Sem trica pela liderança, os tradicionais opinion makers, sentem-se compreensivelmente desamparados no Congresso do PCP. Como se “zandigam” comentários e mui doutas opiniões? Uns não se atrevem, voltando-se para outros assuntos de superior interesse, outros vão tentando. O Público interroga-se sobre as causas que levam o PCP a existir e a aumentar a sua base de influência, quando todos os “zandingas” lhe haviam prognosticado poucos anos de vida. O Daniel Oliveira aplica a lógica simples: PCP – Comunistas Ortodoxos – URSS – Staline. E no DN, por incrÃvel que pareça, fala-se do Partido.
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“Sem trica pela liderança”
Ah, agora chama-se assim?
Como é que CMF acha então que se chama ?
O que fazem MFL e Menezes ou PCoelho é “democracia” ?
Agora, tricas, tricas à séria, espero eu que vão surgindo no P”S”, essa coisa “espertamente” adormecida. Como por enquanto há comer para todos, “dorme-se” por aquelas bandas.
Leste as teses e o balanço de toda a história da URSS, incluindo o perÃodo pós-guerra?
E tu, Nuno, o que tens a dizer sobre o congresso?
Daniel como deves calcular, li e discuti as teses e, como é natural, acho que há partes mais felizes do que outras. Na discussão colectiva defendi que, no plano internacional, apenas deveria haver uma referência ao que é hoje a Rússia. Embora tendo sido uma experiência relevante para qualquer partido de esquerda, com enormes avanços sociais e polÃticos e os seus erros devam ser objecto de uma análise profunda e alargada, não me parece que se deva continuar a repisar, nas Teses – um documento que deve sobretudo versar sobre a actualidade, análises já feitas.
Desde o XIII Congresso que existem referências à s causas da queda do socialismo a leste, umas mais profundas do que outras. Julgo que, por exemplo, a formulação da Resolução PolÃtica do XV Congresso, é bem mais feliz do que a actualmente proposta:
“- Resolução PolÃtica do XV Congresso
3. A luta pelo socialismo no mundo sofreu ao findar o século XX derrotas de ainda incalculáveis consequências para a luta dos trabalhadores e dos povos contra todas as formas de exploração e opressão, com a desintegração da URSS e dos regimes existentes nos paÃses do leste da Europa.
Os acontecimentos mostraram que nesses paÃses, apesar das grandes transformações e realizações democráticas revolucionárias de carácter económico, social e cultural, acabou por instaurar-se e instituir-se em determinadas circunstâncias históricas um “modelo” que violou caracterÃsticas essenciais de uma sociedade socialista e se afastou, contrariou e afrontou aspectos essenciais dos ideais comunistas. Em vez do poder polÃtico do povo, um poder excessivamente centralizado nas mãos de uma burocracia cada vez mais afastado da intervenção e vontade das massas e cada vez menos sujeito a mecanismos fiscalizadores da sua actuação. Em vez do aprofundamento da democracia polÃtica, a acentuação do carácter autoritário do Estado. Em vez de uma economia dinamizada pela propriedade social dos principais meios de produção, uma economia excessivamente estatizada desincentivando progressivamente o empenhamento dos trabalhadores e a produtividade. Em vez de um partido de funcionamento democrático, enraizado nas massas e delas recebendo energias revolucionárias, um centralismo burocrático baseado na imposição administrativa de decisões tanto no partido como no Estado, agravado pela fusão e confusão das funções do Estado e do partido. Em vez de uma teoria viva e criativa, a sua dogmatização e instrumentalização.
A experiência revela assim que na construção da sociedade socialista as soluções adoptadas para os mais diversos problemas (organização económica, sistemas de gestão, estrutura do Estado, polÃtica social, intervenção popular, cultura) têm de estar constantemente sujeitas à verificação dos resultados, prontas à correcção e à mudança quando necessárias, abertas ao constante aperfeiçoamento e enriquecimento.
A experiência revela ainda que para impedir um distanciamento entre os governantes e as massas, o uso indevido do poder polÃtico, o abuso da autoridade, a não correspondência da polÃtica e das realidades com os objectivos definidos e proclamados do socialismo, desvios e deformações incompatÃveis com a sua natureza – são essenciais o exercÃcio efectivo do Poder pelo povo, o controlo popular e a consideração permanente do aprofundamento da democracia.
A história do século XX mostra por um lado que grandes transformações e conquistas de alcance histórico na construção do socialismo e um verdadeiro progresso social são inseparáveis da luta dos comunistas; mostra por outro lado que a assimilação crÃtica das experiências revolucionárias, positivas e negativas, é indispensável à s forças que se proponham, no seu próprio paÃs, pôr fim a todas as formas de exploração e opressão, construindo uma sociedade socialista.”
Mas de qualquer forma, nem é isso que está em causa no teu post a que faço referência. O que não me parece justo ou sério, é continuar-se a batalhar na lógica simplista PCP – Comunistas Ortodoxos – URSS – Staline, para discutir qualquer acção do PCP. Repara, que não há argumentos sobre as actividades e acções do PCP que não passem por aÃ.
Quando se retira a confiança polÃtica a um eleito, é estalinismo. Quando se fala sobre a Revolução de Outubro, é porque são passado. Quando se discute os avanços, o património ou a experiência histórica da União Soviética, é ortodoxia.
O congresso do PCP É UMA SIMPÃTICA FRAUDE. Num congresso discutem-se temas, soluções. Ali já tudo está decidido de antemão por um grupo de sábios que sem respeito pelos militantes decidem o que entendem. Devia chamar-se “uma conversa em familia” …para comunista ver. Sei do que estou a falar pois fui militante durante 34 anos. Inclusivamente os documentos que os militantes apresentem durante a chamada fase preparatória são simplesmente deitados no lixo. Durante anos o CC levou a cabo um saneamento completo de todos aqueles que ousaram discordar do que quer que fosse das orientações, decisões ou opiniões do chefe de serviço.
Sem respeito pelos próprios estatutos, por elementares formas de respeito que a simples educação recomenda a qualquer pessoa, foram afastados, ofendidos e difamados todos aqueles que eram capazes de pensar com independência critica. Em ultima instância extinguiram-se os organismos onde havia quem não aceitasse a obediência canina. No caso da concelhia de Almada extinguiram o organismo de intelectuais e quadros técnicos. Ali confunde-se Centralismo Democrático com obediência acéfala.