Santi Brouard, médico e dirigente da esquerda independentista assassinado pelos GAL
É muito grave. A notícia que hoje foi publicada pelo jornal i destapa as ligações entre os Estados português e espanhol na luta contra o independentismo basco. As revelações feitas por Rogério Carvalho da Silva ilustram o que parece ter sido uma colaboração do governo de Cavaco Silva com o terrorismo de Estado dos GAL, patrocinado por Felipe González. Mas também desvela um pouco o papel das FP-25 no história política do nosso país.
Depois de ser preso como membro daquela organização, Rogério Carvalho da Silva é contratado para segurança da Embaixada dos Estados Unidos, em Lisboa. Anos depois, um colaborador dos serviços secretos portugueses recruta-o para matar independentistas bascos. No meio de tudo isto, está preso em Lisboa por tráfico de droga.
É o próprio que diz que “foi acusado da morte de etarras em França num processo que também envolveu ‘o comandante e o vice-comandante dos serviços secretos militares, o então chefe de Estado-Maior das Forças Armadas, general Lemos Ferreira, e o primeiro-ministro nessa altura, Aníbal Cavaco Silva'”.
Estas acusações são graves não só porque se referem à actual primeira figura do Estado português. São graves porque, certamente, tiveram a colaboração de várias figuras do espectro político e da economia. Os GAL foram esquadrões da morte montados pelo governo espanhol de Felipe González que feriram e mataram mais de 60 pessoas.
foram condenados uma dezena de gajos por causa disso, e, se não me engano, dois deles tinham sido ministros. a carreira politca de gonalez acabou em conseuqencia disso. foi feita justiça parcial, como justiça parcial foi feita ao terrorismo independentista basco, que matou 900 pessoas, e não 20; por entre amnistias e não sei, muito assassino anda por lá a concorrer a eleições no estado democrático espanhol. espero que também tnham estado vigilantes em relação aos direitos dos presos condenados pelo processo GAL.
o terrorismo de Estado não matou 20 cidadãos bascos. entre 1960 e 2010 foram assassinados 474 cidadãos bascos.
” entre 1960 e 2010 foram assassinados 474 cidadãos bascos.”
Acredito.
Ainda assim, metade do que a ETA matou em menos tempo.
Convém salientar que, entre esses mencionados 900 estão fascistas do regime de Franco como o seu braço direito Carrero Blanco, além de diversos algozes e torcionários do regime franquista. É que o Estado Espanhol não faz essa contagem a partir do novo regime democrático burguês de 1978.
E não o faz porque se recusa a cortar ideologicamente com o passado franquista. Assim aqueles que combateram em armas contra o fascismo, bascos e outros continuam a ser considerados terroristas por terem combatido uma ditadura sanguinária.
Não acha estranho, que um dito membro das FP-25 de Abril, fosse contratado como segurança da Embaixada Americana, e depois recrutado por um colaborador dos serviços secretos portugueses para matar etarras?
Isto parece um romance policial de quinta ordem….
Ou então uma história da carochinha.
o que a si lhe parece um romance policial é o dia-a-dia no Estado espanhol.
esta noticia saiu no dia 5 de Abril no jornal da Sonae e passou completamente despercebida;
na pesquisa que fiz nos sites de esquerda em Espanha recolhi mais alguns dados. Se lhe interessar estão aqui coligidos:
http://xatoo.blogspot.com/2011/04/felipe-gonzalez-envolvido-em-casos-de.html
obrigado pela informação.
Não me surpreendia que estas ligações existissem, curioso é tb o papel do PSOE no envio de Etarras, alguns dos quais eram até bastante procurados, para a Venezuela de forma legal (antes de Chavez estar no poder). Basta ler o que refere António Salas no seu mais recente livro.
Infelizmente nada é preto ou branco, por isso não me surpreendia que este tipo de ligações existam.
o “maradona é um tretas, diz ele: ”
“foram condenados uma dezena de gajos por causa disso, e, se não me engano, dois deles tinham sido ministros. a carreira politca de gonzalez acabou em conseuqencia disso”
É mentira, o troca tintas do aldrabona é maradoso; De facto o que aconteceu foi o seguinte:
desde que os crimes dos GAL foram indiciados em 1993 Felipe González ainda foi reeleito para mais um mandato (embora perdendo a maioria absoluta). No Governo que se lhe seguiu em Agosto de 1996 o recém-eleito José Maria Aznar negou o acesso dos investigadores à documentação dos arquivos do Estado (Cesid). Ninguém foi condenado.
O mesmo fez Cavaco de Silva do lado português, onde os assassinos foram contratados e a partir de onde as armas destinadas ao actos de terrorismo de Estado foram fornecidas. Cavaco impediu a comparência dos indiciados no trbunal de Madrid alegando “o segredo e a segurança de Estado”
“desvela um pouco o papel das FP-25 no história política do nosso país.”
Desvela o quê? O que é que isso quer dizer?