[Alegre no papel do sedutor Woody Woodpecker e o molhado no papel do molhado]
Alegre falou do PEC e isso deixou a esquerda democrática muito molhada. “Ufa…”, pensavam eles. Até Nobre ao pé dele dava ares de rebeldia. Estavam a ver que nunca mais dizia qualquer coisa social, qualquer coisa cÃvica, qualquer coisa democrática, em suma.
Mas o que disse Alegre de tão sexy que foi capaz de gerar uma ejaculação tão precipitada? O que quer Alegre dizer quando diz que o PEC “pode ter medidas positivas e outras inevitáveis”, se ele próprio considera que o PEC “tem um custo social excessivo que vai recair sobre a classe média e média baixaâ€?
É impressão minha ou o Alegre está a ficar um bocado Galamba?
“Não gosto de ver tropas portuguesas em missões desse tipo, mas o Afeganistão tem cobertura do Conselho de Segurança, e como somos da OTAN foi evocado o artigo 5.º, que refere que uma agressão a um paÃs,o é a todos os membros.”
Alegre sobre a defesa de tropas no Afeganistão.
“[A igreja] ]Tem um poder enorme. Tem talvez mais poder do que tinha com o Salazar, que não delegava poderes. Até tive uma conversa muito interessante com o bispo do Porto… Sampaio disse que era ateu, o que não digo, porque há quem tenha certezas sobre tudo, e nessa matéria tem-se mais dúvidas do que certezas.”
Alegre sobre Deus.
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“(…)Estive a favor e ajudei muito os governos do PS. Eu sou fundador do regime semi-presidencialista, tenho perfeita noção do que são os poderes presidenciais e uma das funções é a de garantir a estabilidade e a governabilidade. O eng. Sócrates terá muito menos problemas comigo que com qualquer outro. (…) Sou do PS, também sou a história do PS e uma das suas referências.”
Alegre sobre o seu papel no regime e sobre Sócrates.
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“O presidente não age segundo a sua ideologia.(…) As convicções não ficam em casa, mas todos os presidentes têm aprovado leis com que não concordam. Se não violarem a Constituição, o presidente não pode nem as deve vetar.”
Alegre sobre o lugar das convicções.
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“Sou acima de tudo um homem livre, que se guia pela sua consciência e para quem Portugal é uma História, uma lÃngua, uma cultura, uma identidade.â€
Alegre sobre a identidade nacional e o internacionalismo.
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“Faltei por opção polÃtica, que é um direito. E porque posso ser eleito. Nesse caso, passarei a ser o vigilante do cumprimento do OE e não quis ficar vinculado à votação. Mas informei a direcção da bancada que se faltasse um voto para a aprovação, iria.”
Alegre sobre a fidelidade.
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“Posso dançar ou não dançar. Sou uma pessoa mais reservada, mas também sou capaz de me comover e de dançar, se for preciso. E até danço bem.”
Alegre sobre a alegria, a dança e a comoção.
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“Se o Parlamento o aprovar, como aconteceu em Espanha, eu promulgarei, como é óbvio.”
Alegre sobre a homossexualidade.
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“Sou contra. O proxenetismo e lenocÃnio são crimes e trata-se de uma violação dos direitos humanos.”
Alegre sobre a prostituição.
O bardo Alegre nada diz sobre o responsável pelo desastre e pela devastação social e moral do paÃs.
Fala em tretas e ainda é capaz de dizer que a culpa é dos americanos, dos chineses, dos tjadiques ou do neo-liberalismo da Srª Tatcher…
O Sr. Alegre, a cada dia que passa, fica mais triste…
AbÃlio Rosa, tão triste que até deprime e tira a dita cuja. É inacreditável ver a esquerda da esquerda a venerar o chão deste pilar do regime. Inacreditável e vergonhoso.
E aos 24 minutos e 45 segundos, o “camarada” Fazenda ironizava…
http://www.esquerda.net/mp3/podesquerda/convencao04.mp3
… há pouco mais de um ano… parece tanto tempo…
É mesmo um pateta alegre…
Boa dica Zé Mané… como é que ele diz mesmo? que não irá apoiar o mesmo candidato que o governo? Terei percebido bem?
é isso mesmo. uma prodigiosa fantasia!!!
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