Às vezes pergunto-me se o tempo em que alguma esquerda radical lavava os dentes com cinza de cigarro, porque a pasta de dentes era pequeno-burguesa, terá chegado ao fim. Não sendo um adepto incondicional das novas tecnologias, da comunicação à condução, da aviação à culinária, não vejo como é que se pode fazer a defesa do trabalho e dos trabalhadores pregando uma espécie de celibato aos avanços que a ciência permite. Para lá da indústria espacial, que me parece ter uma relação qualidade-utilidade-preço questionável, todas as outras devem ser reivindicadas pela parte maioritária de quem as produz. Associadas à burguesia pela pior das razões, ou seja, face ao precário custo de vida poucos têm acesso aos mais elementares avanços, alimenta-se uma espécie de preconceito esquerdista que rejeita degraus importantes na qualidade e na defesa da dignidade humana. Nunca compreendi o socialismo de bitola curta e ele sempre foi o caminho mais rápido quer para o capitalismo de colarinho branco quer para o estalinismo estratificado. Será que não é possÃvel pensar a revolução de outra maneira?
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não iria tanto pelo campo das possibilidades, mas mais pelo das exigências 😉
senão não há mesmo volta a dar
Tens toda a razão.
Renato, que é isso de “estalinismo estratificado” caralho? E que é que o estalinismo tem a ver com o que falas no artigo (que concordo com quase tudo)? Desde quando é que as pessoas na URSS não tinham acesso à tecnologia mais avançada da época e nas condições em que o paÃs se encontrava na cena mundial? É preciso mencionar o estalinismo sempre que se fala de qualquer assunto? 🙂
Não. Raramente falo em estalinismo. Desta feita pareceu-me que era justa uma referência à quele que fechou parte da ilha aos seus concidadãos, à quele que mudou de sistema económico ou mesmo ao dos vidros fumados da burocracia de Leste. Nada que o PCP repetisse, claro. 😉
Talvez não seja preciso mencionar o estalinismo sempre que se fala se qualquer assunto. Tal como não seja necessário apelidar de “fascista” qualquer opinião que se desvie uns milÃmetros para a direita do PCP como amiúde se assiste neste espaço (até, pasme-se, a propósito de uma campanha publicitária de promoção do turismo no Alentejo)…
oops, era aqui.
não tem nada a ver, mas está a dar isto: (zizek/assange/amy goodman)
http://www.democracynow.org/
o nosso cocktail molotov é o iphone. mais ou menos pensada a transformação, a verdade é que a revolução já é outra. e parece-me que temos de ir aprendendo à medida que se desenrola.
belo post.
(falando em novas revoluções… vou precisar da minha pen, ainda és tu que a tens? :))
GuardadÃssima. Levo para o debate da Palestina? 😉
leva, vou tentar ir. se não conseguir: picnic. 😉
Deal.
Boa tarde, é só para avisar que a pasta de dentes é pequeno-burguesa.
Isso e as omeletes. Proletário que é proletário come ovos mexidos.