O programa desta feita fez-se com Pablo Neruda e com a caixa de música da América do Sul, que por estes dias dava sinais importantes para a luta dos povos. Da alvorada argentina em 2001 com o corralito, passando pelas guerras da água e do gás na BolÃvia, a terra ocupada no Brasil, o fervilhar na Venezuela, a agitação no Uruguai, Chile, Paraguai e Peru, muitos bons motivos levaram uma nova geração de lideranças a chegar ao poder. Para lá do que elas estão a ser na prática e das expectativas que foram gorando ao movimento que as elegeu (até já Evo Morales foge de trabalhadores que protestavam contra o aumento dos preços com blocos de dinamite), na primavera de 2005 era desta região que vinha o entusiasmo que agora chega do Norte de Ãfrica e do Médio Oriente.
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Da dança abdominal passamos às maracás e reque-reques. Viva o internacionalismo! No entretanto, fico à espera dos maviosos acordes da sufaraque. Já meteram na prisão cinco orquestas sinfónicas. Está a ficar dificil.
A América Latina está em mundança progressiva, embora o “império” vá tentando tapar algumas fendas com os dedos mas o processo já é irreversivel.
Neruda, Mercedes Sosa, Violeta Parra e muitos, muitos outros encheram a represa para esta enchurrada de esperança. É o dever de todos não esquece-los.
Portanto Renato obrigado por aqui ter trazido a Mercedes que maravilhosamente ” Cantou à lá vida”.
Mercedes cantou “gracias à lá vida”.