Talvez alguém devesse dizer a certos bloguistas da nossa praça que, independentemente do que cada um pense da insurreição lÃbia desde que houve intervenção da NATO, tentar apresentar um ditador megalómano, sanguinário, patriarcal e ridÃculo como se fosse a re-edição do Che Guevara constitui um obsceno insulto ao património comum de toda a esquerda com memória.
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Talvez, fosse bom considerar a resistência que este seu “ditador megalómano, sanguinário, patriarcal e ridÃculo” deu contra a coligação de 40 paÃses, bombardeamentos criminosos e mercenários pagos pelo Qatar, chamado de revolucionários.
Enfim, maricas e medrosos como o Paulo Granjo (e já agora, idiotas), vivem em condomÃnios de luxo privados, masturbando-se em casas-de-banho forradas a mármore, longe destes problemas, onde verdadeiros homens resistem contra o verdadeiro opressor.
Viva o exemplo de Kadahfi!
Viva uma Ãfrica livre de imperialismo!
Sim, eu sei que, se pudesse, você também metia o Mugabe, o Pol Pot e o Idi Amin no panteão dos grandes modelos revolucionários.
Poluição mental como a que nos traz, limito-me a afixar como exemplo e aviso à navegação.
E, como creio que a sua imaginação já não dará para mais insultos (ela deve limitar-se à sua própria experiência de vida, que projecta sobre os outros), não vale a pena escrever mais, sob este ou outro pseudónimo. Se lhe apetecer muito, feche-se na casa de banho de mármore e insulte a avózinha – que, coitada, pouca culpa terá que do seu material genético resultasse tal personagem.
Paulo, acho que exageras no argumento. Não me recordo de ler posts que branqueassem o passado sanguinário de Kadhafi e/ou a comparar a sua morte com a do Che.
Ao invés, houve muitos, entre os quais me encontro, que não concordaram com a ingerência da NATO na LÃbia e que imediatamente disseram que se preparava um massacre e uma ocupação – como veio a acontecer. Não creio que a morte de Kadhafi tenha libertado a LÃbia do jugo do imperialismo e da ditadura ou traga uma vida melhor à maioria dos lÃbios.
Quanto ao momento da sua morte, as imagens e vÃdeos impressionam qualquer um. Não por ser Kadhafi, mas por ser um ser humano.
É claro que impressionam, e claro que são chocantes as alegrias imberbes de jornalistas nacionais, face à morte do homem (eu, pelo menos, sou contra a pena de morte e as execuções sumárias, mesmo de facÃnoras). Sobretudo porque, ao contrário de nos contextos árabes e berberes, elas não correspondem aos nossos valores colectivos.
Mas, sem me estar a referir a ti e, menos ainda, a restringir-me aqui à tasca, parece-me bem que há realmente discursos que, recorrendo à retórica martiriológico, à do resistente de toda a vida e quejandos (incluindo iconográficos), estão (e sabem que estão) a equiparar as duas personagens, ou pelo menos a tentar elevar a segunda às cavalitas da primeira.
Obrigado pelo comentário, e um abraço.
Mais uma vez, Paulo, fazes crÃticas a de textos de outros, sem referires os autores visados nem os seus textos, mas respondendo-lhes subvertendo o que disseram.
A invocação do nome de Che a este propósito, que veio da tua boca e de mais ninguém, é que me parece a mim insultuosa. Para com o Che. Para com os autores que de alguma forma comentaram o que se passa na LÃbia. Para a com a lisura da coisas.
Vê a minha resposta ao Tiago. Tendo em conta o tipo de trabalho artÃstico que fazes (e as capacidades que ele requer), estás mais do que habilitado para perceber muito bem o que está em causa, e que não é (por enquanto?) a explÃcita comparação mutatis mutantis.
Quanto a nomes, não sou nem delator, nem apontador de “desvios ideológicos”, nem caçador de bruxas.
E não estou interessado nem em personalizar o assunto, nem em passar o fim-de-semana a discutir se aquele particular efeito retórico está para lá da fronteira, para cá, ou na liminar terra de ninguém.
Pretendo apenas enunciar a questão, que pelos vistos é suficientemente pertinente para incomodar mesmo quem não é visado por ela, como tu ou o Tiago.
O que, diria, é bom sinal.
E, talvez, indicação de que esse incómodo já existisse, nalgum cantinho da cabeça, antes de eu ter explicitado a questão.
Abraço, velho irmão.
Vamo-nos ao governo!
Paulo Granjo, você é impagável.
“ditador megalómano, sanguinário”
Ora conte-nos lá o que sabe. Explique-nos porque razão Gaddafi era um ditador megalómano e sanguinário. De preferência com factos. Queremos todos aprender consigo
Cumprimentos
Para usar a sua expressão, impagável!
Onde é que você andou nos últimos 42 anos?
“Dissonância cognitiva”, é uma coisa; agora essa capacidade de negacionismo daquilo que a pessoa sabia e pensava até há uma meia dúzia de semanas atrás é quase sobre-humano. Ou será sub-humano? mas não o posso ajudar; não sou versado em geologia.
Entretanto, estávamos bem lixados se os cámones têm mesmo invadido os Açores na II Guerra Mundial. Ainda ia ter que aturar uns maduros a dizerem que o Salazar era um heroi da resistência anti-imperialista e a exigir-me provas da existência da PIDE, do Tarrafal e do assassinato de comunistas e outros oposicionistas.
Paulo Granjo,
Sem capricho de o querer ofender: você aparenta não saber patavina. Parece-me que este seu postal é uma reedição da anterior bojarda que você escreveu a propósito da SÃria: “destacando-se como vÃtima repressiva o Partido Comunista local, cujos membros foram sistemática e massivamente chacinadosâ€. E para quem não sabe, os dois partidos comunistas fazem parte da coligação que sustenta o governo. Lembra-se do que escreveu?
Agora mais a sério. O que é que você sabe sobre a forma de governo da Jamahiriya? Como funciona? Qual a função de Muammar? Sabe-me responder a isto? Estudou o assunto? Informou-se?
Você fala de 42 anos, como se a coisa tivesse sido mais ou menos homogénea. Como se de 1 de Setembro de 1969 a 2 de Março de 1977 não tivesse sido uma coisa, e depois desse data outra completamente diferente.
Quem o está a ler precisa de factos concretos. Mostre mais qualquer coisa, para aprendermos consigo.
Cumprimentos
Leia primeiro o Livro Verde, tente descer um bocadinho à realidade, se não for demais para si, e depois fale.
Mas, como já foi dito numa resposta anterior (vou simplificar e popularizar a linguagem, para você conseguir perceber), estou-me cagando, neste post, para o que é que cada leitor acha dos acontecimentos desde o inÃcio das manifestações, ou desde o inÃcio dos bombardeamentos. O post aplica-se mesmo que você tenha toda a razão do mundo, quanto à opinião que tem acerca do assunto.
Agora se você acha que o Khadafi deve ser tratado e louvado como um Che Guevara dos tempos modernos, assuma isso e, se quiser, informe-nos.
E acaba-se a conversa, Porque eu isso nem discuto. Não sou psiquiatra, para ter que o fazer.
PS: Como já foi dito por outros lados, não há só dois “partidos comunistas” na SÃria. Há cinco ou seis, todos criados a partir do que sobrou da repressão ao PCS original, por parte do Baas.
“Leia primeiro o Livro Verde”
Que tem o Livro Verde?
“Agora se você acha que o Khadafi deve ser tratado e louvado como um Che Guevara”
Eu não acho nem deixo de achar. Eu fiz-lhe uma pergunta objectiva: porque é que Gaddafi é um ditador megalómano e sanguinário?
“não há só dois “partidos comunistas†na SÃria. Há cinco ou seis, todos criados a partir do que sobrou da repressão ao PCS original, por parte do Baas.”
Antes da cisão no PCS, ele já fazia parte da Frente Progressista.
A repressão que existiu não é recente, é bem anterior à cisão e até à constituição da Frente Progressista, com excepção para os maoÃstas. Não confunda as coisas.
Cumprimentos
Se não vê o que é que o Livro Verde tem, I rest my case.
Se você não acha nem deixa de achar, não tem nada que melgar por aqui, porque a questão é essa. Desinfecte.
Agradeço, entretanto, que depois de me chamar mentiroso não sei quantas vezes, a propósito da repressão sobre o PCS e a chacina da sua direcção por parte do regime SÃrio, venha finalmente concordar que isso existiu, embora para si seja igual ao litro, porque não é recente.
Mas como esse reconhecimento chega, em forma de deslize, depois de me insultar de tudo e mais alguma coisa acerca desse mesmo assunto, NÃO VOLTAREI A AFIXAR NENHUM COMENTÃRIO SEU. Não por você ser uma melga, ou sequer uma melga insultuosa, mas porque sempre me enojaram canalhas que chamam mentirosos aos outros, sabendo que eles próprios estão a mentir.
http://news.bbc.co.uk/2/hi/uk_news/7588033.stm
Veja-se o rei dos reis africanos.
Repressão?
Nada!
Procure-se no site da Amnistia Internacional. Vejam-se os vÃdeos das execuções dos opositores, que passavam vezes sem conta na televisão lÃbia.
Terrorismo?
Lockerbie, anyone? La Belle, Berlim?
Guerras?
Contra o Egipto?
Contra o Chade?
Contra a Tanzânia, apoiando o Idi Amin (?!) ?
Ná, o Kadahfi era um tipo porreiro, que nem tinha qualquer poder, apenas um cargo honorÃfico; a sua famÃlia não exercia qualquer poder ou funções públicas, a sociedade lÃbia era extremamente democrática debaixo da sua pata; toda a gente poderia expressar a sua opinião, publicar jornais de oposição a Kadahfi; qualquer um podia criar um partido polÃtico para mudar a sociedade lÃbia ou levar a referendo, ou outra forma democrática, a mudança de regime; enfim, o melhor dos mundos!
Se, em Portugal, a famÃlia de qualquer governante tivesse um centésimo do poder e das funções de que a famÃlia do Kadahfi gozava, o alarido que seria! Como é o bom do Rei dos Reis africano… tudo bem!
Ele há cada cego!
Sem qualquer espécie de ofensa, esquivaste-te à pergunta.
Da minha parte agradecia sinceramente algumas referências que sustentem qualquer um desses prossupostos de “megalómano” “sanguinário”.
E porque também eu já tentei fundamentar-me noutra ocasião, e conhecendo quão manipulativa a informação que obtive, agradecia que as referências que fornecesses não falhassem por falta deste critério.
Obrigado.
Como disse, não é esse o ponto.
Mas, pedida a coisa dessa forma, um exemplo de megalómano (para além da auto-proclamação como lÃder da revolução mundial, de que a obra panegÃrica citada pelo Pedro Pousada faz eco, e que, por causa da bagalhoça que já não abundava noutros lados, até fez partidos portugueses mandarem para lá uns pobres jovens estudarem o Livro Verde): a proposta, em comeira da União Africana, de que fosse declarado Rei de Ãfrica. Está nas actas e foi bastante comentado, jocosamente, pelos jornais de outros paÃses africanos, hoje em dia já com site na internet.
Quanto ao “sangrento” (para o exterior, para o interior e para pessoal da Ãfrica sub-saariana que tentava emigrar), desculpa lá mas não te falta o que procurar e por onde escolher.
“para além da auto-proclamação como lÃder da revolução mundial”
Que estupidez.
“a proposta, em comeira da União Africana, de que fosse declarado Rei de Ãfrica.”
Isso é mentira. Quanto muito poderá estar a falar do tÃtulo “King of Kings” que lhe foi atribuÃdo por tribos quenianas. Veja lá como você consegue distorcer tudo..
“desculpa lá mas não te falta o que procurar e por onde escolher.”
Então escolha e diga.
Vá lá ver as actas da cimeira, que são públicas no site respectivo, meta a viola no saco e vá chamar mentirosa à avózinha.
… e já que também é o seguinte que perpassa:
Referências que fundamentem esse “tão vil e barbaro regime”* que era o de Gadaffi.
*a expressão é minha e pretende traduzir a corrente/geral (in?)compreensão dessa realidade.
Paulinho, achas que isto foi uma guerra pela liberdade e pela democracia? Ou foi uma guerrazinha pelos rercursos?
Quanto a liberdade e democracia, ou lá o que essas merdas queiram dizer, todos sabemos que não se questionam se os tÃteres forem companheiros de route e dos negócios.
Haja Alá!!!
Quero que o Kadhafi, o Sócrates, o Passos, Cavaco e a chusma de fp, capatazes do capital, vão todos para o inferno, se isso existe.
Marocas:
Como está lá escrito, «independentemente do que cada um pense da insurreição lÃbia desde que houve intervenção da NATO».
O que escrevi no resto da frase, depois dessa parte, é dando de barato que, seja quem for o leitor, ele é que tem razão acerca do que se passou na LÃbia desde as primeiras manifestações ou, se ele preferir, desde o primeiro bombardeamento.
Essa é questão que nem sequer me interessa discutir, dado o tipo de argumentos e raciocÃnios utilizados pelas várias partes em confronto interpretativo.
Que cada um fique com a sua. Mas touche pas a mon (notre) Che.
De que lado da barricada achas tu que estaria o “teu Che”?Em Syrte ou em Benghazi?
Provavelmente em nenhuma.
Saiu chateado do Congo e, apesar de tudo, aquilo tinha mais a ver com ele do que esta salada mediterrânica reconduzida a tempos pré-estatais.
Mas mais depressa o vejo em Benghazi. Mas, se lá estivesse, não haveria intervenção da NATO e acabaria passado a ferro por um tanque, rodeado de gajos com armas ligeiras que sabem melhor disparar para o ar do que contra alguma coisa.
Mas o problema, de facto, é a própria tentativa de comparar o incomparável.
Nem aquilo era mais do que uma revolta, nem o abanar do rabo do lagarto, do outro lado, era uma heroica e popular defesa de um regime justo e socialista, ou sequer progressista.
Decerto que em Bengahzi! Ele lutou contra ditadores, como Batista!
La Libye de Kadhafi était un pays généreux. Ecoles gratuites munies d’
équipements les plus modernes. Hôpitaux gratuits ne manquant de rien. Cette
Libye a entre autres, financé RASCOM 1, un satellite de télécommunications qui
allait permettre à tous les Africains de téléphoner quasi gratuitement, eux
qui payaient les tarifs téléphoniques les plus chers au monde. L’Europe
avait été jusqu’à coloniser les réseaux de communication africains, forçant
le continent à verser 500 millions de dollars par an pour le transit vocal
des Africains sur ses satellites.
La Libye de Kadhafi était un pays solidaire. Dotée d’un ministère chargée
de soutenir la révolution mondiale, cette Libye a accueilli à bras ouverts
tous les résistants du monde, a financé d’innombrables mouvements de
libération : Black Panthers, militants anti-Apartheid, résistants chiliens, kanaks,
salvadoriens, basques, irlandais, palestiniens, angolais.~
In « Le sang du lion et le festin des rats » par Bahar Kimyongür
Fixe! Pena não termos ido viver para lá.
Ãndice de Desenvolvimento Humano (2010):
#
55 increase (2) Libya 0.755 increase 0.006 – 1st in Africa
56 increase (6) Panama 0.755
57 increase (4) Saudi Arabia 0.752
58 decrease (3) Mexico 0.750
59 increase (9) Malaysia 0.744
60 increase (3) Bulgaria 0.743
61 increase (5) Trinidad and Tobago 0.736
62 increase (7) Serbia 0.735
63 increase (7) Belarus 0.732
66 increase (6) Albania 0.719
67 increase (6) Russia 0.719
68 increase (16) Kazakhstan 0.714
69 increase (19) Azerbaijan 0.713
70 increase (8) Bosnia and Herzegovina 0.710
71 increase (16) Ukraine 0.710
72 increase (18) Iran 0.702
73 increase (1) Macedonia 0.701
74 increase (9) Mauritius 0.701
75 increase (2) Brazil 0.699
O que é em muitos aspectos preocupante. A bulgaria na UE está atrás? Os BRICS, entäo…
Sem o peso do Kadafi a LÃbia conseguirá almejar mais acima?
Veremos daqui a 10 anos onde estará.
Cheira-me é que os talibans al-caÃdos que tomaram o poleiro a väo arrastar ainda mais que o peso do Kadafi.
E que os poucos democratas que sobram em Outubro de 2011 näo viveräo para ver 2012…
Eu acho que Pedro, o Africano, disse, com uma grande economia de meios, o que, sobre o assunto, havia de essencial a dizer. E fê-lo, a meu ver, dentro dos padrões da cultura europeia e da (mais moderna) civilização ocidental.
No caso, ao lado desse desconhecido Pedro, ainda por cima africano, se calhar negro|||
Abraços ao cinco dias.
João Pedro
Nem africano, nem negro, conforme reconheceu noutras conversas.
Só um pseudónimo de whishful thinking, pour épater les petits-bourgeois que acham que a cor da pele é critério de autoridade das opiniões ou, no caso dos governantes, de ausência de filha-da-putice.
Querer fazer crer que a indignação pela a acção criminosa do imperialismo na LÃbia e a forma digna como Kadhafy morreu, é uma tentativa de comparar esta personagem com Che, significa desonestidade da parte de quem o faz ou então uma incapacidade de ver mais que preto e branco no mundo, mas acima de tudo é de um profundo mau gosto, afinal quem faz essa estúpida comparação és tu e só tu.
Querer fazer esquecer, ou omitir, o papel que a LÃbia sob a liderança de Kadhafi teve no apoio à libertação dos povos africanos e à palestina, é ignorância, ou então é colocar-se num dos lados da barricada que não é o da esquerda, nem o de quem, para além das diferenças, crÃticas e oposições a uma determinada personagem, quer do mundo ter uma visão lúcida e correcta.
Nada como um tiro ao lado para acertar o alvo (querem cá ver)
O tipo era um pulha? Era.
Mas, e todos os filhos da puta (de Obama a Sarkozy) que lhe andaram a sorrir e apertar a mão são o quê?
São uns pulhas, muitas vezes interessados ou no “seu” dinheiro (leia-se, da LÃbia, dispensado mui feudalmente como seu), ou em que servisse de tampão à imigração “ilegal”, sabendo muito bem que os desgraçados nem sequer eram recambiados de volta, mas abandonados no Sahara. Portanto, para além de pulhas, assassinos por cumplicidade.
O homem foi morto de uma forma miserável, embora semelhante aos seus hábitos? Foi.
A necrofilia em torno das imagens da sua morte não o foram menos? Pois não.
Tudo isto na LÃbia tem muitas coisas que cheiram muito mal? Certamente.
Mas fazer dele um icone santificado, em que não só as frases imitam ou transcrevem as ditas acerca do Che, como até as fotos são reenquadradas, para se parecerem com as tiradas aquando da sua morte? Porra! Touche pas a mon Che!
Exactamente!
Não é o facto de haver outros filhos-da-puta envolvidos que santifica o Kadahfi!
No que me diz respeito não procurei santificar nada. Até porque no que respeita à s imagens: sempre as vi mais como uma diabolização que uma santificação…
Paulo Granjo,
Os meus parabéns pelo post e por uma lufada de ar fresco relativamente aos maniqueÃsmos que por aqui grassam. Eu não discuto questões de fé. Os nosso excelsos comentadores televisivos confundem beduÃnos e berberes, pelo que se prova a ignorância dos mesmos. Kadhafi pode ter sido um revolucionário, mas corrompeu-se, pelo que a sua governança se tornou indefensável. E ainda não vi aqui uma letra sobre os biliões extorquidos ao povo lÃbio. Mas isso são outros quinhentos, não interessam ao fervor revolucionário de pacotilha.
Cumprimentos,
Obrigado.
Por acaso a questão do dinheirinho veio a talho de foice na resposta ao comentário anterior, afixada quando o seu estava a chegar.
Mas parece que a apropriação privada do dinheiro do petróleo de um paÃs por parte dos governantes (como, aliás, em vários paÃses da penÃnsula arábica, mas esses pelo menos assumem-se como reis feudais) não é grande problema para o pessoal, desde que os senhores em causa larguem depois umas migalhas para pagar armas a estes e à queles. Assim a modos que um Bill Gates de turbante, só que com armas em vez de combate à malária, e com o dinheiro dos recursos naturais do seu paÃs em vez de com aquele que nós pagamos para usarmos comodamente o nosso computador.
Uma hipocrisia generalizada, afinal, pois, por exemplo, só quando o homem já estava a cair é que o director da London School of Economics teve que se demitir, por terem aceite uma fortuna em donativos para o filho dele lá receber um doutoramento, quando isso já era sabido e comentado há muito.
ò Paulo Granjo em relação ao seu comment aqui das 20h10,talvez o Che “tenha saÃdo chateado do Congo”, mas quem sugeriu e deu a ideia aos lÃderes dos movimentos independentistas da vinda e intervenção dos especialistas militares cubanos, que se revelaram fundamentais em Angola, foi o Dr. Guevara. Portanto, não sendo um revolucionário lÃrico, caso o Che optasse na LÃbia pelo “lado” Bengazi, (e sem a NATO) duvido que fosse um tanque a passar a ferro a ele, em vez do Kadáfi.
Por outro lado o Che real (que parece que matou friamente alguns companheiros que ousaram discordar dele) tem muito pouco a ver com a foto icónica do Korda.
( e estou à vontade, não tenho admiração nenhuma por 99% dos ditadores e “iluminados”, sejam eles de esquerda ou direita, ou seja tenha tanta admiração (isto é, nenhuma) pelo Che como pelo Pinochet)
Os fundamentos da resolução do concelho de segurança para decretar a “no-fly zone” que de escalada em escalada resultou no assassinato de milhares de LÃbios e também em Gaddafi:
Parte 1
Parte 2
Sem dúvida. Mas, como repeti vezes sem conta, isso nada altera à questão levantada pelo post.
Che e Kadaffi não foram iguais, mas têm muita coisa em comum.
Ambos se reclamavam socialistas
Ambos fizeram a revolução e ajudaram os seus camaradas de luta
Ambos despacharam os “inimigos do povo” com métodos expeditos, normalmente revestidos a chumbo
Ambos acabaram como viveram.
O resto é iconografia.
Diria que são um bom bocado mais diferentes que isso.
Quanto mais não fosse (e vários outros pontos há), quanto ao conteúdo prático e mesmo conceptual de se “reclamarem socialistas”. Coisa que, aliás o Mário Soares continua a fazer e que mesmo o CDS fez, ao aprovar o artigo da Constituição que definia Portugal como uma sociedade a caminho do socialismo, esclarecendo em declaração de voto que se referiam ao “socialismo personalista”.
granjo, o Che beneficiou do facto de ter morrido no auge da luta por aquilo em que acreditou. Como o James Dean e a Princesa Diana, Marilyn Monroe, etc, o tempo parou no momento em que morreram poupando-os à entropia. Se Kadafi tivesse morrido no auge do seu apoio à extrema-esquerda europeia, seria um herói da revolução.
Quanto a Che, os breves episódios em que teve poder sobre outros, são reveladores. O poder revela as pessoas e Che, com poder de vida e de morte, não hesitou em mandar e ele mesmo fuzilar, centenas de “inimigos da revolução”.
Tinha boas intenções, dirá você.
Pois, mas dessas está o Inferno ( ou Caxias, se fôr ateu) cheio.
Ok! Era ditador sim senhor, e não há desculpas para esse facto!
Mas acho que era de considerar as possibilidades apresentadas no link que se segue pelo menos no que diz respeito ao bem-estar do povo lÃbio:
http://www.youtube.com/watch?v=N7hWbIBbPMY&feature=player_embedded
É assim pro engraçado, mas investigue-se para ver se se confirma.
Será que não estariam eles melhor do que entregues a pandilha chamada “rebelde”, altamente financiada e armada pela Europa e EUA?
http://globalresearch.ca/
Não estou nada optimista, tanto mais que se passa de uma situação em que uma personagem apropriava privadamente os dinheiros do petróleo e redistribuia uma “boa” parte (quer para a sua entourage, quer para o paÃs, quer para grupos no estrangeiro) numa lógica meio feudal meio neo-patrimonialista, para uma situação onde é plausÃvel que um grupo bastante maior e mais diversificado de pessoas, representando interesses e clientelas mais particulares, queiram fazer o mesmo.
Mas, como várias vezes referi, não é essa a questão do post.
Relativamente ao regozijo por estas imagens, lembro-me de ler neste blog muito desse regozijo com as imagens de Carrero Blanco após a explosão.
Não me lembro dessa. Ou ainda não estava cá, ou tinha tanto trabalho que nem via os blogs. Mas é um tipo de coisa que sempre me desagrada.
Paulo, o que é que faz no 5dias?
Não é que nunca tenha feito essa pergunta a mim próprio. A resposta a que cheguei:
Participo num blog assumidamente formado por pessoas de esquerda (e que, suponho, em todos os casos aceitam o adjectivo suplementar de “revolucionária”, mesmo que com percepções diferentes disso), assumidamente diversificado e livre (mesmo que, pontualmente, alguém se possa esquecer disso). Penso que é um espaço útil e raro, por essa liberdade e diversificação, e que elas são também valores fundamentais – mesmo quando algumas coisas que leia me possam deixar os cabelos em pé, como imagino que algumas coisas que escrevo deixam a outros. Acho que isso é importante, mais ainda na situação presente, e que por essa razão é importante aqui estar, mesmo que à custa de pontuais dissabores que não aturaria noutros lados.
E creio que poderÃamos também perguntar-nos, seguindo aquilo que o fez formular a pergunta: O que é que faz aqui o Tó Figueira? O que é que faz aqui o Nuno – tanto quanto sei, e pedindo desculpa a eventuais outros, o único fundador resistente, que para aqui me convidou? O que é que faz o Manel Gusmão, nas suas pontuais colaborações? O que é que aqui fazem, também, o Tiago e o Pedro?
Claro que podia mandar as chatices à ortigas e ficar a ver de camarote posteriores fraccionamentos e o surgimento do 5 Dias-ML, do ReconstruÃdo, do Reorganizado, do GenuÃno, and so on. Mas será que este peculiar espaço plural não vale um esforço?
Paulo Granjo, é impressão minha ou falta-lhe uma certa capacidade de conviver com a opinião alheia, principalmente a mais factual do que a sua?
Diria que o problema é o inverso, já que essa “opinião alheia”, repetindo-se militaristicamente ad nauseum e multiplicando-se sob vários nomes e pseudónimos para as mesmas poucas pessoas (sempre insultuosa e rasteira, negacionista e revisionista, contra-factual e dogmática, mesmo quando quinze dias antes dizia exactamente o contrário na sua e única “linha justa”) é que salta como uma seita inquisitorial sempre que lê algo que seja diferente do que quer ouvir (desde que, claro, seja suficientemente simples para conseguirem perceber o que está escrito sem terem um violento ataque de dores de cabeça) e agora até se arroga o direito, nas caixas de comentários e no meu próprio e-mail de trabalho, de ser censora do que eu escreva e da minha pertença a este blog.
Vá, por isso, armar-se em espertinho e em democrata para outro lado.
PS: É óbvio, pela minha resposta a ele, que não incluo nesse seu tipo de “opinião alheia” o Pedro Lérias – cuja pergunta, a julgar pelo debate civilizado e construtivo que mantivémos noutro post, era elogiosa para mim, e não para a imagem a que a tal “opinião alheia” quer reduzir este blog.