A declaração do patrão da Sonae, dizendo que “quando um povo tem fome, tem o direito de roubar”, foi alvo de um monte de graçolas. Lamento discordar com os meus camaradas de blogue, mas as piadinhas são pouco argutas. Belmiro de Azevedo disse a verdade. É certo que o terá feito para defender os seus interesses, sabendo que será uma das mais prováveis vÃtimas do roubo, mas não deixa de ser uma observação verdadeira, de uma pessoa inteligente.
A destruição sistemática do emprego, a queda abrupta do poder de compra, a incapacidade da generalidade das pessoas poderem sobreviver aos tempos que se avizinham, vai fazer o paÃs rebentar. Um dos maiores patrões portugueses conseguiu ver o que auto-denominado Partido Socialista e os seus companheiros de tango não conseguem ver: o combate à crise não pode ser feito com a destruição simultânea das polÃticas sociais. Mesmo um patrão sabe que essas polÃticas, para além de serem justas, são um instrumento que garate a coesão e a paz social. Quem semeia ventos, colhe tempestades.
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Por acaso estou plenamente de acordo contigo e com o ti belmiro, ele lá se deve aperceber do porquê de cada se ver mais policias a fazer gratificados nas superfÃcies comerciais, em detrimento das firmas de segurança.
Pelo andar da carruagem, não tarda nada, será o corpo de intervenção de caçadocas em punho a defender as prateleiras.
O Belmiro de Azevedo já tinha estado bem quando disse ao Público que não se deixasse assustar por “governantes que querem mandar [no jornal] sem pôr lá dinheiro nenhum” (“Não me importo nada que eles mandem, mas comprem o jornal”), mas não é preciso gostar dele para lhe dar razão.
Eu brinquei, mas acho que o Belmiro tem toda a razão.
Sim, Nuno
mas mais avisado ou razoável seria ainda que o roubo se tornasse expropriação – a resistência, ousadia – o protesto contra o mau governo do que devia ser igualitariamente público e da actividade económica, vontade governante.
Abrç
msp
Caro Miguel,
Estou a comentar a frase do Belmiro, não estou a propor o roubo como solução, muito menos a eleição do patrão da Sonae para presidente. Mas como compreendes cada vez que posto sobre alguma coisa concreta, não me preocupo em repetir até a exaustão o que seria bom, se todo o mundo acordasse com a disposição certa.
Abraço
Nuno
Claro, Nuno
mas eu não te critiquei o post – só quis manifestar-lhe o meu aplauso. Valeu a pena porque o resultado foi bom. Porque essa do Belmiro para Presidente com que me respondes, não me parece pior ideia: ao menos tornava mais fácil a conjugação da luta económica e polÃtica da malta e tornava mais evidente muita coisa.
Abraço
miguel
Roubar não é a solução… isso tod@s nós sabemos.
Mas porque não fazer como os ricos… estes também roubam, à força toda… inclusive se formos a ver a quantidade de dÃvidas que estes têm…
Trata-se de igualdade para tod@s… não?
Miguel,
Conseguiste surpreender-me. 🙂
Confesso que apesar desse argumento do quanto pior melhor, tão maoista, preferia o Carvalho da Silva ou Ricardo Araújo Pereira, se o tipo não for menor de idade.
Abraço
Nuno,
o Ricardo era bom, além do que mais que pudesse ajudar a fazer, ridicularizava a Chefia de Estado – o que é sempre agradável.
O Carvalho da Silva seria pelo menos capaz de animar uma campanha que animasse a malta e desmistificasse as histórias da carochinha destes economistas que, como diz o outro, “acham que somos imbecis”. Mas, ao que consta, julga não ter condições para avançar, desde que a direcção portuguesa da resistência islâmica anunciou ponderar apoiá-lo.
Aquela do “quanto pior melhor”, acertou-me em cheio (“touché”, meu caro). Mas identificaste mal a sua fonte ideológica: são resÃduos do catastrofismo revolucionário em que a minha musa Rosa L também terá incorrido. Pecadilhos menores, portanto. Não te parece?
Abrç
msp
o Miguel Serras Pereira reincide em enviar sinais de islamofobia, embora envergonhadamente. Nao poderia ser mais conciso?
Olá xatoo, não me digas que o Belmiro é judeu?
xatoo:
sou, se lhe dá gosto, decididamente contra qualquer religião que reivindique o exercÃcio de autoridade polÃtica ou que se proponha, em troca de favores de reconhecimento institucional privilegiado, como instância de consagração do poder polÃtico. Pouco me importa que essa religião se declare islâmica, cristã, mosaica, budista ou confunciana.
Deve ser-lhe vedado o acesso aos meio do ensino público (em vez de pluralizado); as organizações religiosas devem ser auto-financiadas, e, se utilizarem edifÃcios públicos, deve existir uma regulamentação estrita sobre essa utilização, e esta deve ser paga. O mesmo para os tempos de antena, etc.
Fui claro que chegue?
Saudações republicanas
msp
Meus caros: Regressado de uma vista-éclair pela França, sublinho que a imagem de Portugal está ” pesadamente ” em baixo por aquela latitude. D-Strauss-Khan, o homem-forte do FMI, mostrou-se muito preocupado com os efeitos do PEC, tanto em Portugal como em Espanha, na Grécia como na Irlanda. Tudo isso dito- com vigor, desembaraço e controlo- no grande programa da Arlette Chabot na France 2. Por outro lado, Belmiro de Azevedo não estará ” condenado ” a ser uma espécie de Thaksin Shinawatra, o ex-PM tailandês, que ” manipulou ” do seu exÃlio londrino a ” revolta ” das camisas vermelhas na capital ? A formação e o perfil dos dois ” génios ” do capitalismo é que é muito diferente: um quadro superior da polÃcia e o lusitano engenheiro…Quanto ao resto, venha o diabo e escolha! Niet