Um sábado frio. Uma noite impossÃvel para aventuras fora de casa. Leituras diversas enquanto a televisão bomba som lá ao fundo. Tropeço num texto no último “Le Monde Diplomatique” (edição tuga). O autor não me fascina, mas a frase final merece ser pensada nos tempos que (des)vivemos:
“A nossa situação actual situa-se no ponto exactamente oposto ao que prevalecia no inÃcio do século XX, quando a esquerda sabia o que devia fazer, mas tinha de esperar pacientemente o momento propÃcio para passar à acção. Hoje, nao sabemos o que devemos fazer, mas temos de agir imediatamente, porque a nossa inércia pode ter em breve consequência desastrosas. Mas mais do que nunca, estamos obrigados a viver como se fossemos livres”
Slavoj Zizek
(também aqui)
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Não diria inércia. Pelo contrário. Esgotamos é demasiadas forças no combate insano sobre a vÃrgula enquanto o capital escreve, corrige e reescreve o texto. Até quando?
Fale por si, Paulo.
claro Leo… eu so falo por mim!
Só?
Citação: Hoje, nao sabemos o que devemos fazer, mas temos de agir imediatamente…
O drama é esse.
Quando não se tem ideia mas se tem vontade o que costuma acontecer é dar com a cabeça numa parede ou cair por um buraco abaixo, não é novidade.
Claro está, e depois haverá sempre uns inocentes que levam por tabela, assim como que ficam por conta dos danos colaterais para os registos e os discursos sobre…
Indecente.
🙁
Posso entender a motivação e o tudo o resto, todavia acontece-me um defeito básico: tenho a mania que quando vou, me conforta saber para onde vou e o que estou exactamente a fazer ali.
Senão o meu desempenho enfraquece.
Como disse antes, mea culpa.