
COLA O TEU CARTAZ, ACTIVISTA! 1. Imprime o cartaz. 2. Cola-o no local de trabalho, na escola, na mercearia, no café, na rua, onde te apetecer. 3. Fotografa-te, com os vizinhos, os amigos, o teu cão, junto do teu cartaz. 4. Envia-nos a foto para a página do Manifesto em Defesa da Cultura no Facebook e será publicada.
E quantos militantes do PCP sairam por causa do apoio ao Francisco Lopes?
E o PCP que é uma força que perde eleitores eleição após eleição, que perdeu a câmara do Cartaxo e que há-de desaparecer do mapa já nas próximas eleições deputais?
Cartaxo ?
sim pá. Como o nosso Augusto, o Rui F. é outro vírus que sempre que há por aqui qualquer post desata a disparar – contra os dados da CNE dos últimos anos – que o PCP tem perdido eleitores, eleição após eleição.
Regra geral ele remonta aos idos da constituinte para estabelecer as perdas e o decréscimo do PCP. E depois ajunta sempre umas câmarazinhas perdidas. E eu tenho a noção que o Cartaxo já foi PCP para aí na década de 1970. Era uma ajuda, para ver se eles não se instalavam vendo o bicho já por cá. Mas fui mal sucedido.
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Quantas vezes em desacordo, mas, o BE existe pela pluralidade de pontos de vista anti/capitalistas (socialistas). Uma demissão, uma perda.
A oeste nada de novo e na Soeiro Pereira Gomes reina a calma.
Se calhar chegou a hora da debandada geral…
Só contaram pra vocês os votos de um hipotético candidato do BE que obrigaria a uma segunda volta e expantem-se a uma união da esquerda……….
‘expantem-se’ tá bué da mal escrito: é expantemse. Arre porra, não aprendem a excrever.
inganei-me, não é ‘excrever’ que se diz.
“em bom momento rompeu com paradigmas” rompeu com quê?
que “paradigmas”? arre porra que esta malta nunca mais aprende a utilizar o termo no sentido cientifico de mudança estrutural que Thomas Kuhn lhe deu
que raio de porcaria veio o BE a maila a sua almejada aliança com o P”S” introduzir?
Rompeu com paradigmas de uma esquerda que tinha esquecido a possibilidade de uma direcção colegial, de unir o que é diferente, do direito de tendência, do admitir o erro para seguir em frente. O Bloco de Esquerda fez tudo isso e alterou o modus operandi da política portuguesa, contagiando os restantes partidos. Mas rendeu-se depressa à comodidade da política de alcatifa, o que não implica que esqueçamos o passado, que diabo, foi há pouco mais de uma década.
Xatoo, esclareça-me se estou enganado, não apoiou a candidatura do Alegre? Não fez a mesma aliança da qual acusa o BE? Que lições tira disso se está visto que não sobra nenhum “S” ao PS?
Ao contrário do que disse há tempos Jeronimo de Sousa, sobre aqueles que abandonam o PCP, de serem folhas mortas….
Para mim, cada vez que alguem abandona a miliância no Bloco de Esquerda, é sempre motivo de alguma tristeza.
Mas tal como a adesão a um projecto politico, é livre , a desistência tambem o é.
E como diz o João Delgado, não abandona a luta, e por isso, havemos certamente de muitas vezes nos encontrar por aí.
Talvez nalguma manifestação anti-Nato, na parte não controlada pelos serviços de ordem ditos de esquerda, com o apoio da policia de choque….
fosga-se augusto, você é mesmo verrinoso homem, as voltas que dá para atacar o PC a propósito deste caso :)))
Porra! Anti-cumunista é pouco, isso é mais doença mental.
…ou dor de cotovelo.
Eu bem tentei antecipar, mas instala-se à mesma. Chato.
Misturam-se aqui dois aspectos que (sem entrar em pormenores se um decorre do outro), me parecem merecer abordagens diferentes. Uma coisa será a a política seguida por conveniências estritamente parlamentares, a tal “política da alcatifa”, que terá implicado um desligamento das massas do partido (isto para quem, como eu, vê de fora). Outra terá sido a escolha do candidato presidencial. E aí, se a personagem Manuel Alegre foi muito mal escolhido por todas as razões já muito debatidas e, quanto mais não seja, pela sua muito próxima ligação e suporte ao partido que mais à direita tem governado; por outro lado continuo a achar que o caminho da maior união possível à esquerda tem de ser por aí… ou nunca será. Da estratégia da esquerda em banho-maria, como a apresentada pelo PCP nestas eleições, os anos provaram que não sai nada.
“Da estratégia da esquerda em banho-maria, como a apresentada pelo PCP nestas eleições, os anos provaram que não sai nada.” ????
Que me lembre, a “estratégia” em eleições presidenciais apresentada pelo BE, em duas das vezes foi igual à do PCP, apresentando candidaturas próprias. Só agora alterou a estratégia, colando-se à candidatura do governo PS. Desta alteração o que saiu? A derrota da candidatura.
Sim é verdade, mas ainda bem que foi abandonada. Fazer das presidenciais uns jogos florais sem quaisquer perspectivas de acrescentar alguma coisa à “clientela” habitual, como foram as anteriores candidaturas de figuras do partido, não levou a lado nenhum. (claro que haverá também aqui a considerar a oportunidade e os momentos políticos que são diferentes, isto porque não sei, ou ponho as minhas dúvidas, de que o BE há 5 anos atrás estivesse em condições de patrocinar uma candidatura mais alargada).
O mal agora (não há meio destas merdas baterem certo!), foi a personagem escolhida, mas continuo a achar que o caminho tem de ser por aí.
(isso de “colando-se à candidatura do governo PS” é uma bocarra atirada para o ar sem qualquer sentido senão a da mera provocação. Por aí não vamos lá. Se houve inevitabilidade no apoio à candidatura do Alegre foi exactamente do PS e não ao contrário)
“Fazer das presidenciais uns jogos florais sem quaisquer perspectivas de acrescentar alguma coisa à “clientela” habitual” ????
Está esquecido que há precisamente 15 anos os tais “jogos florais” de que fala levaram à eleição de Jorge Sampaio com 54% e à derrota de Cavaco com 46%?
Insisto em que a questão não é a de o Bloco ter apoiado Alegre, mas o modo desse apoio. Tudo seria diferente se o Bloco tivesse manifestado um apoio crítico a Alegre, sublinhando essas criticas, ou mesmo, preferencialmente, apresentando um candidato à primeira volta. Ma a opção do BE foi a de subir aos palcos com os ministros de Sócrates, e isso é a decisão para mim insuportável. Outros suportam-na, terão as suas razões, cá estarei para observar.
Penso que é sabido ter eu defendido publicamente uma candidatura anti-capitalista apoiada pelo BE, PCP e movimentos sociais. Mas para essa via “ninguém” se mostrou pronto sequer para a discussão.
Esta demissãovem provar que, na actual situação política, não é fácil resistir ao desgaste.
O desincentivo à intervenção política, de que falava J.M. Pureza no “Socialismo 2010”, vai dando os seus frutos.
Pode, o J. Delgado, invocar os motivos que quiser e nalguns até terá razão mas, se alguem quer pegar o touro pelos cornos, não o conseguirá virando-lhe as costas.
O Bloco de Eaquerda, único na pluralidade e liberdade de opinião, não diz “nunca me engano e raramente tenho dúvidas”. É um movimento/partido constituido por mulheres e homens “normais” e, portanto, sujeitos a meter o pé na pôça.
Erros cometem-se e corrigem-se. Maior é o erro, maior será a corrigenda e quanto mais tempo levar a corrigir, maior será o preço a pagar, mas não se corrige abandonando o barco.
Como já disse noutro local: Bons caminhos encontres, porque a luta continua e, mais do que nunca, é preciso juntar forças.
A direcção do BE não assume erro nenhum. Leia o que escrevem e adivinhe para onde vão continuar a “juntar forças”.
logo à partida Alegre foi diminuido pelo apoio prematuro do BE, mas mais que isso, a candidatura de Alegre foi destruida pelo abraço de urso que lhe deu o P”S” depois da prolongada “reflexão”, com os Soaristas a manobrarem na sombra a favor da ultima fraude possivel para salvarem o capitalismo “em liberdade”: a “democracia participativa”
O que é certo é que, na m/ interpretação, fazendo as contas aos cacos, BE e P”S” somados os dois scores eleitorais habituais obtêm 19% – mais ou menos o que a esquerda seria suposto obter (se estivesse coligada) BE+PCP… ora, subtraindo os 7% do PCP restam 12%
que é o residuo dos votos BE+PS+factor Alegre
Conclusão: Manuel Alegre não tem culpa no fiasco – se tivesse rasgado o cartão acontecer-lhe-ia o mesmo que ao Oscar LaFontaine do Die Link: convertia-se num residuo eleitoral.
Feitas as contas, que já vão largas e tortuosas, tanto eu como o Renato e muitos mais, sabemos que estas coisas, a resolver-se, não se resolvem apenas com votos
Para encerrar esta pequena troca de impressões, permitam-me a pretensão de citar o Zé Mário Branco quando disse que não sai dos partidos, são os partidos que saem dele. Não creio que a minha tomada de posição seja contrária ao que subscrevi quando aderi ao Bloco, antes pelo contrário, é um reafirmar dessa ideia de correr por fora para construir uma esquerda alternativa, e que saiba não poder ter o PS como parceiro, mesmo que conjuntural, das batalhas políticas fundamentais.
O Bloco falhou, e trata-se de uma falha que se acumula a outras, traçando uma estrutura evolucional que não levará ao sítio designado com a fundação do partido. Mas como eu não fundei o partido, – e quem o fundou se auto proclama como depositário do santo graal que conduzirá à tal esquerda grande – , então passei para outro terreno, que é o do activista de esquerda sem militância partidária, livre para pressionar quem tem essa missão, ingrata, mas necessariamente séria nos propósitos, objectivos e reflexões. Não se sai de um partido por dor de dentes. Mas saio considerando camaradas todos aqueles que no BE, no PCP, dentro ou fora de qualquer outro local se sintam herdeiros de uma tradição multissecular contra a dominação do capital sobre o trabalho. Admitindo sempre que o erro de análise possa estar do meu lado, obviamente.