Versão americana e melhorada. Não se exalta, não perde as estribeiras, é muito mais à esquerda e explica tudo com ternura, sem recorrer à censura típica dos regimes… Esses. Os que fazem mal às pessoas. Os maus portanto. Como bem lembrou o Ricardo Santos Pinto.
Quem se mete com a Fernanda Câncio leva, diziam-me antes de começar a escrever na blogosfera. Duvidei e até fui tentando ler a dita cuja mas as coisas que lhe dão prazer sempre me pareceram alvo de pouca polémica. Seguramente por manifesta falta de capacidade, percebo agora, nunca fui capaz de discutir pasteis de nata, miradouros de hóteis de charme ou saltos altos. E diga-se que até gosto mais ou menos desses vícios, que é sempre aquela dose certa de apetite que nos permite falar bem e mal de quase tudo. Algo me dizia que eram coisas (a senhora prescinde dos temas) para alguém com outra envergadura. Seria difícil ombrear com tamanha largura de vistas. Com o tempo e porque não encontrei outros motivos para frequentar tal tasca, fui deixando o projecto de parte. Note-se que o Vias, mesmo dedicando um terço das suas prosas a duas pessoas fora de moda e tendo como escribas um tal de Tunes e um tal de Serras Pereira, consegue ainda assim ser um pouco, só um pouco, mais aliciante. Com o tempo, e claro, com a acumulação de vitórias esmagadoras contra outros pesos pesados, comecei a pensar que seria fácil vergar a dama de ferro da esquerda democrática, fosse por nocaute técnico ao fim de uma ou duas trocas de mimos, fosse, imagine-se, arriscando o debate. Não poderia estar mais enganado. Em poucos segundos, zás. Arrumou-me. Num só uppercut enviou-me de volta à procedência sem sequer ter direito a réplica. Nada. Nem um arranhão. Nem um afagar mais ríspido de cabelos. Agora, prostrado em agonia, procuro encontrar forças para pedir ao menos misericórdia, uma vez que estou certo que a madame tem noção que não há almoços grátis: sabe ou não sabe quem pagou a conta do certame?
Em anexo, o golpe da Câncio em câmara lenta. Seco. Sublime. Impiedoso. Mortal. Estou de maneira que me sinto capaz de lhe enviar o tal envelope com cem sheckels ou dólares. Tem preferência na morada ou escolho a meu gosto uma das que lhe são conhecidas?
“organizaram, logo mentem” – é isso?
Deixo-lhe a si a tarefa de caracterizar uma acção feita sob o lema: “ 28 de Agosto – 100 CIDADES DE TODO O MUNDO CONTRA A LAPIDAÇÃO. PROTESTO CONTRA A LAPIDAÇÃO e a Selvajaria da República Islâmica do Irão. Parem a Matança Já. Junta-te a nós a 28 de Agosto. DIZ NÃO Á LAPIDAÇÃO”, havendo uma moratória em vigor desde 2002 na aplicação desta pena.
No meu ponto de vista os organizadores ocultando a moratória, no mínimo, enganaram.
Não , Leo. Dei-lhe um link com um take da Reuters. Mostre-me, se quer desmentir algo, o desmentido de Alireza Jamshidi. Entretanto, veja lá se cresce.
Para ver a validade dessa sua ideia da moratória, uma notícia de Janeiro de 2009: http://www.huffingtonpost.com/2009/01/13/iran-stones-to-death-two-_n_157418.html
Ou o Huffington Post também anda a soldo do Pentágono?
“Ou o Huffington Post também anda a soldo do Pentágono?” ??? A notícia no Huffington Post é de ALI AKBAR DAREINI, Associated Press Writer.
O Leo apenas acredita em qualquer notícia que venha da Irna, qualquer outra é suspeita, mesmo a Amnistia Internacional.
http://www.amnesty.org/en/for-media/press-releases/iran-death-stoning-grotesque-and-unacceptable-penalty-20080115
Comentário de Leo
Data: 30 de Agosto de 2010, 14:48
Sim, o “pelo menos seis pessoas foram mortas por lapidação desde 2006, apesar duma moratória de 2002″ é coisa que a AI gamou da prosa das madames. E que por aqui o MSP já tinha falado há dias numa destas caixas de comentários. Pedi-lhe que me indicasse um nome dos alegadamente mortos por lapidação e continuo à espera, ele está como está a AI, limita-se a papaguear a treta das madames. Se o José precisar eu até lhe arranjo uma carta-tipo que as madames cozinharam para os “indignados” se manifestarem e onde constam todos esses números. Números, sem qualquer fundamento, repito.
Leo:
“Há de facto uma moratória em vigor desde há alguns anos e apesar de um ou outro juiz ter decretado uma ou outra pena de lapidação, foram todas anuladas pelo tribunal superior. Todas, sem excepção. exactamente como o caso actual.”
Como vêem, ele tem excelente fontes de informação locais, que mais ninguém tem.
resposta:
Comentário de José
Data: 30 de Agosto de 2010, 20:36
Não não me tinha pedido qualquer nome, Leo.
Jaffar Kiani, 5 de Julho de 2007. Serve? Não quererá também o número do bilhete de identidade? Da Segurança Social? Morada e código postal?
Números sem qualquer fundamento?? Quem não quer ver, mantém-se cego.
réplica:
Comentário de Leo
Data: 30 de Agosto de 2010, 23:17
Refere-se a este Jafar Kiani, que conforme esta notícia da BBC foi executado numa aldeia da província do noroeste, Qazvin?
A fonte da notícia é a Amnistia Internacional. Pode confirmar por si próprio, aqui:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/middle_east/6288156.stm
tréplica:
Comentário de José
Data: 31 de Agosto de 2010, 14:11
Sim, e então? Não serve? É preciso mais elementos de identificação do senhor? Ou é por ser um homem em vez de uma mulher?
E com esta não há mais conversa!:
Comentário de Leo
Data: 31 de Agosto de 2010, 15:43
O que me parece que não serve é a fonte. Se para si essa fonte serve, bom proveito.
Acham mesmo que vale a pena continuar a dialogar com alguém que acha que a AI está ao serviço das negras forças anti-iranianas?
“Acham mesmo que vale a pena continuar a dialogar com alguém que acha que a AI está ao serviço das negras forças anti-iranianas?”
Já agora ao serviço de quem é que está a AI? Acha mesmo que o que a AI diz é sagrado? Engole mesmo tudo o que vem da AI? Extraordinário!