trabalhadores]. E o inferno não pode ser renegociado.»
O resto da Declaração do CADPP de solidariedade à Grécia aqui
Lisboa, 22-05-2012,
CADPP – Comité para a Anulação da DÃvida Pública Portuguesa
www.cadpp.org
A carreira do sr. Tripsas no próximo mês é a única coisa que pode trazer novidades; o resto é tudo sabido:
Quando a economia cresce os trabalhadores têm força reinvidicativa, os polÃticos têm dinheiro e querem comprar os votos dos trabalhadores, o capital não resiste à tentação de especular: parece o melhor dos mundos.
Quando a crise financeira e económica chega, ninguém quer pagar a conta…e quem saiu da prosperidade com dinheiro no bolso tem à sua frente um mar de oportunidades e não poucos ódios.
É o capitalismo democrático!
http://resistir.info/espanha/varoufakis_17mai12.html