Miguel Serras Pereira, a propósito do teu post, permite-me uma pergunta (e permite também que te peça uma resposta curta): de que lado estiveste tu no “caso República” e porquê?
tags
15O 19M bloco de esquerda Blogues CGTP Constituição da República Portuguesa cultura democracia desemprego educação eleições Esquerda EUA Europa FMI greek riot greve geral grécia Guerra-ao-terrorismo humor i intifada mundial irão israel jornalismo liberdade Lisboa luta dos trabalhadores media música NATO new kid in the blog... Palestina parque escolar pcp Portugal presidenciais 2010 presidenciais 2011 PS psd repressão policial Revolução Magrebina Sócrates VÃdeo youtubearquivo
- Julho 2013
- Janeiro 2013
- Dezembro 2012
- Novembro 2012
- Outubro 2012
- Setembro 2012
- Agosto 2012
- Julho 2012
- Junho 2012
- Maio 2012
- Abril 2012
- Março 2012
- Fevereiro 2012
- Janeiro 2012
- Dezembro 2011
- Novembro 2011
- Outubro 2011
- Setembro 2011
- Agosto 2011
- Julho 2011
- Junho 2011
- Maio 2011
- Abril 2011
- Março 2011
- Fevereiro 2011
- Janeiro 2011
- Dezembro 2010
- Novembro 2010
- Outubro 2010
- Setembro 2010
- Agosto 2010
- Julho 2010
- Junho 2010
- Maio 2010
- Abril 2010
- Março 2010
- Fevereiro 2010
- Janeiro 2010
- Dezembro 2009
- Novembro 2009
- Outubro 2009
- Setembro 2009
- Agosto 2009
- Julho 2009
- Junho 2009
- Maio 2009
- Abril 2009
- Março 2009
- Fevereiro 2009
- Janeiro 2009
- Dezembro 2008
- Novembro 2008
- Outubro 2008
- Setembro 2008
- Agosto 2008
- Julho 2008
- Junho 2008
- Maio 2008
- Abril 2008
- Março 2008
- Fevereiro 2008
- Janeiro 2008
- Dezembro 2007
- Novembro 2007
- Outubro 2007
- Setembro 2007
- Agosto 2007
- Julho 2007
- Junho 2007
- Maio 2007
- Abril 2007
- Março 2007
- Fevereiro 2007
- Janeiro 2007
- Dezembro 2006
- Novembro 2006
- Outubro 2006
- Setembro 2006
Abaixo o Rego! FORA! 🙂
Resposta a AF
1. Com os trabalhadores do jornal e contra a linha do PS.
2. Porque defendo a autogestão e a “livre associação dos produtores”. E defendi-a nesses idos quer contra o PS de Soares, quer contra o PCP, UDP e alguns outros.
Comentário:
No entanto, NUNCA defendi que o PS, o PCP, a UDP devessem ser silenciados ou proibidos de editar a sua propaganda.
msp
António Figueira,
esqueci-me de dizer que apoiei pelas mesmas razões a luta dos trabalhadores da Rádio Renascença – que o PCP condenou.
NUNCA defendi que a Igreja Católica fosse impedida de abrir outra rádio, publicar livremente, fazer as orações que entendesse.
msp
Miguel,
Apoiaste os trabalhadores do República contra o “Pena de Ouro” e contra a linha do PS, dizes tu? Pois eu atrevo-me a perguntar (e estou longe de ser o único, como sabes) se não havia também “na ‘lógica’ e na ‘dinâmica’ dessa movimentação qualquer coisa que evoca[va] em termos ‘estranhamente inquietantes’ a doutrina da social-democracia definida ‘social-fascismo’ como inimigo principal do perÃodo entre as duas guerras”!
PS Escusada a referência à RR e ao PCP, um bocadinho despropositada, mas tu fazes-me lembrar uns tipos do meu liceu com quem eu jogava bilhar no Jardim Cinema, que desenvolveram uma técnica que se chamava “bilhar cientÃfico” e tinha uma única regra: “com força na vermelha dá sempre”…
Cumps, AF
Bravo! SEMPRE contra o social-fascismo, caramba!
E, bem vistas as coisas, o MIRN também era chato, os spinolistas também estavam activos, os banqueiros também sabotavam, mas seria sinal de vesgo dogmatismo que não pudessem publicar, editar, reunir e agir LIVREMENTE.
António Figueira
Podes nos teus posts fazeres as perguntas que quiseres e a quem quiseres; podes, depois, pedir respostas curtas, etc. Mas não deves formatar os comentários dos outros. Quando publicas um post aqui, tens de aceitar que os comentários transbordem das perguntas que pões.
Dito isto, na época a que te referes, termos como “social-fascista”, “o traiçoeiro partido de Cunhal”, etc. eram apanágio dos movimentos m-l e ilustrados por efÃgies de Estaline e Mao, e o destinatário do famigerado epÃteto era o PCP. Na restante “esquerda revolucionária” (como se dizia na época), a utilização do termo era denunciada e posta de lado. Nunca vi o termo aplicado ao PS ou ao PCP por organizações como o MES, a FSP, o PRP ou a LUAR – nem por independentes não simpatizantes do maoÃsmo e do regime albanês.
Quanto à lógica e dinâmica da movimentação em torno do jornal República: os que tomaram partido pelos trabalhadores, na generalidade, não consideravam o PS, embora o combatessem e denunciassem sob perspectivas muito diferentes, o “inimigo principal”. Os m-l, sobretudo, não deixavam de denunciar, a propósito e a despropósito, o “social-fascismo” do “partido de Cunhal”, sempre que atacavam também o PS. Talvez o PCP fizesse do PS e aliados conjunturais o seu “inimigo principal”, ou um segundo “inimigo principal”, a par do ELP e dos fascistas. Lembro-me de num jornal sob o seu controle – O Século – terem publicado, por exemplo, uma caricatura de Melo Antunes com uma braçadeira com a suástica nazi. De qualquer modo, o PCP nunca cortou por completo as pontes com o PS, nem o tratou como os estalinistas alemães trataram a social-democracia. E a inversa também se verificou. A composição dos governos da época aà está para o demonstrar. De resto, na “esquerda revolucionária” havia muita gente que receava que os dois partidos acabassem por se entender e chegar a um acordo “reformista”. E havia também os que continuavam a reclamar, ao mesmo tempo que apoiavam os trabalhadores do República, um governo PCP-PS, ou PCP-PS-Intersindical.
Tentei responder-te analisando o que se passou. Quanto a mim, juntamente com alguns outros, não poupei as crÃticas à “esquerda revolucionária”, ainda quando não maoÃsta (à FSP, ao MES, ao PRP e, em menor grau, à LUAR, que sempre se distinguiu por uma orientação mais libertária ). Podes comprová-lo se te interessar consultando o que escrevi semanalmente na Vida Mundial, dirigida por Augusto Abelaira e da qual fui delegado na comissão de trabalhadores de O Século, até ao 25 de Novembro (que acabou com a revista), ou os editoriais do Combate (da Contra-Corrente) que há anos foram objecto de compilação e edição pela Afrontamento.
Entendidos?