Pelos vistos, a Comunicação Social portuguesa descobriu ontem que existe uma Carta de Intenções assinada pelo Governo na mesma altura em que foi assinado o Memorando da Troika. Nessa Carta dirigida ao FMI, o Governo compromete-se, entre outras medidas, a reduzir de forma significativa a Taxa Social Única.
É estranho que essa Carta seja agora apresentada como nova, quando a sua existência já é muito do conhecimento geral. Mesmo o 5 Dias já publicou um resumo das partes mais importantes há mais de 15 dias.
Relembre-se que quem «levantou a lebre» pela primeira vez foi Francisco Louçã no debate com José Sócrates, atirando com a questão da TSU e deixando o primeiro-ministro embaraçado.
O que não se compreende é a razão pela qual o lÃder do Bloco não explorou devidamente o documento. Neste, o Governo compromete-se a aumentar o IVA, a introduzir uma nova taxa sobre a electricidade a partir de 2012, a privatizar uma parte da Caxa Geral de Depósitos, a privatizar mais 2 grandes empresas em 2012 e a alterar a legislação relativa ao despedimento por justa causa. E Francisco Louçã, com o documento na mão, foi incapaz de questionar Sócrates sobre estas matérias.
Foi aà que Louçã perdeu uma oportunidade única para derrotar Sócrates de forma flagrante e pôr em xeque toda a narrativa.
É igualmente espantoso o que aconteceu nos dias seguintes. O PS negou tudo, chegando a dizer que era uma carta que ainda não tinha ido para o Correio, mas o Bloco também não soube esclarecer devidamente que carta era aquela.
E de repente o documento «desapareceu». Até ontem. Agora, o Bloco já fala outra vez.
Mas não será tarde?
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é. o jeronimo é q sabe q n levantou lebre nenhuma e se passeou nesta campanha com a ortodoxia burocrata da cdu.
o Antonimo da Silva queria escrever algo de anticomunista mas não foi além do cliché “ortodoxo” e “burocrata”. Falta de tempo no meio do rebuliço da campanha do BE? ligação de internet lenta e dificuldade em aceder aos artigos do João Tunes para se inspirar? Vá lá Antonimo sejamos mais criativos, é que, sabe, assim soa a… cassete.
E,os processos de xuxesso do coelho no http://verdadeirolapisazul.blogspot.com/
em que tanto Francisco Louçã ou Jerónimo de Sousa NÃO souberam chamar tal assunto à liça.Muito menos,os media ‘pluralistas’ e os propagandistas que se dizem jornalistas-jornaleiros é o q são uma vez q só os vejo a replicar ‘infos’ de Bruxelas e W D.C………………..
Tá visto,o plano de ‘Salvamento do FMI’,só vai levar esta merda para o fundo ,tal como na Irlanda q o seguiu À RISCA o q,demonstra a incapacidade(ou a capacidade…..)
Não é primeira vez que o bloco faz favores ao PS, recordo apenas o papel que teve na comissão de inquérito ao caso Sócrates-PT-TVI. O Relatório continua online para quem quiser ler.
Francamente, uma crÃtica muito pouco consistente que não tem outro objectivo do que justificar o tÃtulo do post.
Se houve alguém que levantou a questão (na altura razoavelmente difundida e comentada) foi o Francisco Louçã, no tempo e no local mais apropriado, ao contrário de outras opções de discurso mais genéricas de agit-prop. Correu tudo bem? Penso que não. Principalmente porque havia a expectativa e, por parte do Bloco a obrigação, de abordagens mais substantivas de alguns temas na campanha, bem como a demonstração da potencialidade unitária democrática a que só uma força como o Bloco pode no futuro aspirar, o que faria a diferença e justificaria de forma mais visÃvel as razões do voto no Bloco nestas eleições.
Não lhe chamaria erros, mas por certo deficiências de campanha que teremos oportunidade de discutir mais à frente.
Nem sequer é uma crÃtica, Lam. É um lamento, se quiseres. É dizer que não compreendo por que razão, no debate, o Francisco Louçã não atacou com todas as armas que aquele documento lhe possibilitava. Tenho muita pena, acredita, se as sondagens se confirmarem relativamente à votação no Bloco de Esquerda.
Penso que essa questão ficou clara no debate que, obviamente, avançou para outros temas. Nem o interlocutor nem a moderação permitiriam que fosse de outra maneira. Esse ponto, aliás, foi sublinhado posteriormente pelos comentadores como uma das razões que levou, segundo diziam, à “vitória” (seja lá isso o que for) de Francisco Louçã. O que aconteceu posteriormente, e para lá do dia ou par de dias que isso ainda foi tema, foi uma fuga absoluta dos partidos da troika em debater ou ripostar o que quer que fosse que tivesse como tema o conteúdo do “memorando”, deixando quer o Bloco quer a CDU a pregar aos peixinhos, enquanto eles “debatiam”
sobre quem teria agora mais legitimidade em lixar a vida aos “pobrezinhos”.
Mudando de assunto – agora já sobre o previsÃvel modesto resultado do BE – outra das razões (uma das) prendeu-se também com as escolhas , dos resumos de campanha diária nas TVs. Quem já acompanhou campanhas sabe do que estou a falar e, se num dia há momentos bons e outros maus (isso é comum a todos e são ossos do ofÃcio), a edição das imagens do Bloco, sacadas deliberadamente à pinça com o intuito de não permitir por aà qualquer cativação do eleitorado do “chefe” em exercÃcio, apostado no “voto útil da esquerda”, prejudicou bastante.
é q a burocracia já é demasiado má. e esta crÃtica é aprovada pelo comite central, que se gaba dela. n quero ofender o pcp.
Não quero saber para nada do Comité Central do PCP. Não sou nem nunca fui militante de qualquer Partido. No que escrevo, manda apenas a minha consciência. E comigo não fala mais. Ou melhor, pode continuar, mas sozinho.