A esquerda já devia ter percebido que não se negoceiam direitos. Não devia ser não na cama como na escola, no hospital, na maternidade ou no cangalheiro. Não devia ser não por palavras ou por gestos e não devia ser não em qualquer lÃngua. Não devia ser não quando nos impõem a austeridade, quando nos aliciam, sugerem, violam. Não devia ser não na hora de desmantelar serviços públicos, de privatizar empresas lucrativas ou de alienar património do Estado. Não devia ser não quando o sim vem do patriarcado, dos maus hábitos ou das igrejas. Não devia ser não não em todas as circunstâncias em que seja colocada em causa a liberdade e os direitos de quem é chamado a responder. Não devia mesmo ser não até quando estamos convencidos que do outro lado é um sim que nos espera. Se parece tão consensual que em todas as matérias se respeite o não de todos e de cada um, porque razão a esquerda insiste em renegociar a dÃvida que em momento nenhum lhe diz respeito? Que sentido faz ter que pagar um empréstimo que não pedimos e que nunca nos chegou ao bolso? Como se renegoceia algo que não queremos nem temos a obrigação de negociar? A que acordo querem que a Monica Bellucci chegue em pleno túnel?
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Não sei se percebi ideia mas no filme a Monica Bellucci não foi violada pelo Vincent Cassel.
Pois é. Já corrigi, obrigado. Quem é o actor então, o Jo Prestia?
Exactamente.
Desculpa ter começado por comentar este pormenor mas achei por bem fazê-lo.
Quanto ao conteúdo do post sou forçado a discordar, ainda que isso me possa revoltar em termos ideológicos.
Embora renegociar a dÃvida seja uma expressão demasiado vaga para as pessoas que a utilizam perceberem o que isso verdadeiramente significa, a questão é muito simples: não nos impuseram um empréstimo (nós é que nos endividámos ao longo dos últimos 10 anos para disfarçar um crescimento que nunca existiu), impuseram-nos as condições do empréstimo, o que é totalmente diferente.
A renegociação que passa pelo simpless não pagamento é utópica e irresponsável, contudo lutar por condições que nos permitam ultrapassar a situação parece-me inteiramente defensável, aliás, imprescindÃvel, se nos quiserem continuar a pedir sacrifÃcios.
O paradoxo é que as coisas funcionaram melhor onde não se pagou: http://5dias.net/2011/07/11/da-democracia-a-dividocracia-um-documentario-indispensavel/ Espreite também a entrevista linkada, verá que pouco do que se deve se deve nos termos em que o descreve. De tudo o que é possÃvel saber é fácil perceber que a esmagadora maioria da dÃvida é odiosa (não será por isso tanta resistência a uma simples auditoria? Onde fica o quem não deve não teme?), logo, ilegÃtimo é paga-la. De resto, no final da linha, a canalização das suas verbas para a estrutura social será a única hipótese que os mercados terão de evitar a Grécia em toda a parte. As pessoas não só não fizeram empréstimos como pouco foi o que lhes chegou por via indirecta. Os barões que a açambarcaram que paguem o que devem.
Os “mercados”são as tais armas de destruição massiva…
muito bom o video grego !
Pela complexidade do tema preferi responder aqui
http://avidaefeia.blogspot.com/2011/07/duvidocracia.html
“A crise vai custar a todos mas também pode trazer mais felicidade, se prescindirmos de alguns bens e valorizarmos a solidariedade. Esta foi a principal conclusão da conferência “Portugal nos próximos 3 anos”, promovida pelo Expresso e pelo Banco Santander.”
Não resisto a colocar isto aqui!
eu já comecei a “ser feliz” há muito tempo
recomendo começar por “prescindir” do “expesso”
E vão dois
…e mais felizes ficarÃamos com a nacionalização do santander
Mais uma daquelas conferências em que no fim o desgraçado do grilo vai a correr para o “Halibut”…
o phoder aceita ser phoder em qualquer posição
só necessita continuar a phoder
é um fim em si só
logo desde as costas da lÃbia à s costas da europa ou ao cu da dita cuja
que tem tido variações geogr á ficas várias tanto faz
e o ccc tá na grécia o cu se calhar também
e isto de biolar filmes antigos quando há tanto novo philme por aÃ
chama-se revisionismo
queremos o ccc europeu na Irlanda
que isto de europa unida é bunito
mas ninguém quer dar o cu pela europa
Essa cena de violação é deveras chocante. Um pouco parecida com o que estão a fazer a Portugal e a outros paÃses
Pergunta você, Renato, se faz sentido pagar dÃvidas que…… E faz sentido vivermos submetidos do ponto de vista polÃtico, económico, social e cultural, em estado de autêntico remanso? E faz sentido assistirmos à s divagações com que gente de esquerda se entretem a respeito dos assuntos que respeitam à direita enquanto poder e não sobre as formas de derrubar os muros do sistema que a suporta essa direita? E faz sentido não se discutir os meios e os modos de o conseguir? E faz sentido que alguns dos que se dizem preparados para se baterem contra o sistema caduco e fraudulento que suporta a direita no poder ( não falo apenas de Portugal) se vão acotovelando para arranjar um lugarzito nele? E faz sentido .. …., é claro que não faz, mas…
Depois do mas é que a coisa ia ficar interessante. Continue pois…
…com essa fotografia não consigo pensar nesse assunto,
…leva me para outros tuneis 🙂
Há que evitar os túneis do FMI. Não há irreversÃveis. 😉
Renato, os teus comentários sexistas e homofóbicos dos últimos dias começam a chatear….
A culpa é do ministro da economia.
Eu até acho que pode fazer sentido recusar pagar esta dÃvida em particular. O problema é que a seguir ninguém nos empresta dinheiro e ainda não fomos capazes de construir a alternativa que nos permita viver satisfatoriamente sem precisar de crédito.
É um dilema fodido.
Veja. Agora emprestam dinheiro para que se continue a pagar os juros. Só pode ser melhor negócio ficarmos com esse dinheiro para pelo menos fazer como fez o Equador.
O Equador tem petróleo. Coisa que ainda não descobrimos.
Também se pode fazer uso do argumento: se tem aspirações a receber algum do que cá puseram, emprestem-nos mais para isto ainda funcionar uns tempos, assim pode ser que voltem a ver o vosso.
Agora a sério Renato, o Equador tem um projecto de sociedade alternativo ao mainstream capitalista. Nos não, por isso lhe digo enquanto a alternativa não for encontrada, não vale a pena precocupar-nos com os agiotas, antes direccionar a luta sobre quem anda de mão estendida e a enterrar-nos ainda mais. É como achar que o problema do toxico-dependente resolve-se prendendo o traficante, ele só vai la se deixar de depender da droga.
Há um video que encontrei no Cantigueiro,sugestão de António Gains Galamba do “Cravo de Abril. É extremamente revelador e é de facto assustador