Ando com um texto na cabeça sobre o tema. De qualquer maneira já há por aí quem o vá discutindo aqui e aqui.
novo cinco dias
acesso ao novo 5dias.net.- COLA O TEU CARTAZ, ACTIVISTA! 1. Imprime o cartaz. 2. Cola-o no local de trabalho, na escola, na mercearia, no café, na rua, onde te apetecer. 3. Fotografa-te, com os vizinhos, os amigos, o teu cão, junto do teu cartaz. 4. Envia-nos a foto para a página do Manifesto em Defesa da Cultura no Facebook e será publicada.
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Comentários
- Raquel Varela em Bloco de Esquerda, os cães e as crianças
- Raquel Varela em O Cão de Hitler
- coronel tata em O Cão de Hitler
- Raquel Varela em O Cão de Hitler
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olá tiago
obrigado pelo link
espero que não te importes que utilize esta vossa caixa de comentários para “recomendar” mais uma:
http://odesproposito.blogspot.com/2009/05/primavera-em-portugal.html
abraço
O país precisa urgentemente de um “5 à Sec”.
Por onde é o caminho?
Tiago, também gostei muito deste:
Os homens incertos
por Baptista Bastos
Os incidentes no Bairro da Bela Vista repõem, de novo, a questão da identidade instável. Não é só a fome, a miséria, o desemprego, a promiscuidade, a ausência de perspectivas, o conceito de cerco que criaram as tensões e os conflitos. Embora essas formas de agressão social fossem mais do que suficientes para os explicar. Aqueles jovens, em última instância, não sabem quem são, e moldaram novas dimensões identitárias.
Quem são os excluídos? Quem se excluiu? Nós. Abandonámo-los. Nasceram em Lisboa mas não são lisboetas; têm a pele escura mas não se sentem africanos; as músicas de que gostam procedem dos Estados Unidos; vestem-se, falam e comportam-se de molde a reivindicarem a “diferença” a que os temos obrigado. A sua comunidade é “outra” porque essa escolha foi-lhes rudemente imposta pela nossa escabrosa indiferença.
Não nos queremos aproximar, descomprometemo-nos das responsabilidades que nos cabem, toleramo-los sem tentar compreendê-los e muito menos lhes manifestar a menor dose de afecto. Os gritos histéricos, e as poses, afinal grotescas, de Paulo Portas, a reclamar mais fortes intervenções policiais, seriam apenas repugnantes, não fossem extremamente perigosas. Elas reflectem a desprezível ignorância de quem deseja, unicamente, conservar o domínio sobre a diferença. Ou, parafraseando D. Manuel Martins, colocar uns de um lado e outros do outro.
As explosões sociais que se avizinham, devido ao acumular dos ressentimentos, e a que o Governo parece alheio, são acirradas por uma comunicação social mal preparada, pouco culta e, até, terrorista. Basta reparar nas perguntas formuladas, no enquadramento (ou na falta dele), para se perceber a distorção da “realidade” e a total vacuidade do conhecimento histórico. A informação que nos servem peca por leviandade, favorece sentimentos xenófobos e racistas, e exala um forte cheiro a retaliação. O pior é que somos impotentes para inverter esta tendência maléfica. Sem compreendermos a complexidade do assunto, a natureza delicada do problema, somos empurrados para a tirania da emoção, a qual nos coage a tomar o “outro” como assassino, ausentando-nos de culpa – como se nada tivéssemos a ver com “aquilo.” E “aquilo” é, no fundo, a busca de uma expressão pessoal, entre uma cultura que se defende, por desconhecimento e receio do “outro.”
Em que raio de gente nos tornámos? Fomos sempre assim, centralizando-nos num egoísmo tão feroz e num tão gelado desprezo pela humanidade? A simplificação dos elementos, a crise dos laços sociais, procria, diariamente, novas formas de indignação e movimentos irracionais de resultados imprevisíveis. “Uma fogueira preparada para incendiar o País”, na acertada expressão de D. Manuel Martins.