Ben Gurion na fundação de Israel – 1948
A Questão Judaica – Karl Marx – 1843
Primeira Edição: .
Fonte: .
Tradução de: .
Transcrição: gentilmente cedida por Alexandre Linares.
HTML por José Braz para The Marxists Internet Archive.
I
Bruno Bauer, A Questão judaica (Die Juden frage).
Antes de poder emancipar os outros, precisamos emancipar-nos.
Vejamos, por outro lado, em que forma coloca função do Estado:
Quando, então, se resolveria para a França a questão judaica?
Neste ponto, manifesta-se claramente o caráter unilateral da formulação da questão judaica.
Contudo, diz ainda o mesmo Bauer:
Déclaration des droits de l’homme et du citoyen
A aplicação prática do direito humano da liberdade é o direito humano à propriedade privada.
Em que consiste o direito humano à propriedade privada?
Resta, ainda, examinar os outros direitos humanos, la égalité e la súreté.
O mistério se resolve de modo simples.
Rousseau descreve corretamente a abstração do homem polÃtico ao dizer:
Toda emancipação é a recondução do mundo humano, das relações, ao próprio homem.
II
Capacidade aos atuais Judeus e Cristãos de ser Livres
(Die Fühigkeit der heutigen Juden und Christen, frei zu werden),
Qual é o fundamento secular do judaÃsmo? A necessidade prática, o interesse egoÃsta.
Qual é o culto secular praticado pelo judeu? A usura. Qual o seu Deus secular? O dinheiro.
A emancipação dos judeus é, em última análise, a emancipação da humanidade do judaÃsmo.
O judaÃsmo não se tem conservado apesar da história, mas por intermédio desta.
A sociedade burguesa engendra constantemente o judeu em suas próprias entranhas.
Qual era o fundamento da religião hebraica? A necessidade prática, o egoÃsmo.
A nacionalidade quimérica do judeu é a nacionalidade do negociante, do homem de dinheiro em geral.
A emancipação social do judeu é a emancipação da sociedade do judaÃsmo.
bem lembrado Renato. parece que combinámos, mas não; quando citei ali atrás este texto estava a pensar precisamente em realçar este parágrafo – dando depois sobre ele um passeio sobre as origens históricas do judaismo moderno (do Renascimento) não da mitologia do Médio Oriente, que é falsa
“O judeu se tornará impossÃvel tão logo a sociedade consiga acabar com a essência empÃrica do judaÃsmo, com a usura e suas premissas. O judeu será impossÃvel porque sua consciência carecerá de objeto, porque a base subjetiva do judaÃsmo, a necessidade prática, se terá humanizado”
(Karl Marx, sobre “A Questão Judaica”)
Pois Xatoo, transmissão de pensamentos. Ainda assim devo dizer, que este texto do Marx, apesar de fundamental neste contexto temático, foi escrito numa altura em que ainda é difÃcil compreender que mesmo entre judeus há importantes contradições de classes. Note-se que Marx não refere a palavra uma única vez no seu texto. Talvez por isso haja hoje sionistas fanáticos a fazer e a defender Israel, e Judeus que entendam a importância de derrotar o Estado Fascista do Médio-Oriente.
um dia destes enviaram-me uma lista de empresas multinacionais de capitais israelo-sionistas (actuais, que abrangem todos os campos, indústria, finanças e principalmente os media e meios de difusão cultural). É uma coisa impressionante em termos de PIB mundial (quando tiver tempo para organizar os dados penso publicá-los)
Por esta via se compreende que este é um tema dificil para discussão: porque envolve as posições profissionais de muita gente. Pode-se facilmente imaginar como qualquer pessoa que se queira constituir livremente em activista anti-sionista estará assim terrivelmente condicionada e ameaçada de ser posta literalmente no olho da rua ou de lhe negarem qualquer possibilidade de emprego. Tendo isto em vista, acho que devemos todos generosos agradecimentos ao Carlos Vidal e ao Renato Teixeira por preservarem este espaço de liberdade. Mas, pelo atrás citado, temos de ser cuidadosos e fundamentar sempre o mais possivel as posições assumidas
Renato, concentre-se na verdade, no objectivo meramente ideológico de Marx, o comunismo… e esqueça lá o pormoner acerca do judaismo. O povo é importante de facto na história da humanidade e das religiões do Livro, e tem uma capacidade inegualavel para sobreviver e prosperar, mas não são os únicos.
Isso deve ficar para aquela gente com mania das conspirações, dos Protocolos dos Sabios do Sião e da Nova Ordem Mundial… que HITLER leu e referiu no seu Mein Kampft. Enfim os lunáticos do mundo que tomam a parte pelo todo, na lógica de ‘Um judeu usurario, logo todos os judeus são usurarios’. Não é assim de facto. A maior parte dos Judeus tem profissões técnicas e absolutamente normais.
E a verdade é apenas uma… constata-se um ódio à s religiões que os Deuses de Esquerda nutriam, nomeadamente Marx, embora inspirado por outro autores.
Presseguiam um sonho de um estado sem religião; a implementação do sonho foi responsavel por centenas de assassinatos a padres e religiosos e incendios a igrejas… and guess what, a religião não morreu, nem podia morrer.
Enquanto os comunistas não perceberem que um Estado tem que refletir o sentimento da população e não o contrario, nunca abandonarão a ideologia utopica.
As pessoas são religiosas, por cultura, por educacao, por receios e finalmente por necessidade; Não está NUNCA em causa, nas pessoas, a veracidade das diversas Religiões; isso não interessa para nada, a fé não tem a explicação que Marx gostava que tivesse…
Não existem nem nunca existiram Estados ou Sociedades (conjunto de pessoas com afinidades culturas) sem religião na história da humanidade; a única tentativa efectuada, na URSS, deu para o torto, redondamente. Compreendo a ideia de Marx, mas não partilho minimamente, nem os meios, nem a possibilidade de se atingir o fim.
As pessoas nunca deixaram de o ser, religiosas claro; acreditam sempre em Algo, à excepção dos Agnósticos, como eu próprio. Até os Ateus acreditam que não acreditam e demosntram uma fé fantastica e tão ilógica quanto ilógica pode ser considerada a Fé.
Aliás penso, que por algum motivo os russos continuam a ser os mais ortodoxos cristãos do mundo; os ideiais de uma sociedade livre do ‘pecado’ da religião é uma impossibilidade prática de se atingir.
E é isso, o Estado é liberdade; liberdade de escolha individual e possibilidade de a exercer tranquilamente, com regras claro.
Os Judeus, assim designados, é mais do que uma religião. Ser Judeu é ter uma identidade cultural e religiosa (e descender de Mãe Judia eheh). Ser Cristão é apenas ter uma identidade em Cristo, embora já se possamos verificar a existencia de uma cultura cristã dominante do denominado ‘ocidente’.
RB
muito conciso este rapazinho Ricciardi: “os Deuses de Esquerda”…
e áh, e o Sião!!!… Sion é uma localidade na Suiça onde por mera “coincidência” teve lugar o 1º Congresso Sionista cuja foto ilustra este post… e temos o Monte Sion em Jerusalem onde foi fundada a 1ª Universidade Sionista
e sobre religião, o chamado “Templo” foi construido por Ciro II da Pérsia. Estes rapazinhos activistas andam a assessorar os mestres da trapaça que andam há 150 anos a deturpar e a reconstruir a história ao jeito do fascismo religioso que sonham em instaurar
quando o texto de marx foi escritoa população de origem judaica tinha um papel muito activo na sociedade alemã, endo que muitos já não professavam a religião judaica, tal como marx
agora é interessante ver um blog dito de esquerda a trazer este tipo de relexão racica\religiosa
1 a hitler destruiu a cultura judaica na europa, como nós ja o tinhamos feito em 1497
aliás renato devia ir a belmonte, é uma lição de fé e vontade
depois gostarioa de ver aqui dabatidos pe os critérios que a eta, em nome dos bacos usa, como organização recista que é, para definir critérios de “bascidade”é só procurar
Sião ou Tzion (em hebraico ציון Tzion ou Tsion “cume”, em árabe صهيون á¹¢uhyÅ«n) originalmente era o nome dado especificamente à fortaleza jebusita próxima da actual Jerusalém, que foi conquistada por David. A fortaleza original ficava na colina a sudeste de Jerusalém, chamada de monte Tzion, aportuguesado para Sião.
o xatto estuda mais sobreos teus inimigos judeus antes de ires À suiça
Não Sergio, o Xatoo gosta é de conspirações dos Protocolos dos Sabios do Sião e confunde tudo tal a ansia de associar nomes e ideias. Mais a mais, nem se deu ao trabalho de ver que os Protocolos são falsamente atribuidos a Judeus conspiradores. Pois é, foi feito na Russia no tempo dos Czars e pelos próprios com objectivos que só eles sabem.
Ó Xatoo o que tu queres sei eu… eheh (no hard feelings)
RB
É assim a vida; uns acham que os Judeus são isto e aquilo ou acham que os comunistas comem criancinhas ao pequeno almoço, o que havemos de fazer?
RB
Ricciardi, vá lá ler o avô cantigas Herzl. Quero ver a sua lábia com aqueles os mais puros parâmetros sionistas.
Sião, Sion,Tzion, Tsion…pôrra!, fiquei sem tesão, como dizem carinhosamente os nos amigos brasileiros…
Uma pergunta chata: quando conseguirem exterminar os judeus, quem irão chatear a seguir, para os culpar dos males do mundo, como fazem com os judeus? Os mormons? Os surfistas? Os adeptos do Benfica?
LGF Lizard, o único povo a ser exterminado é o palestino.
Tirando a vossa imaginação, onde existe esse “extermÃnio”?
Se os israelitas quisessem mesmo exterminar os palestinianos, já o teriam feito. E nem seria muito difÃcil.
http://en.wikipedia.org/wiki/Palestinian_casualties_of_war
LGF Lizard, fica-lhe mal o negacionismo. Muito mal. Veja os números já que se está nas tintas para a identidade.
Bom, não me considerando propriamente preguiçoso, estou a ter a maior dificuldade em entender o que raio tem a ver o tÃtulo: “Contra a preguiça na compreensão de Israel I” com os textos de Marx de 1843 apresentados.
Bem sei que se diz que Marx tem culpa de muita coisa, mas agora que Israel também está na suas costas…
Ok, Marx era judeu e decidiu deixar de o ser. Óptimo para ele. Ele, que considerava que a religião era um ópio para o povo – seu, não o global – achava que o judeu deveria emancipar-se da sua condição de judeu, tal como ele achava que teria feito, embora, ainda agora, mais de 150 anos depois, o rótulo de judeu continua a ser-lhe colocado. Chato é que houve milhões de judeus que teimaram e teimam em continuar a ser judeus e gostam dessa sua bizarria. Mesmo depois de Inquisições e de Hitler, teimosamente persistem em defender a sua identidade judaica, que não consiste apenas na sua religião, formalmente considerada.
Bem sei que serão uns idiotas à luz dos escritos de Marx, – ou, pelo menos, à luz dos evangelistas de Marx. É que, por vezes, fala-se do que Marx escreveu à boa maneira evangélica, daà sempre ter desconfiado dos integristas: religiosos ou marxistas. – mas, alguns milhares de anos depois de persistente teimosia, bem me parece que eles já lá não vão. São e serão judeus, embora, de entre eles mesmos, se degladiem para encontrarem a melhor definição de judeu.
Fiquei agora com dúvidas:
– afinal, é contra a existência de Israel ou contra os judeus?
– Israel não deve existir de todo, ou apenas deve retirar para as fronteiras de 1967, internacionalmente reconhecidas?
Oh José, é mesmo preguiçoso. Vai mesmo ter mesmo que ler se quiser resposta às suas perguntas. Não o Marx mas o resto.
Vá à segunda posta desta série que um tal de Saulo fez as mesmas perguntas. Boas leituras.
Ò Renato, depois de, a muito custo, ter-me desfeito da preguiça e de ter lido, entre o divertido e o horrorizado, os seus textos e comentários, as questões que levanto mantém-se sem clara resposta.
Mas não quero incomodá-lo. Da generalidade dos seus texto creio já ter uma boa ideia do que pensa.
Há-de reconhecer que não posso ser acusado de falta de clareza. Passar bem.
Você é tudo menos claro, Renato.
Outros autores e comentadores que aqui escrevem são bem mais claros, nos seus argumentos e propósitos.
Você tem uma complexidade obscura que chega a chocar alguns dos seus colegas neste blog.