(gracias ao andré basÃlio*)
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será sempre um pouco tarde e um pouco cedo demais.*
quem sabe faz a hora não espera acontecer.*
A actual anti-partidos e apartidária não é nada democrática, nem de esquerda e não contribui realmente para a solução da crise capitalista.
Esse tipo de raciocÃnios que a Raquel faz não passa de um subterfúgio para iludir a questão central do nosso tempo, a questão que jamais deixou de ser central em capitalismo: enquanto houver classes haverá luta de classes e é por isso que nós pagamos a factura. Havendo classes nunca haverá a “democracia” idÃlica de que algumas pessoas ingénuas falam.
Quase concordo, Rocha, mas… Distingo anti-partidário e apartidário, embora saiba que a distinção é inútil se quem integra um movimento apartidário o toma por anti-partidário.
O apartidarismo é hoje usado de uma forma abusiva e distorcida do real significado da palavra por demasiada gente nos novos movimentos de precários, gerações à rasca e acampadas, os novos movimentos da juventude.
Tenho ouvido por exemplo de organizadores da geração à rasca que é preciso guardar distância da CGTP porque supostamente a CGTP é partidária (ora pois claro porque a corrente maioritária é do PCP). E isso é falso, a CGTP é apartidária porque incluà pessoas de vários partidos e pessoas sem partido, não só na base mas entre os seus mais destacados dirigentes.
Mas a CGTP não precisa de fazer alarde de ser apartidária e geralmente prefere a palavra “unitária” que significa exactamente o mesmo no contexto de um movimento social.
Sei que a culpa não é da palavra em si, nem é o seu real significado negativo mas as interpretações que lhe estão a dar que são abusivas e caminham no sentido do anti-partido que tanto está na moda.
O apartidarismo surge muitas vezes como pretexto para o anti-partido e acaba por colocar movimentos de protesto válidos numa espécie de limbo conveniente ao capitalismo, porque nem se assumem como movimentos polÃticos, nem como movimentos sociais (aliás é para isso que serve a estafada lengalenga da cidadania).
Eu sou da opinião que que estes movimentos são sociais e devem-se assumir como tal, o que inclui ter propostas polÃticas e até um rumo ideológico.
É muito importante perceber e fazer com que outras pessoas percebam que os partidos não se reduzem à actividade parlamentar e que os movimentos sociais (e os sindicatos tb) não se reduzem a modestÃssimas reivindicações tipo passar recibos verdes para contractos a termo.
A luta dos jovens por uma vida desenrascada só será vitoriosa se pelo menos se aliar a luta social com a polÃtica e isto passa necessariamente por partidos e sindicatos, de esquerda como é óbvio.
Também simpatizo mais com a designação “unitária” do que com a “apartidária”.
Sobre a manifestação do dia 12 de Março, tive uma discussão interessante com a Sassmine – que integra o M12M (Movimento 12 de Março) – num post do mês passado, este:
http://5dias.net/2011/05/20/ja-se-queimavam-umas-fotografias-da-familia-real/
Mais optimista do que eu, a Sassmine aturou o meu cepticismo e esclareceu-me algumas dúvidas. A maior vai persistindo: o dia 12 de Março foi uma alavanca ou um tubo de escape? Noites como a de ontem fazem-me pender para o tubo de escape. Ser cidadão é mais do que enfiar um voto numa urna, mas ontem – especialmente ontem – a cidadania devia ter passado pelas urnas.
Não te preocupes, que dentro do movimento há diversidade e há debate. O importante é estarmos dispostos a falar uns com os outros e depois logo se vê.
Quanto ao assunto da distinção esquerda/direita, sinceramente, considero que o debate será mais construtivo quando retirarmos essas distinções do discurso.
Que tal abordarmos as questões/soluções sem descriminarmos se elas são esquerda, centro ou direita ou através de ‘ismos’?
Exemplos: Sou contra o fecho de tal centro de saúde ou escola pública, a favor de melhores condições de trabalho e remuneração que permite uma vida condigna, etc…
Não será melhor falar dos assuntos concretamente sem aplicar rótulos?
Não será essa estampagem constante no discurso uma forma de dividir e afastar as pessoas umas das outras?
Acho que temos aqui uma oportunidade de deixar de fora estes pormenores que têm funcionado como divisores.
Acho bem que todos participem no movimento mas também acho melhor que deixem as suas bandeiras partidárias em casa (o que no geral tem sido feito, diga-se).
A praça é pública e todos devem participar, mas acho que a participação será mais construtiva se for feita a titulo pessoal e não organizacional. Pura exposição de ideias e propostas sem rótulos.
Afinal, o açúcar é doce independentemente da cor da embalagem, não? 🙂
Perspectiva pessoal partilhada.
Trivia, acho que as tuas ideias são bonitas, mas plausÃveis apenas dentro de um livro infantil. É tudo tão mais complexo… E se os objectivos do movimento passam por promover a reflexão crÃtica, é estranho que excluam termos como esquerda e direita, também os -ismos. Assim, mergulham nas águas do relativismo absoluto.
É possÃvel reflectir sobre um atentado ao Estado social sem pensar sobre o neoliberalismo? Esta é uma das palavras a afastar? Porque é que infantilizam os discursos? Por acharam que a malta não chega lá ou por não quererem melindrar quem quer que seja? Isto é paternalista ou inconsequente.
Mas vamos dar as mãos, eu, o amigo que milita no partido de esquerda e o tipo que vota no partido de direita. Se reflectirmos muito e se eles deixarem as bandeiras em casa, havemos de conseguir manter aberto o centro de saúde de Mondim de Basto. “Esquerda” e “direita” são rótulos para separar as pessoas e, no fundo, temos todos objectivos comuns. É esta a vossa pólvora? Passo.
Opinião partilhada, também.
😉
Adenda eu queria dizer: a actual “moda” anti-partidos e apartidária…
rocha, não me insulte: eu falo da luta de classes terça sim terça não na minha crónica na antena 1, (continuarei até me despedirem e olhe que já faltou mais).
quanto ao resto: contrariamente ao que o seu sectarismo o impede de imaginar, o movimento 12 de março (movimento composto pelas pessoas que organizaram o protesto da geração à rasca), não é anti-partidário. mas não é um bracinho servil dum partido de esquerda. é um movimento polÃtico independente dos partidos polÃticos. pretende catalisar energias, esforços, organizações (partidárias ou não) em torno de lutas comuns, como já o estamos a fazer com a ILC – iniciativa legislativa de cidadãos – em conjunto com outros movimentos. pugna pela promoção de uma cidadania cada vez mais activa como resultado da democratização do acesso à polÃtica. como se lê no texto de apresentação:
“Pretende ajudar a dinamizar e a promover o diálogo, a reflexão crÃtica focada no encontro de soluções, promovendo pontos de encontro, sinergias e solidariedade entre movimentos e cidadãos.” http://movimento12m.wordpress.com/
quanto à mentira:” Tenho ouvido por exemplo de organizadores da geração à rasca que é preciso guardar distância da CGTP porque supostamente a CGTP é partidária.” há-de me dizer quem foi que lhe mentiu.
xs organizadorxs do protesto somos nós, m12m – movimento 12 de março, e mesmo antes do protesto já nos tÃnhamos reunido com a cgtp (e com todos os movimentos e associações que aceitaram reunir connosco).
vou dar exemplos concretos: nós, m12m, reunimos regularmente com a cgtp/ interjovem, estivemos presentes em todas as manifestações que organizaram depois do 12 de março, e vamos ter uma iniciativa organizada em comum no dia 9 de julho.
para terminar: não me venha dar lições sobre a cgtp, o movimento sindical e o seu “apartidarismo”. descendo duma longa e antiquÃssima famÃlia de comunistas e sindicalistas, conheço por dentro as filiações e paternidades. não quer que eu abra a boca aqui, pois não?
construamos pois um futuro melhor. sem sectarismos.
Ui, que exagero. Foste insultada? Não dei por isso.