João Tiago Silveira, capturado num momento épico de televisão, deixa claro a que campo polÃtico pertence o PS e que alianças está disposto a fazer. Será que é desta que se passa a caracterizar estes senhores pelo que eles fazem e não como eles se definem, não cedendo à tentação de confundir o desejo com a realidade?
RESULTADOS: Moção A – Cabeça de Lista | Francisco Louçã: 65 membros da Mesa Nacional (MN); Moção B – Cabeça de Lista |João Pedro Freire: sem representação na MN. Moção C – Cabeça de Lista | Gil Garcia: 11 membros na MN; a Moção D – Cabeça de Lista | Jorge Céu: 4 membros na MN. Com estes resultados a lista afecta à direcção cessante obtém 81% da próxima direcção e a oposição, somada, obtém 19%.
A Moção B não fez lista à Mesa Nacional por desinteresse em participar no órgão máximo entre congressos. A avassaladora representação da Moção de Louça não dá grande espaço à discussão interna: A Comissão PolÃtica não é eleita pelo método proporcional.
Fica o esclarecimento, claro. Mas por essa ordem de razões, para quê ser delegado?
Nem o Hugo Chavez consegue essas percentagens…
Ao menos o Chavez e o Louçã ainda vão a votos e ainda assim não são os mais avassaladores. Experimente ver as votações do Paulo Portas ou de José Sócrates nos respectivos congressos.
Esses resultados não estão bem:
Nas eleições para a Mesa Nacional, a Lista A obteve 412 votos (80,63%), o que corresponde a 65 lugares, mais dois do que há dois anos. A Moção B não apresentou listas para nenhum órgão. A Lista C obteve 73 votos (14,29%), elegendo assim 11 membros da Mesa Nacional, o mesmo número que há dois anos. A Lista D obteve 26 votos (5,09%), elegendo 4 membros da Mesa Nacional; há dois anos, a lista B, que então juntava a B e a D, elegera 6.
João, baseio-me na notÃcia do Público linkada. Até à hora desta posta não estava nada escrito no esquerda.net. Já rectifiquei o valor da maioria de 60 para 65. As percentagens estão correctas.
who cares? a entrada na comissão polÃtica está blindada, e é ela que manda.
Verifica-se a mais completa passividade dos partidos ditos “de esquerda” em relação à democracia. Que não lutam à frente dos movimentos de trabalhadores (antes actuam para as desmobilizar) por medo de perderem lugares à mesa do Parlamento burguês. O esquema está montado e daqui não sairemos sem um corte radical. Os dois partidos ditos de “esquerda” tornaram agora a não levantar uma única voz contra a Censura audiovisual do canal público de televisão no caso dos debates que incluissem os partidos extra-parlamentares que TAMBÉM CONCORREM ÃS ELEIÇÕES. Nem nada disto apareceu na RTP:
Bela iniciativa. Acho no entanto que nem os securitas mereciam aquele último acto, nem vejo que o que se ganha em meter BE e CDU no mesmo saco que a troika, especialmente depois de ter encontrado razões para se apoiar Alegre.
O vÃdeo integral é absolutamente desastroso para a campanha do MRPP. Devia ter ficado pelos 4 minutos. A acção, que nada tem de original (por exemplo, o PCP já fez várias do género), foi bem pensada, mas o candidato Garcia Pereira a pedir firmeza e que não se responda a provocações parece que, em vez de falar para os seus apoiantes, está a falar para os seguranças das instalações da RTP. Admire-se, de facto, a firmeza e a capacidade de não responder a provocações destes homens: veja-se a a partir dos 4m10s. Que grande tiro no pé!
Desculpa lá, Xatoo, mas de alegristas como o Garcia Pereira e seus acólitos já bastou o Louçã e a sua corte bloquista. A esquerda que precisamos é outra.
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o apoio a Alegre foi um acto pontual, de último recurso face à s propostas oferecidas pelo espectro dominante… que eram nenhumas. Os partidos ditos de esquerda convivem bem com a ausência de persepectivas de mudança efectiva, não consta que seja o MRPP que seja responsável pelo arrastar dessa situação por décadas. Por isso certos opinadores gostariam que na campanha presidencial o PCTP-MRPP não tivesse tomado posição, quer dizer, que não aparecesse sequer. E, como é sabido, quem não aparece na televisão não existe. É estranho que à “esquerda” parlamentar se continue a pretender segregar uma voz como poucas no combate, como a que Garcia Pereira levanta, contra a hegemonia das corporações sobre o Estado burguês. Enquanto PCP e BE não se demarcarem destas últimas sem ser pelo paleio retórico ou desfiles inconsequentes, estão comprometidos com esses grupos da classe dominante e não com os trabalhadores
Actos pontuais também podem ser disparatados.