4º Aniversário da Rubra:
“A Rubra nasceu há 4 anos, no dia 25 de Abril, o dia mais bonito e harmonioso, o dia lÃmpido escreveu Sophia de Mello Breyner. Em 4 anos, um grupo de gente com profissões muito diversas fez uma revista como (infelizmente) quase não há no panorama português: entrevistámos em Inglaterra o cineasta Ken Loach, o músico Sowetto Kinch, estivemos em reportagem na Palestina, na TunÃsia, no Irão, na Grécia. Ganhámos o prémio Grande Angular pelo filme que concebemos e produzimos O Mar é Nosso, em defesa dos pequenos pescadores da costa, entrevistámos economistas marxistas que põem em causa tanto o liberalismo como o keynesianismo, denunciámos a medicalização das crianças com ritalina e defendemos o seu direito a brincar e a reconquistar as ruas, entrevistámos um médico somali que demonstrou que piratas são as potências ‘ocidentais’ que rapinam as costas do seu paÃs. Lembrámos que a Maria da Fonte foi uma revolta contra a concentração da propriedade e que os EUA lançaram a bomba atómica para evitar o controle do PacÃfico pela URSS. Mostrámos que a dÃvida é uma forma privada de acumulação de capital e que os desempregados são trabalhadores. Desvendámos como a ajuda alimentar aos paÃses pobres destrói a agricultura local e é um subsÃdio aos excedentes ‘ocidentais’, entrevistámos Clarence Thomas, o lÃder da greve de 25 000 estivadores norte-americanos contra a ocupação do Iraque. Fomos entrevistar em Portugal os enfermeiros, as trabalhadoras domésticas que vivem na Cova da Moura, os tiradores de cortiça e os operários corticeiros. Falámos até de fado operário e de futebolistas revolucionários.